June 29, 2006

Terça de manhã, nossos hóspedes queridos foram embora, e a vida voltou ao normal. Caí no sono no meio da tarde, porque nesses 3 dias eu fui sempre a última a dormir e a primeira a levantar, e quando acaba a agitação meu corpo me obriga a dar shut down. Mas claro, assisti ao jogo do Brasil, fiz pipoca e comecei a ler "On Beauty". Até as quatro da manhã. Eu não aprendo mesmo.

Update : o cara que jogou ácido na tela do Rijksmuseum é alemão e já atacou 165 obras em seu país. Foi detido e, depois de solto foi proibido de entrar em qualquer museu na Alemanha. Que ele fez? Veio pra Holanda... ¬¬

June 28, 2006

Segunda-feira, como a meninada não quis saber nem de acordar antes do meio-dia, fomos dar uma volta na feira perto daqui de casa. Como todo mundo que vem visitar, AA passou pela prova do haring, e gostou :)
À tarde, fomos ao Waterlooplein fazer compras, depois ao Nieuwmarkt e almoçamos no Eat Mode. Foi tudo ótimo, uma salada de algas absurda. Passamos pelo Red Light District, mas tudo ainda estava muito calmo. Andamos então até o Nieuwendijk pra procurar uma loja que vende roupas de hemp. Paramos num pub australiano bem na hora do jogo da Austrália contra a Itália. Não deu pra ver até o final (ainda bem), e passamos de novo no Damrak. Nessas, AA viu o pessoal da sua banda mais à frente e correu pra alcançá-los. Juntamos todo mundo então e fomos beber no nosso bar favorito, o De Blauwe Parade. A mesa parecia um quadro da Santa Ceia, hahaha.
Rosa, Fê e eu resolvemos correr até a Anne Frank Huis antes que fechasse. Foi a melhor decisão, nenhuma fila! Conseguimos percorrer a casa em paz, assistir aos audiovisuais e sentir um leve arrepio a cada aposento. Pra quem leu o diário, ver a estante que escondia a entrada do Anexo é emocionante. Gostei da visita, em 30-40 minutos vimos tudo. Voltamos pra casa e jantamos sashimi, tempura e sugaki, tudo preparado por nós. Foi lindo e divertido. E viciamos todo mundo em tempura de portobello, hohoho.

O domingo começou tarde, porque todo mundo estava muito cansado. Fomos comer um falafel no Maoz da Leidsestraat : bom, saudável e barato. Voltamos então ao Museumplein, e as visitas foram ao museu Van Gogh enquanto nós fomos ao Rijksmuseum (e aí aconteceu tudo aquilo do post lá de baixo). As crianças foram passear e nós, os velhos, fomos pra casa descansar, comer andijvie stampot e ver o começo do jogo da Holanda.
À noite, pra compensar a indignação com maníacos destruidores de obras de arte, fomos ao show do Gilberto Gil no Concertgebouw. Era o encerramento do festival Amsterdam Roots, e o lugar estava quase lotado. Tínhamos convites com lugares bons na platéia, mas chegamos um pouco atrasados e resolvemos sentar em qualquer lugar que estivesse livre, já que todo mundo já estava acomodado e o show começando.
Devo dizer que o Ministro fez o que sabe melhor : cantou, dançou, cativou a platéia, comandou a banda, fez o Concertgebouw pular e cantar junto num pique inacreditável. Teve momentos charmosos, como tocar "When I'm 64" dos Beatles, uma hora antes do próprio Gil completar 64 anos.
Mas o que mais me divertiu foi observar a audiência. Oitenta por cento de brasileiros, certamente, que não tinham que pensar duas vezes antes de abandonar as cadeiras e dançar na maior animação, de bracinho pra cima e tudo - certamente matando a saudade. E os vinte por cento de holandeses observando, doidos de vontade de fazer o mesmo mas ainda tímidos. A chance veio na última música, quando TODO mundo se levantou, e assim os laranjinhas tiveram a cobertura perfeita pra arriscar uma balançadinha.
Depois do show, fomos ao backstage para que AA pudesse dar aquele abraço (haha) no amigo e agradecer os convites. Gil tem um ar muito zen, olhar calmo, fala baixo. Foi simpático e atencioso, olha nos olhos ao apertar a mão. Rolou uma champagne pelo aniversário, ficamos um pouco e resolvemos debandar quando um grupo de fãs chegou com uma mesa (é, uma mesa!) com um bolo (é, um bolo!), hahaha. Cantaram parabéns e tudo, foi simpático.

