May 27, 2006

Wouldn't we all?

Assisti ao "Little Women" do Mervyn LeRoy, um dos meu all-time favorites. É sessão da tarde, eu sei, mas tem o Rossano Brazzi tentando parecer alemão e eu adoro. Assisti quinhentas mil vezes desde criança (só essa versão - ignorei completamente a mais recente e a primeira - June Allyson é a melhor Jo de todas!) e mesmo assim só hoje eu vejo como a família March influenciou todo meu desenvolvimento como pessoa. A mesma relação com a família, o mesmo temperamento da Jo. E ainda achei o meu Professor Bhaer, olha só.
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Pensando bem, tá mais pra Professor Pardal...hahahaha, tá bom, pode me chamar de Lampadinha.

Acabei de saber que a minha mãe está fazendo um curso de Geofísica na USP, e nos intervalos das aulas ela discute o filme do "Da Vinci Code" com os colegas de terceira idade. Quero muito ser assim quando eu tiver 65 anos. Minha irmã disse que é bem possível, e que provavelmente ainda vou estar usando vestidos zebrados. Hahahahaha.

May 26, 2006

Fomos ontem à festa de 10 anos do restaurante de um amigo aqui, o simpaticíssimo Joaquim. Casa lotada de holandeses, portugueses e brasileiros, open bar e muita comida que não parava de chegar (porque afinal é um restaurante), danças portuguesas e mulata brasileira devidamente paramentada dando o truque do samba-enredo. Acho que alguns holandeses devem ter achado o paraíso naquela noite, hohoho. Calvinismo, bah.

Adorable.

May 24, 2006

Comprei um Le Pié d'Angloys pra experimentar. Hmmmmmm, creamy and delicious. É um queijo de washed rind (não sei como é em português, é um processo no qual se banha o queijo em algum líquido durante o amadurecimento), com um interior cremoso como um camembert bien fait (no ponto, maduro). Yum.

May 22, 2006

Domingo fomos para Groningen, lááá no norte do país. Longe paca, três horas de trem vendo muitas vaquinhas e carneiros e plantações de batatas e mais vaquinhas e mais carneiros - opa, um moinho! - e mais vaquinhas e...you get the picture. O landscape holandês não é dos mais variados.

A cidade em si é grande e agitada - tem um museu conhecido, que certamente vou visitar da próxima vez, várias construções medievais, um boulevard comercial com várias lojas de redes nacionais e internacionais, muitos cafés e restaurantes...enfim, o básico de várias outras cidades holandesas. O saguão da estação central é lindo e merecia uma foto, mas esqueci a maldita câmera em casa e tive que me virar com o celular mesmo.

Mas o que eu vou me lembrar mesmo é da Wieckse Rosé, uma cerveja ROSA com gosto e cheiro de morango, que eu, muito sem noção, quis experimentar. No primeiro gole já senti que aquilo ia me fazer muito mal, e fez. Revertério MONSTRO. Agh.

May 20, 2006

Vamos ajudar?

À noite, fomos jantar na casa de amigos e levamos quatro garrafas de vinho (uma por pessoa, ué). Depois de um frango ao curry verde tailandês, as quatro garrafas já eram história, mais duas que eles tinham na geladeira. Geez. Vinho evapora fácil, não?

Depois de enfrentar a multidão na Zara, resolvi passar na livraria americana. Pra quê, ômeudeus? Já tinha o novo do Coupland, "JPod", e o "Lunar Park" do Bret Easton Ellis estava em promoção.

(What puzzles me é - como pode a Amazon.co.uk dizer que não foi lançado ainda e eu ter uma edição britânica nas mãos?)

