January 31, 2007

Wow. Eu sei que se há um lugar com mais fantasmas e assombrações que em qualquer outro no mundo, é aquela ilha lá do outro lado do Canal da Mancha. Mas este documentário sobre os fantasmas do Tube de Londres me deixou com os pêlos em pé.

Coincidentemente, o "Neverwhere" que estou lendo trata de coisas parecidas. Estações esquecidas e fechadas e toda uma movimentação lá embaixo que passa unnoticed pelas pessoas normais. E agora, com essa minha imaginação impressionável, quero ver conseguir pegar o Tube sozinha daqui pra frente...

Via Londonist.

Além disso, o filme aborda um detalhe muito interessante da vida amorosa entre seres humanos - quem nunca se deparou com um(a) ex que não "fecha a porta" de jeito nenhum? O relacionamento acabou, ele(a) está com outra pessoa, e mesmo assim os telefonemas continuam, momentos felizes são relembrados a toda hora em conversas carinhosas e cheias de saudade...tudo com um "você é tão especial pra mim, só você me entende" jogado de tempos em tempos pra arrematar. Claro que tudo isso vem acompanhado pela famosa frase "tenho tantas dúvidas, estou tão confuso(a)". E tudo em intervalos que assegurem que você não vá se envolver com outra pessoa, porque a possível reconciliação fica ali, acenando. Mas claro que ela nunca acontece.

E das duas, uma : ou você morde a isca e fica eternamente à disposição dessa manipulação, querendo morrer por não entender esse jogo de frio-quente/sozinho ou não-sozinho, ou cai na real e decide cortar o mal pela raiz. E some.

Concordo que a primeira opção é a mais provável, principalmente se você é o chutado e ainda gosta do chutador. É a que mais vejo entre os casos que conheço. E como no filme, pessoas ótimas ficam com a auto-estima abaixo de zero e, basicamente, perdem um tempo precioso de suas vidas sendo infelizes. Felizmente, a maioria das pessoas que passaram por isso em alguma época enxergou rápido. Outras têm de aprender do jeito mais difícil.

No fim de uma relação, seja você o chutador ou o chutado, a única coisa decente a se fazer é se afastar completamente. Sem essa de "continuar amigos" logo depois. Isso não existe. Claro, passado algum tempo vocês podem ser amigos, mas quando cada um já tiver tomado um rumo na vida. E de qualquer jeito, a amizade não deve ser um arremedo de namoro - sair junto, fazer confidências, etc, etc. O risco de continuar se confundindo é grande. E você não quer isso. Not good.

Meus pais se casaram por amor, e casados ficaram até meu pai morrer. Nunca brigaram na minha frente. Cresci assistindo a velhos filmes da época em que Goldwyn e Mayer mandavam em Hollywood. Judy&Fred, Doris&Rock, June&Rossano, Vivien&Clark, Leslie&Gene (yes, all in a first-name basis - ol' friends, you know), conhecia a todos e assistia com o coração apertado a todos os mal-entendidos que invariavelmente separavam as duplas - e depois vibrava quando tudo era superado e todos percebiam que se amavam (mesmo que fosse a décima vez vendo o mesmo filme - o que não era raro). E, no caso de "Gone With the Wind", não perdia as esperanças de um final feliz mesmo quando Rhett diz "My dear, I don't give a damn". Afinal, como diz Scarlett, "tomorrow is another day".

Por isso, não me surpreende ter gostado tanto de "The Holiday". Claramente uma homenagem à época de ouro do cinema - em referências e em espírito. Tem heroínas adoráveis e atrapalhadas, bonitões amorosos, música, vilões suaves, e principalmente, romance. Na época do Natal, melhor ainda! Chocolate quente em forma de cinema. Eu e meu balde de pipoca saímos muito satisfeitos do cinema (bem, eu talvez mais do que ele), sorrindo porque é legal acreditar no amor.

January 29, 2007

Hoje tá tendo show dos Dropkick Murphys no Paradiso. Muito ingenuamente, não comprei ingressos assim que soube do show (há meses). E esgotou...