Recebemos mais uma visita estes dias. Mestre AA, Rosa e Fê chegaram cansados no sábado à tarde, mas estava dispostos a dar umas voltas para reconhecer o terreno. Começamos pela Centraal e fomos descendo até o Dam. Muita gente, credo. Subimos a Kalverstraat e paramos no Café Belgique, um bar minúsculo especializado em quê? Cerveja belga, claro. Não tinha De Koninck, tomamos Palm, Duvel e Hoegaarden Grand Cru.
Continuamos andando e fizemos outra parada no De Beiaard, um dos cafés que consideramos "nossos" e ficamos batendo papo. De lá fomos andando até o Museumplein, sentamos no gramado verde até dar a hora de jantar. Escolhemos o Sama Sebo, ali do lado. As críticas o apontam como um dos melhores indonésios da cidade, e está sempre cheio. Não tínhamos reserva, mas conseguimos uma mesa. O bami (noodles) e o nasi (arroz) goreng são ótimos, e o molho de amendoim dos satés surpreendentemente delicioso - não tão adocicado como se costuma ver em alguns outros lugares, e com pedacinhos de amendoim, em vez de ser uma pasta uniforme e lisa.
Já cheguei à conclusão de que nunca vale a pena pedir uma rijsttafel (uma sequência de pratos pré-arranjada), e sim montar a sua própria, pedindo apenas o que se deseja. Sai muito mais barato e satisfaz mais.

June 27, 2006

Isso não pode ser verdade. Ninguém é tão burro assim. Quero acreditar que seja uma jogada pra alimentar a imagem da Sabrina Sato como "burra gostosa", mas não é possível alguém ser assim.

June 25, 2006

Aqui, uma análise dos tipos de vândalos de arte. Loucos, iconoclastas, radicais, artistas frustrados, conoisseurs fanáticos, take your pick.

Dammit! Fomos hoje ao Rijksmuseum hoje pra ver a instalação do Peter Greenaway sobre o "Nightwatch" do Rembrandt. Passamos uns vinte minutos olhando o acervo, e quando chegamos na sala da instalação, uma sirene começou a tocar e o aviso : "Por favor evacuem a área! Não utilizem os elevadores!". Nem pensamos duas vezes e já nos encaminhamos direto pra saída. As pessoas à nossa volta demoraram pra absorver a informação, e os funcionários não sabiam o que estava acontecendo. Me ocorreu que poderia ser um engano, uma brincadeira de alguém, mas a gente que não ia ficar pra ver.
Fomos para o Café Cobra, em frente ao museu, e ficamos acompanhando o movimento. Uns quinze minutos depois, uma massa de gente começou a sair e ficou em volta do café, comentando. Ninguém sabia o que tinha acontecido. Uma meia hora depois, alguns funcionários do museu explicaram que alguém tinha tentado incendiar uma tela!

O museu fechou pelo resto da tarde, e viemos para casa ver o que tinha acontecido. Parece que um senhor de 69 anos jogou ácido numa das telas, repetindo o ataque realizado ao próprio "Nightwatch" em 1990. Fez um certo estrago, mas esperemos que seja restaurável. E eu (e o resto do mundo) me pergunto : por quê?

Wooh, so cool!








