June 28, 2007

Jorge almeja deixar o trabalho de porteiro de prédio, ter o amor de Natalia, possuir um terno elegante, ser livre. Mas a vida termina por lhe empurrar um pai inválido para cuidar, recusa após recusa em todas as entrevistas de emprego, uma Natalia indecisa, um irmão na cadeia e...

Paula precisa engravidar. Antonio se apaixona. Israel questiona sua sexualidade.

Todas essas vidas se cruzam em Madri, no bonito Azuloscurocasinegro. Pessoas comuns, com dúvidas, angústias, problemas e um ou outro momento de alegria passageira. Doce, suave, sem ação, aventura, clímax ou efeitos especiais. Só humanidade mesmo.

June 26, 2007

Tá, vocês conseguiram. Agora "Luiz Päetow" é a palavra-chave mais procurada aqui. A primeira era eu mesma, mas agora tô na segunda posição, com 10 buscas a menos. Pode? Que mais vcs querem, que eu mude o nome do blog? hahahahahahahahahahahaha



Lu, you rock.

June 25, 2007

Fui finalmente ver "Zodiac" (minha fila de filmes tá num backlog desgraçado). Uau. Intrincado, detalhista, elenco bem escolhido (gostei até do Brian Cox, vejam só). Nem notei que durou 3 horas, porque obviamente não poderia levar menos que isso pra contar a história e transmitir a obsessão dos investigadores. Curti.

A semana de pintura continua. Desta vez foi a cozinha, e eu nunca me senti tããão cansada. Mas antes a gente fez um jantar de frutos do mar que levanta qualquer um.



Molhos de mostarda, mignonette, azeite-alho-salsinha e maionese com curry. Penne com rúcula e tomates cereja assados. Navajas cozidas no vinho branco. Escabeche de horse mackerel (aji). Aspargos brancos e verdes no vapor. Ovos de codorna. Wild salmon e bacalhau fresco grelhados. E patas de caranguejo.

June 23, 2007

"Cashback" me surpreendeu. História simples, elenco charmoso, cinematografia ousada e transita livremente entre o cômico, o filosófico e o romântico, sem se prender exatamente a nenhum gênero. Poderia dar errado, mas não deu. Virou um filme lindo e sensível, tentando definir o indefinível - o conceito de beleza e o tempo - e ao mesmo tempo legal, divertido.

E sendo mulher, não pude deixar de me sentir extremamente compreendida quando Ben, o personagem principal, fala sobre encontrar a beleza em todos os lugares - a questão é tomar o tempo pra isso. E sobre observar cada curva, cada dobra do corpo de uma mulher - que constituem a beleza da uniqueness de cada uma. Muito me lembrou os textos do André. Lindo e digno de alguém que realmente ama a figura feminina.

June 20, 2007

Heineken Music Hall lotado (comprei os nossos ingressos há 3 meses), expectativa no ar. "Berlin" sempre foi o álbum não-compreendido do cara - primeiro por suceder "Transformer" sendo completamente diferente deste, e segundo pelo conceito de músicas como narrativas. Portanto, quando o velho Lou Reed anunciou um show baseado exclusivamente nesse álbum, as reações devem ter sido as mais variadas.
Mas eu digo : a única reação possível é a de "maravilhamento" (existe?), do começo ao fim. Da música-título a uma execução inesquecível de "Sad Song", a sensação é a de um arrepio perene correndo sob a pele. Paredes de guitarras sustentadas por uma pequena orquestra, um coral, um baixo elétrico e outro acústico. E imagens de "Caroline" projetadas ao fundo, enquanto as letras geniais falam de perdas e pulsos cortados.

E como se não bastasse tudo isso, um bis. Que sinceramente me pegou de surpresa. Imaginei que, sendo uma obra conceitual, com início, meio e fim, não caberia mais nada. Mas generosamente o mestre volta e nos dá "Sweet Jane". E "Satellite of Love". E, claro, "Walk on the Wild Side".

Gente, morri, tá?

Acabamos de voltar do show do Lou Reed tocando o "Berlin".

CARALHO.


Pardon my french, mas não tem outro termo pra definir o que foi aquilo.

Em uma época da minha vida eu ouvia obsessivamente as Andrews Sisters (quando criança a deslocada temporalmente aqui só ouvia coisas feitas entre os anos 40 e 60 - fora a Suzi Quatro) - acho que o "Rum and Coca-Cola" foi um dos primeiros CDs que comprei (quando eu vi que não ia ter jeito de continuar comprando vinis) E foi um dos que eu trouxe comigo pra ilha deserta, ops, Amsterdam.

