January 31, 2008

No dia seguinte, eu já estava louca pra ir embora.

(eu fico extremamente desconfortável na casa dos outros, por mais queridos que sejam os anfitriões e melhor que seja a recepção - no caso, foi estelar, mas mesmo assim meu lado anti-social grita :-\)

(ah, fora isso o caloooooor foda me mata - todas as minhas fotos no Rio eu apareço descabelada, suada e maltrapilha. Não há elegância e dignidade que resistam a se sentir grudando 24h por dia)

Empacotamos as coisas e nos despedimos dos adoráveis hosts, e fomos à procura do Quim e Sri. Ninguém no hotel, o que achamos estranho. Fomos almoçar com a Cris no Galeto...qualquer coisa, ali em Copa mesmo, e esperamos eles ligarem. Mas quem acabou ligando foi o querido Antonio, que foi nos encontrar! Imaginem, ele mora em Bruxelas e nós em Amsterdam, e só conseguimos nos ver mesmo no Rio de Janeiro. Delícia!

Matamos um galeto e uma picanha e ainda fiz o Antonio pedir um pudim de leite, porque um docinho faz bem pra vida ;-)

E finalmente o Quim deu sinal de vida. A gente já estava cogitando chamar a polícia, porque lembramos que desde que eles pegaram o táxi pro Centro NA TARDE ANTERIOR, não tivemos mais notícias...gringos sozinhos no RJ, deseaparecidos há vinte e quatro horas? P-Â-N-I-C-O.

Depois, esticamos pra uma cerveja no Informal, de onde saímos BEM mais tarde do que a gente planejava. Paciência, a gente chega em SP depois da meia-noite mesmo. Pegamos um táxi pra rodoviária, e aí sim pudemos apreciar o que é AQUILO em toda sua...magnitude.

Juro, fazia tempo que eu não via um lugar tão...rústico. Por dentro e por fora. Nunca fui à África Central ou à Índia, mas imagino que sejam assim.

Compramos os bilhetes e fomos matar o tempo na lanchonete. Por sorte, fomos logo ver onde era a plataforma e lá tinha um..."lounge" pra classe executiva. Nada mais que algumas cadeiras, café e uma TV, mas tinha o principal : ar-condicionado.

Já em SP, passava da meia-noite, então pegamos um táxi. Jeeeesus, what a ride. Ainda bem que era um carro sem muita potência, porque o motorista estava se sentindo num circuito de F-1. Ziguezagueando, com o pé no acelerador e passando sinais vermelhos. Só na hora de pagar a corrida é que sentimos o bafo alcóolico do moço. Ah, aventuras.

January 30, 2008

Tá, então voltando ao Rio : no dia seguinte, a idéia era cada um fazer o que estava a fim. Então eu fui encontrar a Cris pra almoçar, o Akira foi procurar uma camisa do Flamengo com o nosso anfitrião-amigo-de-infância, e o Quim e a Sri, imaginamos, iam seguir a própria programação. Cada um seguiu uma direção diferente.

Aí, andando com a muié em direção à praia, de repente a gente cruza um casal na rua: Quim e Sri! Na maior surpresa, paramos pra bater papo e tentar combinar algo pra mais tarde. Nessas, quem chega? Isso, o Akira e o amigo. Foi a coisa mais bizarra do mundo. Com tanta rua em Copacabana, os seis resolveram passar pela Rodolfo Dantas no mesmo minuto. Enfim.

Aí ficamos conversando na frente do Copacabana Palace, porque a Sri queria ir ao banheiro e a gente falou pra ela ir no Copa mesmo. Ela foi, hahaha. E aí ficamos prestando homenagem à estátua do Ibrahim Sued e decidindo onde a gente ia almoçar.

Acabamos indo pro Gula Gula, que o Quim queria conhecer. Pegamos um táxi e rumamos a Ipanema. Chegando lá, cadê o restaurante? Pô, tinha tantas boas lembranças de lá (er...lembranças de 17 anos atrás, mas boas)! A muié saiu perguntando e descobriu que a casa mudou pra ali perto.