Who is Your Alter Poet?




Way to go, your alter poet is Jack Kerouac, who is by FAR the coolest!
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June 22, 2006

HAHAHAHAHAHAHAHA

(algumas pessoas têm tempo demais nas mãos, but it's cute)

June 20, 2006

Procrastinando porque francamente não sei de onde a monografia da tese vai sair. E se vai sair. Não consigo escrever um "a", let alone 20.000 palavras. Vou ter de me inscrever pra mais alguns meses de universidade e uma late graduation. Falta de vontade de encarar o mundo real depois do mestrado? You bet.

Oba, comprei um pedaço de pecorino hoje. Vou usar no penne al pesto que vamos jantar.

June 19, 2006

Terminei "JPod", do Coupland. Ele obviamente esgotou a fonte de idéias novas, mas pelo menos consegue tirar sarro de si mesmo quanto a isso. Como diz a capa, é "'Microserfs' for the age of Google", um pouco mais bizarro e com referências geek-pop. A bolha estourou faz tempo, então os personagens trabalham numa empresa desenvolvedora de videogames. As famílias são disfuncionais e o protagonista é o eterno perdido. Enfim, as coisas de sempre. E não se impressionem pelo volume - pelo menos um terço é ocupado pelos cinco mil primeiros dígitos de Pi, listas de números aleatórios e sequências de números primos.
Claro, algumas idéias são ótimas. Mas peguem o livro emprestado, sei lá. Pagar 17 euros por algumas idéias, e não por um livro ótimo, me parece muito.

June 18, 2006

Puxa, fui ver a programação de filmes do Brasil e vi que estreou "Père et Fils". Não se se comentei do filme aqui ou se foi pro limbo da minha memória - como tantos outros - mas é bem legal. Não só pelo carisma do Philippe Noiret ou pela boa atuação de todo o elenco (adoooro o Charles Berling), mas pela história sensível e endearing. Faz um certo tempo que assisti, mas lembro que achei as brigas entre os irmãos uma coisa tão infantil mas tão querida. Que homem não é emocionalmente criança? Enfim, o equivalente masculino de um chick-flick.

(cara, as informações do UOL estão completamente erradas. Trocaram o título original e o elenco de várias produções - coitada da Miranda July, o filme dela virou "Slither", aquela coisa nojenta dos vermes)

Fomos assistir a "Silent Hill" antes que saísse de cartaz. Efeitos visuais fantásticos, ambientes grandiosos, criaturas de pesadelo e um argumento com alguns buracos, mas bem entertaining. Como "Le Pacte des Loups", foi feito para ser visto em telona - quanto maior, melhor.

(difícil dizer mais sem virar um spoiler)

Nunca joguei o videogame, mas agora estou curiosíssima, porque se for mesmo igual ao filme deve ser aterrorizante. O Cristophe Gans é muito bom no gênero, e as atuações pouco naturalistas acabam ajudando a criar o clima de estranheza, apesar de serem irritantes no começo. Eu gostei.

(e a policial Cybil? Uaaaau, se um dia eu mudar de time quero uma daquelas pra mim!)

Sábado fomos ao PC Dump Dag,uma feira bimensal no RAI, o centro de convenções daqui. Vários stands vendem todo tipo de hardware, usados e novos a preços um pouco mais baixos que as lojas de rua. Não é muito grande, mas dá pra sair carregado. Vi uma impressora a laser Minolta, nova, 1200 dpi, a 45 euros. Laptops e PCs usados a partir de 39 euros. Tudo bem, não eram grande coisa, mas perfeitamente utilizáveis - ou seja, aqui só não tem computador quem não quer mesmo.

Pô, Bussunda.

June 16, 2006

Felicidade é ter uma conta premium no Rapidshare, mesmo que por dois dias. E claro, uma conexão ultra rápida.