E eu tinha ouvido falar das Puppini Sisters, mas confesso que fiquei com birrinha de ouvir justamente por elas serem tão abertamente influenciadas pelas minhas queridas. Mas minha irmã me mandou o site hoje e não resisti - pô, elas conseguiram o que eu sempre quis fazer! ;) Fofíssimas! Achei divertido até os timbres das vozes serem parecidos.

Já vi a programação de shows, e elas vão se apresentar um dia aí com a Dita Von Teese! Luxo burlesque!

June 18, 2007

Hou. Sumi porque dois amigos do Iri vieram passar uns dias na cidade. Como sempre, fiz as vezes de guia - coisa que eu curto, porque a cada visita também descubro algo interessante. Sem contar que algumas pessoas são muito, muito bacanas. Grupo em que o Virgilio e Marina podem ser incluídos, fácil. Acho lindo gente que mantém o bom humor mesmo sob chuva.

Akira me deu um strap novo pra minha guitarra. Coisa mais linda.

Coisas pra fazer. Correndo. Té!

June 17, 2007

Segundo o Google Analytics, o segundo termo mais procurado neste blog é "Luiz Päetow". Bizarro. Mas não muito, pensando bem. Quem cai aqui não deixa de chegar no lugar certo - já que, como eu já disse, ele tem lugar cativo no meu coração e na minha vida. E eu adoro divulgar os projetos dos quais ele participa, mesmo que ele não me conte diretamente quase nada ;)

(isso é uma bronca, btw)

Então, quem puder vá assistir a "Matamoros [da fantasia]" no CCBB de São Paulo, até dia 5 de agosto. E me conta depois como foi. Ou então me leva pra SP pra eu poder ver pessoalmente.

Hahahahahahahaha

Ah, eu comentei que assisti a "Number 23"? Já faz semanas, mas como entrou por um ouvido e saiu pelo outro acho que esqueci de falar. Pena, a idéia é bem interessante - mas faltou alguma coisa que não sei o que é no momento. Enfim.

June 13, 2007

Voltei. Além de tirar os respingos de tinta ainda limpei as portas, passei aspirador E um esfregão no chão, hahahahaha. Super spring cleaning!

Essa tinta sai muito fácil esfregando com água. Quero ver como isso vai durar nas paredes...

Ih, João, cor aqui só branca mesmo ;-) - ambientes pequenos, sacumé. O banheiro era verde-claro (!) e isso me irritava profundamente.

E pra tirar o certificado de dona-de-casa nível 4, ainda resolvi contrariar os hábitos da casa e fazer... brownies. Zás!

Passamos os últimos dias dando um trato no apartamento. E eu descobri que curto pintar paredes, hohoho. O chato é limpar tudo depois. A sorte é que essa tinta que a gente comprou é solúvel em água. E seca em duas horas!

(vamos ver quanto essa pintura vai durar, especialmente a do banheiro)

Lá vou eu, esponja e balde d'água...

June 09, 2007

Aimeudeus. Tudo começou com a idéia hoje de manhã :

"vamos comprar um peixe e assar".

Fomos à feira, e no caminho veio a idéia :

"em vez de peixe, vamos fazer sardinhas?".

OK, resolvemos comprar o peixe E as sardinhas também. Daí, associação de idéias => sardinhas = comida portuguesa = bolinho de bacalhau.

"Vamos fazer bolinho de bacalhau também!"

Aí toca a comprar bacalhau seco, com direito ao Akira surpreender os donos da venda falando surinamês com eles. Depois, não sei direito ainda como, veio a idéia de fazer rissoles de camarão (claro, pra ficar no tema português). Aí fomos no turco comprar camarãozinho congelado.
Chegando em casa, achamos uma receita de bolinho de camarão. Pra não desperdiçar a massa de rissole que eu estava fazendo, então resolvemos fazer rissoles de palmito e de queijo. Aí vimos que acabou a farinha e os tomates. Fomos ao supermercado de novo, e no meio do caminho falamos de esfihas.

E aí é o seguinte : estamos na cozinha há horas fazendo bolinho de bacalhau, bolinho de camarão, rissole de queijo, de palmito E esfiha de carne. Pra nós dois.


Acho que as sardinhas vão ficar pra amanhã.


(Xris, acho que a gente ia se dar tão bem com a sua avó...)

June 08, 2007

"What the World Eats" : série fotográfica genial, mostrando o que famílias em várias cidades do mundo consomem em uma semana. Bem interessante.