Uau. Um lugar que eu lembrava como casual e bom pra comer uma saladinha rápida virou um restaurante sério, com trocentos garçons e pé direito alto. E hostess na porta o_O
Ainda estava cedo, então não pegamos fila. Resolvemos pedir várias coisas, pro Quim poder ter uma impressão geral do cardápio. Como sempre, o melhor de lá são mesmo as saladas. A Sri descobriu então o suco de abacaxi com hortelã (how eighties!), hahaha. Eu pedi meia salada de frango ao pesto (que eu adorava!) e um picadinho (razoável, mas dispensável), o que foi bem satisfatório.

O resto do dia foi gasto batendo papo e tomando cerveja ali na região. Até a hora de comer de novo. O que foi bem mais tarde.

January 28, 2008

Ainda nesse dia, fomos ver a exposição da Yoko Ono no CCBB. Achei algumas coisas bem interessantes, no geral. Comentando com algumas pessoas depois, o termo que mais usado pra descrevê-la foi "ingênuo". De fato, mas a mostra é uma retrospectiva, e parte dos trabalhos data dos anos 60. Arte conceitual em clima de pacifismo e auto-descoberta. É datado, e fora do contexto da época, perde a força mesmo. Se a questão é força, uma das séries de que mais gostei, "Objetos de Sangue", é mais recente e mais impactante - mas achei a parte "ingênua" da exposição cativante mesmo assim. É um alívio de vez em quando ver algo que não seja pesado ou opressivo. A gente cansa de muito questionamento às vezes.

Em resumo, não é imperdível, mas se puder ver, vá.

Depois, fomos ao Salve Jorge do centro pra fazer uma pausa, e caiu o mundo. Sério, tempestade daquelas de ventania. E choveu um puuuta tempo. E aí, quando parou, cismamos de ir pra casa de ônibus (sendo que o metrô estava ali do lado ¬¬) e fomos andando ao longo do Anhangabaú. Noite escura, já, as ruas estavam tranquilas, o Municipal lindo todo iluminado. Mas o ponto perto da São Francisco estava escurésimo, com dois ônibus que não tinham cara de que iam sair logo. Aí andamos mais um pouco até o ponto no começo da Brigadeiro. E esperamos mais, mas pelo menos num lugar mais iluminado. E o ônibus subiu a Brigadeiro. E quando queríamos descer, antes da Paulista, ele não parou, atravessou a avenida e só puxou o freio umas 3 quadras abaixo.
Nessas, a gente tinha de encontrar o Rico e a Kris em Higienópolis, mas o meu mau-humor e o fato de já serem quase dez da noite, estarmos molhados, suados e cansados deram uma grande bola preta pro compromisso e fomos é mostrar comida mineira pro Quim e pra Sri ali perto de casa mesmo.

Opa, opa, opa! É verdade, ainda bem que a Cris me lembrou : no dia 3, fomos mostrar o centro de SP pras visitas. Curiosíssimo como a gente passa vezes sem conta por alguns lugares da cidade onde moramos e nunca repara neles de verdade. Nos meus 34 anos de São Paulo, juro que nunca tinha notado o prédio maravilhoso ocupado agora pelo ABN-Amro-Real na XV de Novembro, nunca tinha visto um banco-escultura com pés de livros ali perto tampouco. Nunca tinha reparado como a Praça da Sé lembra as Ramblas de Barcelona. Sempre passei pelo Páteo do Colégio apressada, olhando para a frente. E nunca para cima, até então. Por isso, nunca tinha notado o topo ornamentado de alguns edifícios para trás da Boa Vista, nem o obelisco Asas do Desejo no meio do Páteo. Nos demos ao luxo de parar alguns instantes para observar as pessoas descendo, descendo, descendo a Ladeira General Carneiro.

Nada como um pouco de saudade pra reavivar a beleza.