June 15, 2006

Esqueci também, terminei de ler "Dance, Dance, Dance". Hahahaha, adoro o fato do Haruki Murakami ter criado um personagem escritor chamado "Hiraku Makimura". Self-deprecation no máximo.

O livro todo é ótimo, mas eu realmente acho que deve ser lido só depois de "A Wild Sheep Chase". Eu imagino que sem saber o que é o Sheep Man, quem é o Rat, e por que o protagonista tem aquela obsessão pela garota das orelhas, o leitor se sinta perdido. Ou não. Afinal, quando o clima todo continua tão surreal quanto o primeiro, quem liga pra mais uma esquisitice na trama?

Le temps des cerises.


June 14, 2006

Esqueci. Dia desses a gente ainda foi ao Paradiso ver o show do Azymuth. É, eles ainda existem e fazem o mesmo som (que hoje em dia é tão vintage que soa moderno). Foi bem legal porque os tiozinhos ainda mandam muito bem, mas a atração mesmo é ficar observando a holandesada dançando passos de salsa ao som de samba... eles juuuuram que estão certos e se divertem horrores. Tudo bem, a banda faz uma espécie de "jazz samba", mas até aí, nem é música pra se dançar. Mas vocês sabem, pros lados de cá é assim - falou em Brasil e o povo acha que é tudo Carnaval, macaquinhos nos coqueiros, olê olê olá.

(não, eu não vou falar das holandesas bêbadas fazendo a dança do acasalamento e balançando os ombros como rumbeiras de nascença na nossa frente. Let me forget.)

June 13, 2006

Eating Cookie (Classic Sesame Street)

Tá, eu sou boba. Fiquei cantando isso a manhã toda e nunca mais vou conseguir ouvir "Makin' Whoopee" sem dar risada.

June 12, 2006

Mulherada, eu SEI que vocês estão todas aí vendo o jogo da Itália. Nem adianta negar.

June 09, 2006

E voltou o calorzinho, o céu azul e todo mundo esparramado nos cafés e nos parques. Quarta fui ajudar a gravar um vídeo lá na praia, em Zandvoort. É engraçadíssimo, meia hora de trem e de repente você se vê numa versão holandesa de Santos/Guarujá. Uma praia loooonga, plana, reta, guarda-sóis e cadeiras agrupados por "condomínio" (no caso, eram dos cafés/restaurantes mesmo), um mar completamente parado, quebrando numas ondinhas sem-vergonha (uma de cada vez) e mesmo assim tinha gente com prancha insistindo. Do outro lado da praia, uma série de predinhos sem-graça, uma rua com lojinhas, banquinhas de peixe frito e muitos, muitos velhinhos passeando. E quando você acha que nada pode ser pior, você repara que se viu duas pessoas de roupa de banho, foi muito. O resto andava de calça jeans, camisa xadrez abotoada, sapato social, bota...¬¬ Espero que no alto verão não seja assim (não que eu vá verificar, claro).

June 06, 2006















No barquinho (festa à prova de penetras!)

Segunda foi feriado aqui e visto a movimentação dos últimos dias, resolvemos não fazer NADA. Aaaaah.

E o cara que resolveu comer "ração para primatas" durante uma semana? Ele está no terceiro dia, se quiserem acompanhar é só ler o diário. Morgan Spurlock fazendo escola.

¬¬

June 05, 2006

Sábado - fomos ao Albert Cuyp ver o movimento da feira, e almoçamos no surinamês Albert Cuyp 67. Eu juro, vocês nunca vão achar comida tão boa e farta a preços tão baixos. Comi um roti kip com 3 pedaços de frango e muita vagem, bok choy e batatas com molho curry por 3,50 euros. Isso sem falar no mihoen Singapore da minha mãe (bifun com curry, camarões e carne de porco). Absurdo.
Depois fomos na loja dos museus na Museumplein. Enquanto minha mãe e irmã faziam compras, eu e Akira ficamos bebendo cerveja no Café do Cobra. Ficamos horas aproveitando o sol. Ainda jantamos num italiano turco, o Piccolino, perto da Leidseplein, mas a comida era boa e muito barata. Pizzas e calzones gigantes.