(via Slashfood)

June 07, 2007

Pra quem não sabe (e, pra falar a verdade, ninguém tem obrigação de saber o que acontece aqui no pântano), o Theo Van Gogh foi um cineasta indie e polêmico que foi assassinado por um muçulmano (aqui do lado de casa, aliás), basicamente por sua visão sobre o islamismo e um filme sobre o assunto. Mas a importância real da morte dele foi suscitar uma discussão que os holandeses tentaram abafar por anos - a da imigração, especialmente a marroquina. Como disse um colega holandês da universidade, foi a desculpa perfeita para os holandeses poderem abertamente dizer o que sempre quiseram mas não podiam, por conta da fama de tolerantes/não-discriminadores : "fora marroquinos". Desde então, as relações e questões de imigração têm gradativamente alcançado tensões excruciantes, com partidos de direita fazendo propostas segregacionistas absurdas e clamores de racismo por parte do outro lado. Logo, logo, vai ter quebra-quebra por estes lados também, aguardem.

Fui assistir à refilmagem do "Interview" do Theo Van Gogh dirigida pelo Steve Buscemi. Bem interessante. Não assisti ao original, mas vi no fórum do imdb que as opiniões holandesas estão divididas : uns acham que o remake melhorou vários pontos fracos dele, um outro ficou ofendidíssimo pela refilmagem, dizendo "o filme holandês é bom o suficiente para ser difundido mundialmente". Bem, meu caro, acho que não. Tanto é que, fora da Holanda, acho que ninguém nunca viu alguma coisa do Theo. Ah, esses holandeses que acham que a Holanda tem uma importância maior do que na realidade...
Mas enfim, o filme é bom. Basicamente pelo trabalho de atores, criando tensões e enredamentos contínuos e graduais, porque a história é simples. Várias referências e homenagens espalhadas aqui e ali, mas que só vão ser compreendidas por quem tem um pouco de intimidade com o cinema holandês. Mas gente, é o Steve Buscemi. O cara pode e faz.

Os últimos posts da lisa me lembraram que um dos motivos de eu adorar ir à feira é fazer peoplewatching. Claro, a grande maioria são pessoas comuns, mas vez ou outra aparece cada um...como a senhora (?) gorda com cara de avó vestindo top de alcinha com estampa de renda e minissaia e botas, ou a moça de vestido de tafetá listrado, meia fina preta e sapato de salto fazendo a Audrey Hepburn comprando batata. Mas já vi gente bem stylish também, como uma mulher magra de uns 60 anos, cabelos brancos na altura dos ombros, num vestido verde bem mod e óculos. Droga. Por que eu não lembro nunca de levar a câmera?

June 06, 2007

Nesse atraso todo, esqueci de falar que vi "Spiderman 3". Hoho, é o mais engraçado de todos. Engraçado mesmo, de pequenas gags a piadas internas. O Stan Lee tem até falas desta vez!

Aliás, o Venom está bem legal, muié. Aquela foto que tu viu deve ter sido só um protótipo de uma das cenas. Em ação é aquilo dos quadrinhos sim.

O único problema de toda a série é o miscasting. Eu não acho o Tobey Maguire o Peter Parker perfeito, nem a Kirsten Dunst a Mary Jane, aquele garoto bonito do James Franco também não convence. Agora, a Bryce Dallas-Howard tá linda, uau. O único perfeito mesmo é o J.J.Jameson, sempre foi.

June 04, 2007

Dicas culinárias :

Tem um pedaço de peixe ou polvo dando sopa por aí (eu usei o polvo)? Refoga uns 4 dentes de alho, uma folha de louro, uma cebola fatiada fininha, pimentão cortado em tiras em azeite de oliva até dourar. Acrescenta um ou dois tomates fatiados, uma pimenta vermelha picada (eu joguei meia berinjela e um bulbo de cebolinha também). Joga uma xícara de vinho branco e meia xícara de água, tempera com sal e deixa ferver uns 5 minutos. Tira do fogo e reserva.
O polvo cozinhei com sal, cortei em pedaços, pus numa assadeira com rodelas de batatas cozidas e reguei com o refogado acima. Depois é só levar ao forno por uns 15 minutos. E tenha pão à mão, porque você VAI querer algo pra comer com o molho restante.

Quer que seu frango assado tenha o gosto daqueles da padoca assados em televisão de cachorro? Moa 3 dentes de alho, um punhado de orégano seco, sal e azeite. Espalhe a pasta resultante sob a pele do frango, e dentro da cavidade também. Se quiser, uma pimenta vermelha. Enrole o frango em magipack ou num saco plástico limpo, fechando bem. Deixe um ou dois dias e asse. Comprove.

Uau. Tive um sonho incrível, um navio cheio de Johnny Depps, todos vestidos de Jack Sparrow!

...


Ops. Sorry, isso aí foi o "Pirates of the Caribbean 3". O sonho foi outra coisa.

June 03, 2007

Pois é. Vi uma peça de filé mignon aqui no açougue ontem, daquelas inteiras que no Brasil custam 20 reais. O preço aqui? 65 euros.

