September 30, 2008

E o Maissoma fez um post bem bacana em homenagem ao grande Gigante Brasil. E, de bônus, desencavou o vídeo de um show da Isca de Polícia que eu nunca tinha visto!



No Youtube tem as outras 4 partes, emocionei. Itamar, Paulo Lepetit, Virginia Rosa, Suzana Salles (que me deu aula de canto há uns 15 anos, que pessoa incrível). Saudades da SP foda daqueles tempos.

Descanse em paz e mande lembranças pro Nego Dito. Vamos sentir falta.

September 28, 2008



Por coincidência, a Lisa e eu baixamos e vimos o mesmo filme na mesma semana, há algum tempo. E, se não me engano, só por causa da Selma Blair, ha. Mas "Purple Violets" é bonitinho e até melhor que muitas comedinhas românticas por aí. Se o Woody Allen fosse mais jovem, bonitão e mais romântico que sarcástico, seria o Edward Burns. Mas o Edward Burns não é o Woody Allen, portanto o filme tem elementos dispensáveis e erros de julgamento - o personagem (mala) do próprio Burns, um personagem inglês (mala) feito por um canadense com um sotaque atroz, a namorada (mala) que teoricamente teria 25 anos, mas parece uma retardada de 35 (opa, não sou eu).

O negócio mesmo é o relacionamento do casal central, o amor que se completa em tantas frentes : a que sobrevive ao tempo, a da admiração mútua, a da separação e crescimento (traduzindo : há casais que se afastam com o tempo, e se separam. E há casais que se separam, mas continuam andando na mesma direção)

Se você gostou de "She's The One" (ou de "Sidewalks of New York"), provavelmente vai curtir este também. E olha, a trilha não é Tom Petty, mas é bacana.

September 26, 2008



E a sempre fofa Ana L. me deu vários presentes durante a estadia aqui. Um deles foi "Gemma Bovery" de Posy Simmonds, uma graphic novel inspirada pela trágica "Madame Bovary" de Flaubert. As crises são modernas, o ennui atemporal, o traço rápido e o sarcasmo, britânico. Muito bom.

September 25, 2008



Assistir a "Mirrors" depois de ver a exposição da Yayoi Kusama foi interessante. E ainda bem que foi depois, senão eu não ia nem entrar no museu. Com toda a simbologia do reflexo, do infinito, do confronto com o eu através da imagem, da idéia de um mundo inverso, desconhecido e paralelo por trás dos espelhos, seria difícil não se impressionar com a sua imagem multiplicada num universo ermo e fictício, como acontece em algumas das instalações dela.

Refilmagem do coreano "Geoul Sokeuro" , até que garante uns bons momentos de horror. Podia não apelar tanto praqueles sustos *BUM* (som alto+aparição repentina), mas mesmo assim a tensão é constante. O Kiefer Sutherland faz bem o trabalho de cara durão e fragilizado, apesar de alguns momentos serem totalmente inexplicáveis. A mulher dele é irritante pacas. Há explosões e carros demais. Mas eu curti.

September 24, 2008

Fui ver 4 exposições temporárias beeeem interessantes no Museu Van Gogh: um apanhado dos trabalhos de impressão do Werkman, uma seleção de pinturas suprematistas do Malevich, a retomada das naturezas-mortas por Van Gogh e outros pintores do séc. XIX e, finalmente, uma mini-instalação sobre Anton Mauve, com quem Van Gogh estudou pintura por um curto período. Essa última vale principalmente por "Souvenir de Mauve", um quadro que eu não conhecia e me impressionou de tão lindo.


"Souvenir de Mauve", Vincent Van Gogh


Sobre o Malevich, nem preciso falar muito - é só lembrar da influência da sua obra sobre os modernistas brasileiros : Tarsila, Lasar Segall e Di Cavalcanti, principalmente.