Sexta - descemos direto no Dam, em frente à Bijenkorf. Loja de departamentos + minha mãe = duas horas de compras. Mas foi legal, várias ofertas e coisas legais que tenho de comprar quando estiver no centro da próxima vez. Aliás, pra quem estiver passeando em Amsterdam, uma dica - a Bijenkorf tem lockers no quinto andar. Uma moedinha de 2 euros e você fica livre da sua bagagem por quanto tempo quiser.
Fomos almoçar no Wagamama, e foi bom. Mas ainda digo que o Eat Mode é melhor.

Quinta-feira. Uma da tarde e eu já lá, no hotel da minha mãe, de cara inchada e tudo. Akira ficou em casa se recuperando, the lucky bastard. De novo, ninguém tinha comido nada ainda, então resolvemos parar no Pancake Corner da Leidseplein. Achei que ia ser péssimo, por ser um lugar hiper turístico num lugar hiper turístico, mas que nada! A comida é boa e farta, o serviço rápido (o mais rápido da cidade) e os preços muito razoáveis. Comemos panquecas holandesas gigantes com queijo, presunto, cogumelos e outras coisas e mal conseguimos terminar os pratos.
Fomos então até o Museu Van Gogh, onde vimos o bom acervo que eles têm do holandês doidinho e genial e mais a exposição "Rembrandt-Caravaggio", uma comparação genial entre o "Rembrandt do Sul" e o "Caravaggio do Norte".
Andamos então pela Leidsestraat, com suas várias lojas tentadoras, e fomos até o Dam. Depois das compras, fomos parar no Oud-Holland, um restaurante holandês que, de novo, me pareceu um tourist trap, mas a comida era surpreendentemente boa e barata. Comi um rollade de porco maravilhoso, minha mãe comeu mariscos cozidos no vinho, minha irmã mariscos refogados com alho e salsinha, e meu tio um cozido de carne com purê de batatas típico daqui. Tudo maravilhoso, saboroso e bem apresentado.
Depois, fomos até a Centraal pra ver se a gente conseguia comprar a passagem do meu tio pra Paris, mas o balcão já estava fechado. Voltamos pro hotel então.

June 04, 2006

Quarta-feira, 31 de maio. Acordamos, nos vestimos e colocamos as champagnes na mochila. Fomos a pé até a prefeitura, onde todo mundo já nos esperava. Nos ajeitamos e o auxiliar de casamentos veio falar com a gente pra acertar os detalhes, saber se todas as testemunhas tinham chegado, etc. Claro que a testemunha que é nosso vizinho foi a última a chegar, mas em tempo. Combinamos que todos os convidados entrariam primeiro e nós depois, eu sentando à direita.
A cerimônia foi leve, comandada por uma mulher - o que eu achei particularmente fantástico - bem humorada e simpática, que disse, entre outras coisas "não vou dizer o que vocês devem prometer um ao outro, isso deixo para que vocês mesmo decidam". Nos desejou sorte e felicidade, e assinamos os papéis. Done.
Na saída, fomos cumprimentados por todos, minha mãe, irmã, tio, Bebete, Antonio, Mattia (os mais elegantes da cerimônia), Ivan, Juliana, Charlie, Sandor, Maaike e suas filhas lindas, Joaquim, Lilian e seu filho. Fomos a pé então até o canal em frente ao Tropenmuseum, de onde o barco que alugamos iria sair. O dia estava agradável apesar da garoa que caiu em alguns instantes (dizem que dá sorte).
O barco, o Belle Époque, chegou no horário e era a coisa mais linda deste mundo. Uma embarcação de 1910, restaurada e com bastante espaço para todos, champagne, comidinhas, fazendo um passeio de duas horas pelos canais de Amsterdam. Quer melhor que isso?

