July 30, 2010

melhor sequência do filme
 "Inception" é muito bom. Mas confesso que estou meio confusa com tanto texto por aí destrinchando o filme, zilhões de análises e comentários de gente que não entendeu. Really, gente, não é pra tanto. Os efeitos visuais são incríveis, e algumas sequências são de tirar o fôlego (e o elenco também, he), a divisão em níveis cujos tempos correm em velocidades diferentes é bem pensada e eu curto a temática de sonhos. Mas me irrita um pouco a tentativa de colocar uma carga emocional na trama, e concentrada em um só personagem. Desequilibra, porque todos os personagens acabam tendo profundidade e desenvolvimento emocional ZERO. O Cobb do DiCaprio tem um arremedo de conflito, e o personagem do Cillian Murphy chega perto, um pouco por obrigação, pra justificar a ação (e o filme). Fora isso, o resto é cerebral e físico.

E não tenho nenhum problema com obras cerebrais e físicas, eu gosto. Tramas intrincadas, delírios visuais, brincadeiras com (a)linearidade. O que me mata são as forçadas de barra pra criar "emoção" onde não cabe, e ainda mais nas costas de um ator fraco. Foi inevitável lembrar de "Matrix" e do impacto todo que ele teve na época. Mas não é comparável de verdade, até porque "Inception" tem menos elementos "cultuáveis" (ao passo que "Matrix" foi todo pensado pra gerar culto - dos figurinos à mensagem messiânica), e em geral é um filme bem mais criativo, além dos recursos visuais hoje serem superiores aos da década passada. Enfim, é filmão, bem produzido e empolgante. Mas não mais que isso.

July 08, 2010

Caramba, nove anos de blog. Nem os filhos dos amigos chegaram nessa idade ainda. E mesmo assim, representa um quarto da minha vida? Meda. E esse 1/4 nem de longe foi a melhor parte, mas certamente a que me ensinou mais. Alguém me dá 1977 e 1996 de volta?

E fui a tantos shows nos últimos meses, mas esqueci de falar deles. A maioria foi de coisas que eu já tinha visto ao vivo, mas que amo tanto que nem hesitei em ir de novo. Shonen Knife no Paradiso, minha musa Imelda May no Melkweg. Aguardei ansiosamente o She & Him, que foi apaixonante - gosto imensamente mais da Zooey cantora do que da atriz. Fui até Haarlem ver Kitty, Daisy and Lewis finalmente.Vi os veteranos The Sonics, e foi sensacional ouvir "Psycho" ao vivo. Ainda têm mais energia que muita banda punk de hoje. Tinha ingresso pra ver os Trashmen, mas desisti - pelos vídeos, esses não envelheceram bem, e prefiro manter a imagem que tenho deles na mente. Vimos o simpaticíssimo Tony Levin de novo, desta vez numa longa jam com Terry Bozzio, Pat Mastelotto e Allan Holdsworth no Paradiso. E o mestre Larry Graham, com a Graham Central Station.
Ah, quase ia esquecendo - consegui ver Bettie Serveert enfim, depois de tanto tempo. Não gostei dos últimos álbuns e estava com medo do show ser chato (!), mas olha só que bobeira. Imagina, legal pacas, e tocam vários dos hits antigos. Até "Tom Boy" :)
E o último foi o Hanggai, que são chineses de ascendência mongol e fazem um punk-folk étnico que soa como os Pogues, mas com instrumentos e throat singing tradicionais da Mongólia. Muito, muito bom.

Abaixo, uns videozinhos, todos feitos com a Kodak Zi8.

Shonen Knife, "Heatwave"


Bettie Serveert, trechinho de "Tom Boy"


Kitty, Daisy and Lewis, "Going Up The Country"

July 03, 2010

Do ano passado pra cá, lendo os blogs de beleza e conversando com as amigas, tive a confirmação de que produtos de farmácia tradicionais funcionam tão bem quanto cosméticos caros. Já usava há anos Minâncora antes da maquiagem e achava que a pele ficava muito boa depois de um tempo, além de servir de protetor solar, por causa do óxido de zinco. Depois aprendi que leite de magnésia Philips também funciona bem como primer pra peles oleosas (passar um pouquinho diluído em água com um algodão); não é o meu caso, mas achei legal. E também que o velho e bom Leite de Rosas é ótimo pra limpar a pele. Agora a última dica foi Bepantol loção misturado ao condicionador/creme de tratamento - de fato, dá uma reparada notável nos cabelos. Ainda mais pros meus pobres fios platinados artificialmente (aliás, descobri também que o descolorante Lightner lá do Brasil é incrível - e me fez querer me matar pelos 15 euros desperdiçados a cada caixa de L'Oréal que eu comprava aqui).


Comprar tudo isso na farmácia saiu o quê? Vinte, trinta reais? Tô satisfeitíssima. Trouxe tudo pra cá, e estou usando em paralelo com os produtos que já tinha - de Clarins e Clinique às marcas genéricas das farmácias daqui. Tudo bem, ainda sou suscetível a campanhas bem-feitas, como a dos batons Rouge Coco da Chanel, que ainda vão me fazer gastar 30 euros num Mademoiselle. Ou os produtos M.A.C. Mas a verdade é que, putz, como a gente sucumbe fácil a uma embalagem bonitinha...

E tudo isso porque há um tempo arrumei meu armário e fiquei horrorizada com a quantidade de coisas que acumulei nestes cinco anos e nem uso: roupas, sapatos, cosméticos. Prometi não gastar com mais nada até usar tudo que tenho, e até agora consegui me segurar bem. Já faz mais de um ano que não compro nada pra mim na Body Shop. Mas não posso entrar na H&M, haha.