Kazimir Malevich, "Taking in the Harvest", 1911-12

O mesmo vale pro Werkman e o design gráfico. Usando stencils, tipografia e rolos, as druksels de Werkman marcaram um estilo que remete à arte naïf e às ilustrações da literatura de cordel do Brasil. O trabalho tipográfico me lembrou o grande Saul Bass, com suas linhas fortes e geométricas, com cores primárias, e várias outras escolas de design dos anos 40 e 50 (tentei achar umas imagens pra ilustrar e não achei - se eu estiver falando bobagem, favor apontar)



As naturezas-mortas, então, foram impressionantes - principalmente porque eu não gosto do gênero no séc. XVII. Mas as releituras por Fantin-Latour, Corot, Manet e Courbet me tocaram. Mesmo. Não que eu não admire o super-realismo alcançado por alguns dos artistas, mas realmente as versões do século seguinte são mais interessantes.

Enfim, quem vier pelos próximos meses verá. E eu amo meu Museumkaart.

September 23, 2008



E curti "Estômago". Bom ritmo, atuações naturais e próprias para cinema (ok, um ou dois atores escorregaram um pouquinho no tom, mas esse é um mal que o cinema brasileiro ainda vai superar completamente algum dia), fotografia e som caprichados e sem rebuscamentos. Como na gastronomia, as melhores experiências são as mais simples : bons ingredientes, uma montagem correta e pronto.

(aliás, sidetracking um pouco : o Bourdain andou estalando o chicote nas loooooooongas degustações de menus exageradamente elaborados, e me senti aliviada por finalmente ALGUÉM decretar que essa tendência está indo longe demais. De repente, TODO mundo quer fazer menus com 34874 pratos, sendo que desses apenas um ou dois são realmente memoráveis. Eu adorei o wd-50 porque o Wylie Dufresne é realmente muito criativo e está sempre em movimento, e o L'Astrance foi realmente uma experiência que virou parâmetro em serviço e execução. Fora esses? O resto é marketing e show, como eu sempre disse. Comida simples e boa, por favor)

Voltando ao filme, era fácil saber quantos brasileiros estavam na sala do cinema : eram os que riam desbragadamente com o caipirês malandro-inocente de Raimundo Nonato. E, sinto muito, platéias internacionais - isso não tem jeito de traduzir. Mas pra quem entende, baixem o livro de receitas disponível no site. Aprenda a fazer coxinha sorrindo.

September 19, 2008



E o Boijmans van Beuningen mostra porque é um dos meus museus favoritos no mundo : além do imenso e abrangente acervo, até outubro hospeda uma retrospectiva da incrível Yayoi Kusama. Obsessiva, vanguardista, abusada, absurda. Curti imensamente as séries baseadas em infinitos, e sim - fui arrebatada por "Fireflies on the Water", de 2002, definitivamente minha obra favorita nesta exposição. Mas o que me impressionou foi a consistência impressionante no trabalho dela : dos anos 60 aos 00, tudo é igualmente impactante, e na verdade até um pouco atemporal. Resquícios de pop art e minimalismo poderiam soar datados ou ingênuos hoje, mas quatro décadas se passaram e tudo ainda tem um ar fresco e bem contemporâneo. Artistas modernos que conseguiram essa façanha? Não muitos.


"Fireflies on the Water", 2002, Yayoi Kusama - imagem do Whitney Museum of American Art

Enfim, eu poderia ficar falando horas aqui, mas acho que o Superchunk resume bem em "Art Class (Song for Yayoi Kusama)"



Here we go in spurts
The colors ready to burst
And you may notice a shaking in your eye
Metaphors the worst
Well are you being driven or do you drive?
On a trip between two points and your infinity
Now, obliterate yourself from the scene
But please do not forget

Cover me with spots
Black and red dots
Till I'm clouding up your visual field
Bare assed and beautiful
You're climbing on your art like a shield
Now I want
I say
I do
Everybody dance now

And welcome to art class
Forget your acid, free paper and glass
Welcome to art class
Lead blind
Stripped bare of the past
Why so serious?
Why so serious, when it's only your life that's at stake?
Why so serious?
When your life is the art that you make
Life is the art that you make

Sell anything you want
But it's worth no more and no less than a kiss
Try not to represent even that
Cause this moment is all that it is
And a garden in glass there is a red plastic tree
So shit in a can but your art is not free
I say
I want
I do
And everybody dances with me

And welcome to art class
And yes it does involve shaking your ass
Welcome to art class
Always keep your face to the blast
Why so serious?
Why so serious, when it's only your life that's at stake?
Why so serious?
When your life is the art that you make
Life is the art that you make

September 16, 2008

Visita em casa! Volto já!