Foi muito agradável, e claro que não parou no desembarque. Os que não tinham compromisso foram para casa com a gente terminar o que sobrou da champagne. Daí chegaram outros amigos do Akira que não puderam ir à cerimônia, com cerveja, cachaça, saquê...fiz pão de queijo, linguiça acebolada, abri pacotes de salgadinhos e o povo ali, forte. Decidimos ir jantar no restaurante coreano na Marnixstraat, e lá fomos nós. Mais saquê, churrasco coreano, soju, cerveja. Saiu todo mundo tortinho em direção ao tram, descemos antes do nosso ponto pra deixar minha família no hotel, e o Sandor desceu junto. Achei que fosse por ele nem saber onde estava, mas era pra nos pagar mais uma cerveja e agradecer a noitada. Fomos ao East of Eden, bar rock 'n roll perto de casa e fechamos a noite. Quatorze horas de bebedeira.

Elas e meu tio chegaram segunda à noite. Muitos presentes mandados pela família, amigos e o amigo do amigo. Aí resolvemos jantar num restaurante que abriu na frente do hotel. O velouté que pedi era uma água de frutos do mar com uma camada de creme horrível em cima, e uns camarões e mariscos flutuando no meio. Tudo bem, o restaurante abriu há quatro dias, então pediram desculpas e não cobraram o prato. O resto estava ok, ravioli com pinoli e frango defumado, bacalhau fresco com shanghai noodles, entrecôte com fritas. Se uma dia eles melhorarem e colocarem o site pra funcionar eu posto aqui.

No dia seguinte, todo mundo estava baleado e perdeu o café da manhã do hotel, então fomos comer numa pâtisserie na rua da frente. Andamos pela feira, e eles chegaram à conclusão de que o custo de vida na Europa é relativamente menor que o do Brasil (comparando preços em relação ao salário médio). Pegamos o ônibus até a Estação Central e de lá fomos andando. Descemos o Damrak até o Palácio, subimos a Kalverstraat até os prédios da Universidade, andamos pelo mercado em Waterlooplein. Decidimos ir comer no bairro chinês e paramos no Eat Mode no Zeedijk. Continuo recomendando, porque a comida é ótima e incrivelmente barata. E ainda tem dois gatinhos branco-e-preto servindo de hosts.
Voltamos para o hotel e fizemos um estoque de pão e frios para o jantar, já que ninguém aguentava sair de novo. Voltei pra casa e caí na cama, porque o dia seguinte começava às oito.

Ufa. Achei que só a realeza comemorasse um casamento por mais de três dias. No nosso caso, foi quase uma semana. Ainda compramos uma Moët e uma Piper-Heidsieck pra celebrar sozinhos hoje, depois de levar minha mãe e minha irmã ao aeroporto.


(don't get me wrong, foi a melhor coisa do mundo ter minha família aqui, e festa de 14 horas com os amigos. Mas tuuudo o que eu queria esses dias era olhar pra carinha do meu marido e lembrar que eu sou feliz - e não fazer absolutamente nada. Mas mãe, principalmente a minha - quer dizer passear e fazer compras non-stop)

June 01, 2006

It Had To Be You

(G.Kahn, I.Jones)


Why do I do, just as you say, why must I just, give you your
way

Why do I sigh, why don't I try - to forget

It must have been, that something lovers call fate

Kept me saying: "I have to wait"

I saw them all, just couldn't fall - 'til we met

It had to be you, it had to be you

I wandered around, and finally found - the somebody who

Could make me be true, and could make me be blue

And even be glad, just to be sad - thinking of you

Some others I've seen, might never be mean

Might never be cross, or try to be boss, but they wouldn't do

For nobody else, gave me a thrill - with all your faults, I love
you still

It had to be you, wonderful you, it had to be you