May 19, 2006

Alguém me explica porque tanta gente tem adoração pela Zara? Fui lá esta semana, e depois de conseguir passar pela mulherada enlouquecida revirando as araras e desviar das roupas caídas no chão (resultado do mencionado reviramento), não vi nada de tão especial. Coisinhas entre o básico e o clássico, materiais mais ou menos, acabamento menos ainda. Ainda prefiro a H&M (hm, mais compatível com a minha idade mental)

May 18, 2006

Na segunda-feira resolvemos jantar no De Kas, um restaurante montado numa antiga greenhouse no parque Frankendael. O lugar é lindo, tanto de dia como de noite, e o menu é montado com vegetais plantados ali mesmo e produtos orgânicos de produtores locais. A carta de vinhos é boa, e incluía algo que nem mesmo o Akira, nos seus 15 anos morando aqui, tinha visto antes - vinho holandês. Resolvemos pedir uma garrafa, e não foi uma má escolha. Caiu bem com o menu do dia - lagosta com feijões verdes, beterraba com um emincé de échalottes e tempura de queijo de cabra, lasanha de vegetais, hazelhoen (uma ave selvagem, de carne branca absurdamente saborosa) grelhado com aspargos e batatinhas na manteiga, e sorvete de açafrão com morangos frescos e bolinho de baunilha. Tudo delicioso, e o que me impressionou foi a preparação simples, que só ressaltou o sabor de cada elemento. Batata com gosto de batata, aspargo com gosto de aspargo, e nada mais (claro, os vegetais serem orgânicos ajudam). Engraçado como às vezes a gente esquece o que é essencial.

Nem tudo está perdido. Fomos à IKEA comprar uns troços pra casa, e não é que eles entregam em casa no dia seguinte? Nove e meia da manhã, ding-dong! Pelo menos UMA empresa confiável...

May 16, 2006

Essa daqui é uma das princesas da Holanda. Atentem para o traje usado no dia da Rainha (koninginnendag, no post do dia 4 de maio. Depois me digam o que eu tenho de fazer, porque sinceramente fiquei sem reação.

Que espécie de criatura ingere 552 ostras em 10 minutos? É Sonya "The Black Widow" Thomas, campeã de "competitive eating" nos Estados Unidos que, entre outros feitos, comeu 37 cachorros-quentes em 12 minutos, 57 hambúrgueres em 8 minutos e 6 quilos de cheesecake em 9 minutos (argh!). É, essa magrinha aí do meio.

(Acabei de ler uma matéria na Jane sobre ela e coincidentemente, um dos sites que leio também mencionou o mundo de competitive eating. Next big thing, pelo jeito)

May 15, 2006

Tô rolando de rir com isto aqui. O melhor foi : "When following a list of instructions, if something doesn't work as expected, instead of trying to figure out what went wrong, or even reading the error message, simply start over from the beginning. Repeat as needed."

Existe gente assim, acreditem.

May 14, 2006

Semana passada fomos comemorar o aniversário de um amigo tri-querido. Na praia. É, aqui tem praia.
Na verdade, é até perto aqui de casa, mas acabamos pegando um táxi e um tram. Chegando lá, começamos a ver pessoas (muitas) indo e vindo de chinelo, sacolas de compras, botas de cowboy (mau sinal) e assim em diante. Na "entrada" da praia propriamente dita, um quiosque vendendo cachorro-quente. Yum. Seria esse nosso jantar?
Hopefully, not. O café/restaurante estava absolutamente lotado, assim como a praia, com cachorros molhados passeando por entre as mesas, crianças sujas de areia correndo, palco montado com banda tocando música de praia, gente equilibrando cinco pratinhos de batata frita com maionese nas duas mãos.

Nunca chegamos a saber o que o restaurante servia. Saímos correndo de lá e voltamos para o centro. Acabamos indo jantar num português com comida maravilhosa e vinho verde, terminando a noite num bar moderninho, onde tomei o pior vinho da minha vida. Mas por 3,50 euros eu queria o quê, né? Mas foi divertido.

May 13, 2006

Serviço de utilidade pública : European City Cards - pra quem vai pra países europeus a passeio, alguns desses são vantajosos se os museus e monumentos incluídos estão na programação. Se a idéia é só aproveitar o transporte ilimitado, vale mais a pena procurar os sites das empresas de transporte público de cada lugar e ver se existe algum tipo de passe de dia inteiro, ou semanal (mesmo que você só use o passe pra ir e voltar de onde vc estiver hospedado e faça o resto a pé, em alguns casos compensa mesmo assim).