September 14, 2008

E essa visita a Lisboa foi um bom teste pro nosso Asus eeePC 901. Como o hotel dispunha de wireless grátis nos quartos, foi bem cômodo pra verificar emails, informações de última hora, ver vídeos no YouTube e até trabalhar, no caso do Akira. Coube no cofre do quarto com espaço de sobra, e foi uma boa distração durante o vôo. Extremamente leve e portátil, cabia na minha bolsa, se precisasse. Só vou lembrar de levar um mouse da próxima vez, porque eu odeeeeeeio usar touchpad. Mas de resto, é um grande companheiro de viagem. E isto NÃO é um post pago, hahaha.


(foto do site da Asus)

Como de costume, Akira e eu quisemos ir a um supermercado para comprar especialidades locais. O mais próximo era no Shopping Center Amoreiras, que lembra o Market Place em SP. E, surpresa, o supermercado é o Pão de Açúcar. Enchemos a cesta de chouriços, queijos e presuntos curados, terrines e patês (hehe, xris e Ana sabem como é). No caixa, descobrimos que compras acima de 75 euros podem ser entregues em casa, mediante uma taxa de 5 euros. Achei ÓTIMO. Mandamos entregar tudo no hotel, com horário marcado, e pudemos ir passear sem precisar voltar com as compras.

O shopping center é exatamente igual ao modelo que temos no Brasil. As lojas são um pouco menores, talvez. Pra compras tardias e de última hora, pode ser uma boa opção, já que ficam abertos até 23h/meia-noite.

(E fazia séculos que eu não ia a um shopping, achei até legal, he)

(ah, e até fomos em algumas charcutarias para pesquisar os preços dos queijos e frios e estimular o comércio local, mas sabe? Os preços do supermercado eram bem menores. Tipo, o quilo do queijo de Azeitão era 38/42 euros na charcutaria, e 27 no super. Sorry, comércio local)

Comprei queijos da Serra da Estrela, dois queijos de Azeitão, um de São Jorge e um de cabra normal. Devo dizer que os da Serra da Estrela merecem todo o hype, hein?


foto do site http://www.pureportugal.info/food.html

September 13, 2008



No domingo, resolvemos ir a Belém. O modo mais fácil, segundo o guia, era pegar o elétrico 15, que sai da Praça do Comércio. Supresa : aos domingos, só um bonde por hora. Faltavam 20 minutos para o próximo e resolvemos esperar no ponto. E começou a chegar mais gente. E mais gente. E mais gente. Faltando 5 longos minutos para a partida, estava meio óbvio que não ia caber todo mundo no bonde. Dito e feito, quando ele chegou foi um acotovelamento só. Ainda fizemos a loucura de tentar entrar, mas lá dentro, sem poder mexer um dedo, eu decidi que não dava. Descemos e fomos pegar um táxi.

(mas não posso deixar de comentar que o jeito que os portugueses encontraram para contornar o excesso de gente à espera do bonde é um tanto...hã, português. Desculpa, não tem outro jeito de dizer. Em vez de colocar um bonde a cada, sei lá, 30 minutos, eles colocam DOIS no mesmo horário, um atrás do outro. Resultado, o primeiro sai lotado, e o segundo semi-vazio. Enfim, a dica é: espere o segundo)

No final das contas, pegar um táxi é a melhor solução, se você está em grupo. A viagem saiu 7-8 euros, sendo que a tarifa do bonde é 1,40 por pessoa. Paramos em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, e fomos direto pra lá.

