July 30, 2004

E o que dizer sobre "Eternal Sunshine of the Spotless Mind"? Que o Charlie Kaufmann provavelmente é a maior contribuição para o cinema do século vinte e um? Que o Gondry é um gênio das imagens em movimento? Que o Jim Carrey nunca decepciona? Que a Kate Winslet é linda de morrer? Que ninguém mais agüenta ver a fuça da Kirsten Dunst? Que a idéia é absurdamente linda?

Nah. Chover no molhado. Esqueçam tudo que eu disse aí em cima e vão lá ver.

O melhor em "Starsky and Hutch" é certamente o elenco, que consegue não ter medo algum do ridículo e criou um filme divertidíssimo baseado na série de TV. Além disso, a produção é bacana, da trilha sonora aos figurinos e props. Dancinha de Ben Stiller (tá virando marca registrada), beicinho do Owen Wilson (idem) e personagem genial do Will Ferrell (idem, ibidem). Snoop Dogg ótemo, carros voando, super seventies. Do it. Do it.

July 26, 2004

Er...eu esqueci de postar sobre "Garfield". Provavelmente porque não há muito a comentar. Para quem tem gato, algumas piadas engraçadas. O Bill Murray é perfeito pro papel. Para quem gosta de cães amestrados, uma dancinha bonitinha. E só.

July 25, 2004

No Olimpo do anime coexistem harmonicamente  o mundo mágico de Hayao Miyazaki, o cyberpunk de Katsuhiro Otomo e o caos urbano de Satoshi Kon. Comprei "Tokyo Godfathers", o mais recente deste último, entusiasmada pelo ótimo "Perfect Blue". E não é que esse conto de Natal de misfits é muito bom? Ambientado numa Tóquio que ninguém vê, tem mágica, violência e personagens ótimos. Aproveitem.


July 21, 2004

Depois de muito enrolar, comecei a ler "The Ground Beneath Her Feet", do Salman Rushdie. É o meu primeiro livro dele, e me surpreendi com a prolixidade e a redundância - o que não me agrada. Sei lá, vamos ver o desenrolar da história de Vina Apsara e Ormus Cama pra ver se cativa ou se o excesso de palavras vai ser insuportável mesmo.

July 15, 2004

Achei uma edição especial de "Wonderful Days" numa livraria coreana em NY. Pechincha, 29 dólares, especialmente porque são 3 DVDs. O filme é uma espécie de breakthrough da animação sul-coreana, feito com animação 2D, 3D e modelos, graficamente um espanto de lindo. Os cenários e máquinas são feitos em CG, e tão realistas que dói. A história tem muitos elementos de "Castle in the Sky" do Miyazaki, e o traço dos desenhos por vezes lembra também o emblemático "Akira". Algumas vezes a gente lembra de "Cowboy Bebop" nas paisagens desoladas e personagens mercenários. Os personagens mereciam ser melhor desenvolvidos, também. Não vai ser o próximo "Aeon Flux", mas merece uma conferida. Dizem que vai passar no Anima Mundi deste ano. Agora, circuito normal? Só esperando...

E eu esqueci também de comentar que assisti a "School of Rock" duas vezes, uma no vôo para NY e outra em casa, em DVD. Evidentemente, para compensar não ter visto no cinema. E como é legal. No avião eu parecia uma retardada com os fones e balançando a cabeça ao som de "Bonzo Goes to Bitburg" e aquelas crianças fenomenais. O Jack Black é tão mental que deve ser insuportável, mas enfim, o filme foi escrito para ele. Ninguééém mais poderia se vestir de Angus Young and pull it off.

Ah, e eu esqueci de dizer que a Tina Fey rocks, e se ela for realmente lésbica vai ser só mais uma prova de só as dykes têm cérebro na TVlândia (algum canal exibe o talk show da Ellen aqui no Brasil? É ótimo!!). E também que a trilha do filme tem Blondie. Muito.