May 12, 2006

Tô fu. Achei no supermercado um queijo curado com azeite de oliva. Meus sanduíches de queijo jamais serão os mesmos.

May 11, 2006

Eu ia falar de várias coisas que eu odeio, mas vamos deixar pra lá. Primavera, you know.

Pronto. Saiu o sol, começou o show de horror - calça branca, top verde-limão, bota branca, essas coisas. Mas pelo menos fica todo mundo de bom humor.

Nos vôos consegui colocar alguns filmes em dia :

"The Chronicles of Narnia" - bonitinho, se eu tivesse filhos seria o tipo que eu gostaria que eles assistissem. Por mim, achei um pouco "efeitizado" demais e tá começando a me incomodar essa coisa de o "homem" ser a esperança do mundo, sendo que é exatamente o contrário. E aquela Susan me irritou demais com aquela cegueira racional voluntária, apesar dela ser a cara da Janeane Garofalo. Mas vale pela fantasia e os valores morais.

"Fauteils d'Orchestre", da Danièle Thompson - nem tinha ouvido falar do filme, mas quando vi o nome da Cécile de France, fui correndo assistir. Uma coisa meio Amélie, sem o lado esquizofrênico, sobre uma moça simples de Mâcon que vai a Paris juntar dinheiro e interliga a vida de um pianista cansado da vida de concertista (o sempre ótimo Albert Dupontel), uma atriz de TV que quer ser levada a sério (a sempre hilária Valérie Lemercier), uma camareira de teatro em vias de se aposentar (lembram da Dani?) e um milionário colecionador de arte e seu filho (não sei quem são). O filme é uma graça, e a Cécile de France é a coisa mais querida deste mundo, adoro. Assisto até a comercial de TV se for com ela.
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"Je Vous Trouve Très Beau
", com o Michel Blanc. Achei parecido com "Une Hirondelle a Fait le Printemps" (com outro Michel clássico, o Serrault), a velha história do velho solitário ranzinza que tem sua vida transformada com a chegada de uma jovem (romena) cheia de vida e amor pra dar...mas é bom, basicamente porque o Michel Blanc é um talento clássico e a Medeea Marinescu é charmante.

"Harry Potter and the Goblet of Fire" - bom filme da série. Não o melhor, mas bom.

May 10, 2006

Ou pergunta pra Rita Lee, de repente ela sabe.

Porra, de novo entraram aqui procurando pelos pontos turísticos da Babilônia. Já disse, vai ver os Jardins Suspensos e manda um alô pro Nabucodonosor por mim.

E homens orientais magrinhos lindos, que cuidam da mulher com todo o carinho, são gentis mas sabem dar porrada, e consertam tudo em casa absolutamente RULAM.

May 09, 2006

E acabei de ver outro filme do Kim Ki-Duk, "Bin Jip" (Casa Vazia). Tão lindo que nem preciso escrever nenhum comentário, só que me arrancou algumas lágrimas. Lindo, lindo.

Certo, voltei à programação normal. Estou procrastinando. Mas não completamente, porque estou tentando terminar um trabalho sobre a necessidade de um background étnico-cultural para se compreender emocionalmente alguns filmes. Ou algo assim. Ontem assisti a "The Isle", o filme mais polêmico do Kim Ki-duk. Aquele, dos anzóis. E achei num livro uma análise que diz exatamente o que eu queria, que enquanto a alguns olhos o filme parece carregado de uma violência e brutalidade gratuitas, para quem entende o pensamento oriental são apenas metáforas de uma dor interna não-verbalizada. E como em "Primavera, Verão...", o cenário é único, com a mesma sensação de isolamento e atemporalidade, quase sem diálogos. Mas "Primavera, Verão..." fala do self, e "The Isle" da dor da necessidade de fusão com o outro. É um filme lindo e perturbador.

Credo, que post chato. Deixa eu voltar pro Word que é melhor.