January 27, 2008

Dia 4 estava marcado da gente ir pro RJ. Eu fiquei com frescura até a véspera (mentira, até antes da hora de sair), mas decidi ir. E daí que no Rio é quente e faz calor (tudo que eu odeio)? Vamos lá, pode ser divertido. Fomos até a rodoviária do Tietê e invadimos o guichê da Viação 1001. Antes de embarcar, fiz questão de apontar pra Sri como até no quiosque da Casa do Pão de Queijo da rodoviária se usam luvas descartáveis no manuseio da comida. Sri, que mora na Holanda desde os cinco anos de idade, ficou impressionada.

A viagem foi tranquila e rápida. Eu sei que são seis horas, mas se a gente pensar em quanto tempo a gente perde nos aeroportos da vida na suposta ponte aérea, foi moleza. E sem filas. E sem atrasos.

Chegamos e fomos direto a Copacabana, onde toda a trupe ficaria concentrada. Eu e Akira na casa de um amigo, Quim e Sri num hotel e a muié no conforto de sua própria casa. Todo mundo (menos a muié) aguentou botecar e fomos ao Informal. Bom cardápio, atendimento atencioso apesar da casa cheia. Matamos caldinhos de feijão, jabá com jerimum, escondidinho de carne-seca, rabada e salsichas alemãs.

E depois, tentar dormir no calor do Rio. Numa escolha de Salomão entre o ar-condicionado barulhento e os pernilongos pela janela aberta. Tough.

January 25, 2008

A gente chegou em SP no dia 27, a muié no dia 29, o Joaquim e a Sri no dia 30. Como vocês vêem, já começou movimentado.

Logo no dia 27, resolvemos ir jantar no velho e bom Sujinho da Consolação. E claaaaaro que já encontramos um casal de amigos do Akira, totalmente por acaso.
A viagem mexeu com meus parafusos, e passei a primeira semana inteira achando que era quinta-feira. Ou algo assim. Mas do mesmo jeito, consegui marcar de ver a Kris logo, e fomos ter o último almoço de 2007, no dia 31.

Daí, foi o ano-novo. Festa em casa, foi divertido. No dia 31 e no dia 1°.

No dia 2, fomos comemorar o aniversário da querida Ana L. no Mestiço (era o que estava aberto no dia). Como sempre, o ambiente vale mais que a comida - mas meu curry de peixe estava bom, e de qualquer jeito eu só vou lá pelos bolinhos de estudante, hoho. E o serviço foi bom e simpático.

Dia 3? Não lembro.

Oops. Tem alguém aí ainda?

....

Chegamos na terça direitinho, sem problemas. Passei a tarde meio zumbizando, como sempre, sem conseguir fazer nada direito por causa do sono. Também, se eu dormi meia hora durante o vôo, foi muito. Em compensação, assisti a um monte de filmes bestas.

Tá, "The Nanny Diaries" foi legal (Iscárleti!).

Jantamos qualquer coisa, porque depois de carregar 3 malas (48kg) escadas acima (quarto andar, sem elevador), a última coisa que a gente queria era sair de novo pra ir ao supermercado. E dormimos. Quatorze horas seguidas.

Óbvio que a quarta-feira chegou e passou e nós nem vimos. Responder e-mail? Arrumar a casa? Atualizar blog? Má nem!

Aí entre ontem e hoje, consegui limpar a inbox (900 emails não lidos), responder a alguns mails e scraps e só. Fomos ao supermercado reabastecer a casa, e hoje fugi pro centro - dar aquela reconhecida de terreno básica, ver um filme e comprar uns troços de que precisava. Calendário, agenda, xampu - é, o ano começou. Mais umas revistas e um óculos de sol novo na H&M, and I'm done for the day.

E agora, coçar o cérebro e tentar lembrar o que rolou nestas 3 semanas.

January 21, 2008

Então. Em pleno processo de arrumação das malas pra volta. Três semanas não são nada, snif.

Se eu lembrar de tudo, começo a postar amanhã.

Adéu.

January 14, 2008

Dias intensos e cheios de gente querida Ainda preguiça de escrever tudo Viva e saudável não se preocupem pt saudações

January 11, 2008

Er...tô viva. Mas com uma preguiiiiça de atualizar o blog que vocês não imaginam.

Não quero voltar pra Holanda não. País de gente cinza, af.

Vou comer pastel ali na feira do Pacaembu e já volto.