A parte da igreja é de acesso livre, e também de cair o queixo. Colunas imensas, capelas adornadas com muito ouro, arcos góticos em profusão. De quebra, as sepulturas de Camões e Vasco da Gama, frente a frente. Mas se você se dispuser a gastar mais 6 eurinhos, pode visitar o cloister. E eu lhes digo, vale a pena. É belíssimo. Num dia de sol, os arcos que circundam o pátio praticamente reluzem, e os detalhes manuelinos intrincados dão um ar exótico, algo entre arquitetura moura e indiana (não por acaso, o mosteiro foi construído com o dinheiro do comércio de especiarias).



Depois de encher os olhos, fomos andar ao longo do rio. Há o monumento aos descobridores, que se por um lado tem uma certa semelhança com o "Deixa que eu empurro" do Brecheret no Ibirapuera, é bem grandioso e bonito em contraste com o céu azul. Pode-se subir para apreciar a vista, mas não fomos. Tampouco à Torre de Belém, que eu achava que seria bem mais imponente, blé.



Resolvemos dar uma espiada na Torre só à distância e voltamos para a rua de Belém. Lá, o movimento maior era na frente da Casa de Pastéis de Belém. Uma fila imensa esperando para comprar docinhos, não obrigada. Por mais tradicionais que sejam, não estava a fim de ficar na fila. Fomos na loja de Queijadas de Belém, bem mais tranquila e com mesinhas na parte de trás. Comemos um queijinho português, pão com manteiga e sardinhas assadas. E uma queijada, claro. Boa, mas nada de especial. Até agora me arrependo de não ter comprado uns doces de ovos numa pastelaria na Rua Augusta, bah.

September 12, 2008



A Lisboa moderna e jovem é o Bairro Alto à noite. Casas de fado tradicional dividem espaço com bistrozinhos aconchegantes e dezenas de bares espalhados pela Rua da Atalaia e suas paralelas e transversais, com mais gente fora do que dentro, bebendo cerveja e capirinha em copos descartáveis. E como gente chama gente, em alguns trechos é até difícil passar pela rua. Pode-se andar e andar e não se entrar em lugar algum, mas mesmo assim acompanhar a movida. Muito grafite, lojas de roupas multimarcas e de designers independentes, clubinhos, galerias de arte, livraria que fica aberta até as 2 da manhã, botecos de sinuca, lojas de música, quase tudo instalado em casinhas centenárias enfeitadas com azulejos...lembra ao mesmo tempo os centrinhos de cidade de praia do Brasil (ou a Vila Madalena) e o Lower East Side de Manhattan. O decrépito e o urbano combinam bem com a trilha sonora variada, da salsa ao hip-hop.

Aliás, é realmente muito engraçado reconhecer de onde vêm a nossa arquitetura e costumes. Na cidade inteira há pedaços que poderiam ser de bairros brasileiros. Só no caminho do aeroporto ao centro vi Higienópolis e a Pompéia, e partes do centro são totalmente o Rio de Janeiro. Apenas o Paço do Comércio e a Baixa me lembraram mais Barcelona, mas de repente poderiam ser Santos também.

Hm, pensando bem, é o contrário. Ha. Mas a verdade é que a presença do Brasil hoje é massiva em Portugal, e bem visível. Quase todo o staff dos restaurantes e bares em que fomos era de brazucas. Super simpáticos, aliás. Feijoada, picanha e capirinha são presença constante em cardápios, mesmo que a casa não seja brasileira. Será que um dia vamos voltar a ser uma cultura só?

September 11, 2008



No dia seguinte quis conferir a Feira da Ladra, que acontece às terças e sábados de manhã no Campo de Sta.Clara, na Alfama. Pegamos o metrô até a estação Sta.Apolônia e fomos andando pelas ruas estreitas até lá.

Livros de segunda mão, roupas e sapatos usados, louças, bibelôs e cacarecos em geral na praça em si; bolsas, CDs e bugigangas úteis (ou não) no resto da feira. Não vi nada de muito interessante e seguimos andando, desta vez procurando o Castelo de S.Jorge. E procurar é bem o termo : por entre tantas ladeiras e becos é difícil localizar o castelo só olhando. O que é engraçadíssimo, já que lá de baixo, na Praça da Figueira, Baixa e arredores, ele é o que mais se destaca na colina. Enfim, achamos.