Em São Paulo, aproveitei pra assistir a "Les Poupées Russes", já que aqui saiu de cartaz faz tempo. Damn, e agora estou com raiva da minha caixa do Cédric Klapisch não incluir esse filme. Porque faz super sentido acompanhar o Romain Duris evoluir de moleque sujinho a thirtysomething imaturo e continuar pegando todas, hahaha.

Mas o que eu saí pensando foi que as pessoas acham o amor muito complicado. E não é.

May 08, 2006

Num dia desses, ainda descobrimos que o Juca Chaves tem um teatro, dentro do Extra Itaim. Essa a gente tinha de ver. Chegamos lá, e realmente existe um teatro! E mais, dentro da sala da bilheteria, ao fundo, o próprio Juca falando ao telefone! Imediatamente, adquirimos a caixinha com 3 CDs com "o melhor de Juca Chaves" e pedimos pra ele autografar, o que foi feito com simpatia. Saí de lá achando tudo muito engraçado e bizarro. Só chegamos a ouvir os CDs aqui em Amsterdam, o de Modinhas é ótimo e tem clássicos como "Por Quem Sonha Ana Maria", mas o que mais me impressionou foi como todas aquelas letras satíricas continuam atuais. JK, Jango, Figueiredo, Collor, Sarney, Tancredo, Funaro, mudam os nomes e as épocas, mas a situação...

Chegamos na nossa querida cidade semi-acabados, mas nada que um banho e uma cochilada básica não resolvessem. E daí em diante, só alegria...

Pizza com Bohemia no Micheluccio na Sexta-feira Santa, festa num apartamento gigantesco em Higienópolis com direito a polícia e tudo, almoço no Club da Cana com caipirinha trifásica (maracujá, caju e limão - genius!), campeonato de golfe, Satã meio vazio, churrascaria rodízio (high end e low end - a low end foi muito melhor), comida mineira, Sujinho, espetinho da Dona Regina na Liberdade, comida coreana no Lua Palace, saladas no Ráscal, sashimi no Takô à meia-noite do domingo, obras culinárias do Tanji, patas de siri na Vila Madalena, espetinhos na Pompéia, dim sum na Aclimação, aquele frango absurdo do Frangó, muita pizza de padaria, feijoada no Bolinha, pastel de feira...e ainda faltou tanta coisa, tanta gente pra ver (porque claro, cada um desses lugares foi desculpa pra ver alguma pessoa querida - ou vocês acham que a gente só pensa em comida? hahahahaha)

(só faltaram as minhas duas Xris e Kris, tô na dívida)

E dormir com os gatinhos, ô coisa boa.

Dia 13, enfim, depois de resolver alguns assuntos práticos, fizemos a mala e acabamos com o que tinha na geladeira. Minha irmã fez uma omelete com abobrinha absurda, nos entupimos de queijos franceses e pão, resto de stampot, de pasta, e fomos daquela que "fait du ciel le plus bel endroit de la terre" rumo a São Paulo...

Continuando sobre a visita da minha irmã, os dias seguintes foram uma sucessão de passeios aleatórios, compras, comidinhas e bares. Fomos a Utrecht e compramos uma french press para café, vários tipos de Yogi Tea, comemos batata frita do Maneken Pis. Em Amsterdam, jantamos uma noite no Sherpa, um restaurante nepalês-tibetano perdido no meio de um bairro cheio de tourist traps. Decoração simples e alegre, raviolis cozidos no vapor, curries de cordeiro, serviço simpático, ótimo. Sobremesa no Café Americain, aquele salão lindo art-nouveau. Passeio de barco. Compra de CDs na Boudisque. Petiscos holandeses no De Blauwe Parade, nossa parada obrigatória. Cervejas no Du Lac. Mercado de Waterlooplein e a feira do Albert Cuyp. Roti surinamês, panquecas com açúcar e manteiga, arenque com cebola e picles, nada foi poupado.

Tá, eu voltei e vou tentar colocar tudo em dia, apesar de sinceramente não me lembrar de mais nada, hahahahaha.