Em compensação, compramos na feira uma caixa com 25 ostras gigantes frescas por 16 euros. E estamos aqui aproveitando o final do domingo com ostras, limão, mignonette (molho de vinagre com echalotes picadas), tabasco e umas taças de vinho branco. Hoho.

June 02, 2007

Enfim, como eu disse antes, logo depois de eu voltar pra Amsterdam o Ricardo veio nos fazer uma visita.

(pausa para um *rofl* básico - verbete na Wikipédia??? hohohohohoho, essa bateu a da "lista dos homens mais lindos da TV por assinatura")

Pro Antonio e pra Bebete, que perguntaram, o Rico é do bem sim - que amigo meu não é? *wink*

(nunca tinha posto link pra ele, agora que achei vários coloquei mesmo, hohoho)

Como o tempo estava mais ou menos e ele já conhece a cidade, ficamos só andando por aí, batendo papo. E como era feriado, o Akira conseguiu escapar do trabalho e andar junto. Fomos ao Amsterdams Historisch Museum, que foi um passeio bem legal e informativo, ao Van Gogh (que está com uma exposição temporária ótima, sobre o Max Beckmann durante o período em que ele viveu aqui), comemos pizza no La Place, sentamos em cafés no Nieuwmarkt, vimos a exposição do Steve Bloom no Westermarkt, e ele até conheceu a Arnild e a Beth, que estavam indo pro acarajé no Café Lef com metade da população brasileira na Holanda, pelo visto(nós não fomos).

Foram quatro dias, mas passaram tão rápido! De qualquer forma, foi ótimo pra colocar os assuntos em dia. Apesar da gente ter se encontrado várias vezes nos últimos meses, são 20 anos de amizade com várias lacunas pra serem preenchidas. Agora tô esperando a Kris pra aquele papo heart-to-heart básico ;).

June 01, 2007

Eu sempre odiei All Star por causa dos cadarços, apesar de gostar dos modelos.

E eis que alguém na Converse gosta de mim e lançou os Chuck Taylors sem cadarços! Oh!

Comprei logo na primeira loja em que os vi em NY (and of all places, justo a Yellow Rat Bastard), mas meio que estão sendo vendidos em qualquer lugar. Até na Gap. Yay!

I know, I know. Tô atrasada nos posts, nos blogs, em cinema, nos emails, no orkut, nas respostas dos comentários...gah. But don't give up on me - to tentando tirar o atraso.

Então, de NY faltou falar do p*ong, um lugar novo que tem uma proposta de small plates pan-asiáticos, quase como tapas, e como o Pichet Ong era o chef de sobremesas do Jean Georges Vongerichten, esperava-se bastante das ditas cujas no estabelecimento do dito cujo. E surpreendentemente, as sobremesas são o único ponto negativo lá. O ambiente é lindo, o staff maravilhoso, a carta de bebidas super interessante. Mas apresentar algo chamado "crème caramel de coco" (na verdade mais um pudinzinho de leite sem muito gosto de coco at all) rodeado de granita de ruibarbo, semente de manjericão e sal rosa do Himalaia é no mínimo uma falta de noção total. A granita (raspadinha, pros íntimos) derretendo ao redor do pudim e fazendo aquela agüinha vermelha, agh! E isso porque nem falei do bolo de azeite de oliva extra-virgem recheado de sorvete de missô com morangos e wasabi confitado. O bolo não tinha muito gosto de azeite, mas o sorvete tinha gosto de missô - e como! Chegava a ser salgado. Argh de novo. Inovação tem limite, e tem de saber fazer. O Wylie Dufresne tá aí pra comprovar.
O pior é que pedimos o menu degustação, que inclui quase todos os pratos do cardápio, e mais uma sobremesa - e o chef deve ter ficado tão lisonjeado que nos mandou ainda mais uma, como cortesia. Eu e minha irmã nos entreolhamos, sem saber o que fazer. A gente estava tão aliviada por estar no final da degustação! hahahahahahahaha
Demos um jeito de comer parte da pavlova de limão, mas o gosto realmente era do desinfetante que uso aqui em casa. Na hora de pagar a conta - nãããão! Um prato com gourmandises, chocolatinhos, docinhos, etc. Jesus. Alguns razoáveis, mas quando mordemos um chocolate, nos entreolhamos como que tentando descobrir que sabor era aquele.

ORÉGANO.

Saímos correndo, antes de estourar de rir. E antes que eles tentassem nos servir mais alguma coisa.



(claro, vou ser injusta se não disser que algumas coisas foram bem boas. O sorvete de manjericão e rúcula que acompanha o suflê de stilton (foto acima) é uma das melhores coisas que já provei - realmente, os pratos salgados foram muito melhores que os doces)