A bilheteria é antes do portão, meio escondida ao lado de lojas de lembranças, bizarro. Mas o ingresso é baratinho, 5 euros.

Tá, então o castelo não é o original, porque o terremoto de 1755 derrubou as muralhas, que foram restauradas no governo do Salazar. Mas é um passeio bacana, igual aos dos castelos britânicos, de cujas amuradas pode-se avistar a cidade de um dos pontos mais altos e imaginar cortesãs e servos apressados de lá pra cá, soldados gritando "O inimigo se aproxima!" e...ok, you get the picture.


Lisboa vista do Castelo de S. Jorge

Na verdade, quem percorre os jardins do castelo são...gatos. E pavões. Curioso.

Depois de muito caminhar, resolvemos pegar o bonde 28 até o Chiado. Essa é uma das linhas que ainda usa os carros antigos, que são um dos cartões-postais de Lisboa.



Balança, faz barulho, custa 1,40, mas passa por boa parte dos pontos de interesse da cidade. E é um charme.

No dia seguinte, fomos encontrar a Ana Luisa - cuja presença em Lisboa foi o grande empurrão pra decidirmos fazer essa viagem, afinal. Combinamos há meses mais um encontro em terras européias, depois de Paris e Bruxelas, e com essa querida eu não furo.

Apesar do cansaço e do jet lag, ela andou com a gente toda a Baixa sem se queixar. Pra cima, pra baixo, pra cima e pra baixo, que é o que mais se faz em Lisboa (sapatos confortáveis são indispensáveis). Da Praça do Comércio à Alfama, da Rua das Portas de Santo Antão à Rua dos Bacalhoeiros, andamos e andamos. Passamos pela Casa dos Bicos e subimos uma escadaria escondida que dava num sushi-bar no meio da Alfama. E acabamos indo almoçar em outra cervejaria, a Concha d'Ouro, que pela localização (em plena Rua Augusta) me fez temer ser um tourist trap, mas nada. Pratos do dia a 8 euros, entre os quais a minha tibornada de polvo (polvo grelhado com batatas e brócolis) foi uma surpresa agradabilíssima.



A feijoada de gambas do Akira, então, foi um abuso :



Enfim, depois de tudo isso tivemos de andar, andar e andar. Passamos pela Fnac nos Armazéns do Chiado e também num café-quiosque com vista para o Tejo chamado "O Adamastor", evidentemente ponto dos lisboetas.



Terminamos no Café A Brasileira, onde comemos pastéis de bacalhau e rissóis de camarão (médios, já comi bem melhores) e tomamos cerveja. Do lado de dentro, evidentemente, porque começou a chover. A estátua de Fernando Pessoa ficou tomando chuva do lado de fora.

Voltamos para o hotel ensopados, mas dispostos a sair de novo. Depois de um banho, descemos a Avenida da Liberdade e chegamos à cervejaria Quebra Mar. Com cara de tourist trap, também meio desconfiada, pedi uma espetada de tamboril (monkfish, lotte, zeeduivel) - que veio ótima, chamuscada levemente por fora e suculenta por dentro. A verdade é : em Lisboa não se come mal de jeito algum. Akira pediu uma espetada de carnes, e todas vieram bem preparadas. Fiquei impressionada.

September 09, 2008

Então, dia 4 a campainha tocou de manhã e lá fui eu atender, descabelada e de pijama. Era o nosso vizinho, fofo que só, dizendo que o Akira tinha uma supresa pra mim. E me entregou um case de instrumento.
De queixo caído, abri e encontrei um baixo Höfner 500/1 - mais conhecido como "Beatle bass", por ser o modelo usado pelo meu beatle favorito, o Paul. Com correia de oncinha e tudo.
Claro que fiquei em estado de choque por alguns minutos. E aí vim postar sobre ele, hahaha.

Aproveitei então pra arrumar as malas, porque o nosso vôo pra Lisboa saía às 14h. E gente, como viajar só com bagagem de mão é bom! E adoro check-in pela internet - assentos escolhidos bem na frente, nada de filas, direto ao portão de embarque. Fomos de TAP, o que me causava um certo receio, mas pelo menos para vôos curtos a tripulação é simpaticíssima e os aviões decentes.