Então. Apesar do assunto nerds vs. patricinhas e todo o doente sistema de castas das escolas americanas parecer ter sido esgotado em "Clueless", Tina Fey conseguiu fazer um roteiro divertido e girl-empowering para "Mean Girls". Alguns momentos muito SNL graças à presença de Amy Poehler, Tim Meadows, Ana Gasteyer e um ônibus amarelo (conduzido provavelmente pelo Lorne Michaels), mas no fim é um filme bonitinho e sarcástico. O que me assusta é que o livro em que se baseou, "Queen Bees and Wannabees" da Rosalind Wiseman, é NÃO-ficção. Pelo contrário, é uma espécie de "guia de ajuda" para os pais que a autora compilou, depois de anos ouvindo depoimentos de garotas sobre grupinhos, popularidade, jogos de poder e outras coisas extremamente relevantes nas escolas lá dos isteites. Ou seja, Carrie, a estranha, sabe exatamente porque cada um tem o presidente que merece.

July 10, 2004

Tenho encontrado amigos muito queridos do passado graças ao Orkut. Por algum motivo, as pessoas desagradáveis parecem desconhecer Internet. Ha.

July 09, 2004

E finalmente consegui ir a duas atrações especiais do Museu de História Natural de NY - a exposição sobre Petra e o Sonic Vision. Hm, passado e futuro. Nice. E as duas são imperdíveis. Pra quem gosta de arqueologia e história antiga e pra quem adora Spiritualized, Bowie e imagens lisérgicas do espaço.

E é verdade. "Spiderman 2" é ainda melhor que o primeiro. Sinto falta das piadinhas e comentários infames do Aranha dos quadrinhos, mas a ação é de tirar o fôlego. Como eu já comentei no primeiro, eu tenho a vontade muito nerd de chorar em algumas cenas. Eu sempre gostei do fato do Homem Aranha ser um ser humano imperfeito e fodido na vida.
Eu só acho um tremendo miscasting a Kirsten Dunst. Nunca, nunca imaginaria uma Mary Jane tão sonsa. E alguém avisa o Stan Lee que ninguém mais aguenta vê-lo na tela?

July 07, 2004

A comida foi uma atração à parte. Dumplings coreanos (uma espécie de guioza) no Mandoo Bar, noodles vietnamitas no Pho32, wraps no Café28, tudo nos arredores. E em downtown, algumas recomendações - por favor, quem for pra Manhattan TEM de tentar ir - o Rice to Riches, uma casa que vende só arroz doce. É, arroz doce, rice pudding. Vinte e cinco tipos diferentes, todos inacreditáveis. O meu preferido foi o Sex Drugs and Rocky Road. Também tem a casa de chá do Moby, a Teany, e o Il Laboratorio del Gelato, os dois no Lower East Side. Os sorbets de cantaloupe e limão são uma coisa. Um lugar que só vimos de fora e vai ficar pra próxima foi a brasserie Les Halles, do Anthony Bourdain, na John St. E no último dia acabamos almoçando no Funky Broome, um chinês moderninho com cardápio gigantesco em Chinatown/Little Italy. Não provamos os intestinos de ganso, mas o sea bass pot foi inesquecível.

Aah. Que deprê voltar.

Voltei! Fui passar calor e ganhar bolhas nos pés em Manhattan, na melhor cidade do mundo. Fui com minha mãe e minha irmã desta vez, vi alguns amigos e outros não consegui encontrar, pois afinal era pleno feriado. Nem me liguei, pleno 4th of July em NYC. Hee hee, provavelmente a data mais segura para estar lá (e alguém ACHA que numa data tão óóóbvia aconteceria alguma coisa? :)
Ficamos num hotel simpático e barato para os padrões da cidade, o Red Roof Inn Manhattan. Além da localização ser ótima (West 32nd, entre Quinta Avenida e Broadway), a rua é cheia de restaurantes asiáticos baratos e deliciosos que funcionam 24h, tem continental breakfast (uma raridade nessa cidade), quartos todos reformados, ar condicionado, bathtub e conexão WiFi de graça nos quartos. Pra quem esqueceu o laptop, tem um cibercafé no prédio ao lado, com conexão hiperultrabroadband (dois dólares a hora, pechincha). Farmácias multi-uso como a Duane Reade e Walgreens na quadra ao lado, também 24h. Não dá pra querer mais.