January 31, 2007

Além disso, o filme aborda um detalhe muito interessante da vida amorosa entre seres humanos - quem nunca se deparou com um(a) ex que não "fecha a porta" de jeito nenhum? O relacionamento acabou, ele(a) está com outra pessoa, e mesmo assim os telefonemas continuam, momentos felizes são relembrados a toda hora em conversas carinhosas e cheias de saudade...tudo com um "você é tão especial pra mim, só você me entende" jogado de tempos em tempos pra arrematar. Claro que tudo isso vem acompanhado pela famosa frase "tenho tantas dúvidas, estou tão confuso(a)". E tudo em intervalos que assegurem que você não vá se envolver com outra pessoa, porque a possível reconciliação fica ali, acenando. Mas claro que ela nunca acontece.

E das duas, uma : ou você morde a isca e fica eternamente à disposição dessa manipulação, querendo morrer por não entender esse jogo de frio-quente/sozinho ou não-sozinho, ou cai na real e decide cortar o mal pela raiz. E some.

Concordo que a primeira opção é a mais provável, principalmente se você é o chutado e ainda gosta do chutador. É a que mais vejo entre os casos que conheço. E como no filme, pessoas ótimas ficam com a auto-estima abaixo de zero e, basicamente, perdem um tempo precioso de suas vidas sendo infelizes. Felizmente, a maioria das pessoas que passaram por isso em alguma época enxergou rápido. Outras têm de aprender do jeito mais difícil.

No fim de uma relação, seja você o chutador ou o chutado, a única coisa decente a se fazer é se afastar completamente. Sem essa de "continuar amigos" logo depois. Isso não existe. Claro, passado algum tempo vocês podem ser amigos, mas quando cada um já tiver tomado um rumo na vida. E de qualquer jeito, a amizade não deve ser um arremedo de namoro - sair junto, fazer confidências, etc, etc. O risco de continuar se confundindo é grande. E você não quer isso. Not good.

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