Chegamos em Lisboa às 18h00 depois de uma escala no Porto, e pegamos o AeroBus (3,00 euros) até a Avenida da Liberdade. Paramos bem em frente ao lindo cinema São Jorge e aproveitamos pra comprar ingressos pra "A Encarnação do Demônio", o novo do Zé do Caixão. A idéia era chegar no hotel, jantar e ir ver o filme.

O hotel foi o ótimo Eurostars das Letras - moderno, lindo e numa localização incrível. Os funcionários da recepção estão entre os mais eficientes e simpáticos que já encontrei, e o quarto extremamente confortável. Largamos as coisas e fomos para a rua.


lobby do hotel

Caminhando, chegamos ao Chiado. Lembrei que a Cervejaria da Trindade foi muito recomendada por amigos e guias de viagem e fomos pra lá. Que lugar maravilhoso! Ocupando o que foi um antigo convento do século treze, serve frutos do mar e pratos portugueses em abundância e preços razoáveis em meio a azulejos lindos (fotos aqui). Pedimos uma sapateira (um caranguejo gigante) de entrada, que pesava mais de um quilo e tinha carne à beça.



Depois, um arroz de marisco inacreditável, com muitos camarões e meia lagosta num caldo divino, e um bife de novilho com batatas ao bacon. Tudo acompanhado de duas garrafas de vinho verde, yum. A conta? Modestos 77 euros - o que, em Amsterdam, mal pagaria um jantar meia-boca pra duas pessoas.

Claro que em meio a tudo isso, desencanamos do filme - mesmo sabendo que vai ser difícil vê-lo por aqui, snif. Mas entendam, como largar tudo isso? Mojica que nos perdoe.

September 06, 2008

Abusando dos frutos do mar aqui em Lisboa. Volto na segunda!

(obrigada pelos parabéns todos :)

September 04, 2008

CACETA.



Meu presente de aniversário! :-O

(Akira rocks)

September 03, 2008




Quando esse luminoso daí de cima acendeu e uma voz anunciou :

"Ladies and gentlemen, from New York, the GRRREEEEEEEATEST rockabilly band in the world : STRAAAAAAAAAAAAAAAAAY CAAAAAAAAAAAAATS!"

eu comecei a chorar. Sério.

Até eu fiquei surpresa. Mas fazer o quê? Brian Setzer, Slim Jim Phantom e Lee Rocker abriram com "Rumble in Brighton", e foi emocionante demais pensar que é uma "Farewell Tour". Achei que fosse chorar durante o show todo, mas aí se seguiram "Fishnet Stockings", "Sexy + 17", "Stray Cat Strut" e todos os outros hits, e então tudo que eu queria era que alguém me rodopiasse e me jogasse pro alto. Mas olhei em volta e vi aquele Heineken Music Hall lotado até a boca e TODO MUNDO PARADO. No máximo, alguns dando uma balançadinha. Sério, quem consegue não mexer nem um pedacinho do corpo com "Rock This Town"? Bem, eu não consigo. E dancei sozinha mesmo no meu espacinho. Não tirei foto, não fiz videozinho.

(acho que só a Lia vai me entender)

O Brian Setzer continua mandando MUITO bem na voz e guitarra (e cada guitarra linda, meudeus), e o Lee Rocker é a alma da maioria das músicas, mas pra mim agora a imagem que traduz o rock 'n roll é o Slim Jim Phantom de pé sobre o bumbo de sua bateriazinha, magrinho e de braços tatuados com o topete iluminado pelo contraluz.


(imagem tirada de SlimJimPhantom.com)

Guitarra, baixo, bateria. Nada mais. Cat class and cat style. Meowrrr!

September 02, 2008

E aí, todo mundo baixou o Chrome? Eu baixei, mas não instalei. Tô esperando as repercussões primeiro, ha.

September 01, 2008

Tem musiquinha aí do lado agora! =====>