Grrrrr.

(O CSS vai tocar de novo lá em ABRIL, e os ingressos já estão à venda há um mês. Algo me diz que se eu não correr vai esgotar também)

January 28, 2007

Sobre o "Paris, Je t'Aime" ainda. Parece que como o filme ainda não foi lançado nem nos Estados Unidos e nem na Inglaterra, o único lugar onde comprar o DVD é na Amazon.fr por enquanto. Mas claro que o YouTube (o que seria de nós sem ele?) já tem todos os segmentos, então quem tiver curiosidade pode assistir lá. Aqui tem o "14ème Arrondissement", que é o final sobre o qual comentei outro dia.

Isto deve ser o hoax mais bizarro de que eu já ouvi falar.

(ah, e as outras colunas do Dan Savage também são uma leitura bastante divertida)

January 27, 2007

Recebi da Dani um texto que achei muito apropriado. É tosquinho, mas um trecho dele é absolutamente verdade. Coincidentemente, hoje é aniversário da minha irmã mesmo - aquela que é, sem dúvida, a pessoa que melhor me conhece neste mundo. E também a que mais tem afinidades comigo. É engraçado, cada uma tem sua personalidade e seus gostos, a princípio opostos, mas no fundo somos iguais. Can't beat that DNA.

E bem, dito isso parece agora até um ato de narcisismo, mas eu amo demais a minha irmãzinha. E agradeço demais o fato dela ser minha irmã.


"Nunca se esqueça de suas irmãs" - diz a mãe, bebendo o chá. "Elas são mais importantes na sua vida com o passar dos anos. Não importa o quanto você ame seu marido, o quanto você ame seus filhos, você sempre irá precisar de suas irmãs. Lembre-se de ir a lugares com elas, conversar com elas, fazer coisas com elas. Lembrar das irmãs significa TODAS as mulheres, suas amigas, filhas, irmãs, parentes e todas as outras mulheres. Você precisa de outras mulheres. Todas as mulheres precisam."



E para todas as minhas outras "irmãs" nesta vida, obrigada. Por tudo.

January 26, 2007

Ainda sobre cinema, começou o Festival Internacional de Cinema de Rotterdam. Apesar de alguns filmes me tentarem, ir e voltar de Rotterdam* todo dia não me atrai na verdade. E claro que o que eu quero ver não está programado num dia só. Além disso, eles não oferecem a opção de uma assinatura, obrigando assim todo mundo a comprar ingressos individualmente pra cada sessão (ai, tio Leon, ensina alguma coisa pra esse povo). Assim, os novos do Alain Resnais e do Lukas Moodysson, o do Daft Punk e alguns asiáticos vão ficar pra algum outro dia. Quem sabe.

(ai, e o novo do Hirokazu Kore-Eda! O novo do Shinya Tsukamoto! Novo do Satoshi Kon!)

(cinema iraniano, afegão, lituano, blablabla - pode ser bom e pode ser ruim. Na dúvida, dispenso)


* bilhete ida-e-volta Amsterdam-Rotterdam = 22 euros

Li ontem "Coraline", do Neil Gaiman, de uma sentada só. Não sei como demorei tanto pra comprar esse livro. Talvez por causa da indicação de "8 anos e acima", achei que pudesse ser infantil demais. Burrinha, é Neil Gaiman! Oito ou oitenta anos de idade, qualquer um curtiria essa história de descobertas, criaturas estranhas, gatos que falam e bruxas de olhos de botão do mesmo jeito.

Por isso, ainda no embalo, comecei a entrar em outro dos mundos criados por esse inglês genial: "Neverwhere", onde existe a London "Above", e a "Below". Nuff said, vou lá continuar a ler o livro.

January 25, 2007

"Paris Je T'Aime" consegue ser um filme tão especial quanto a cidade que retrata. Num mosaico multicolorido e multicultural, gente como os irmãos Coen, Olivier Assayas, Gus Van Sant, Tom Tykwer, Gérard Depardieu, Walter Salles&Daniela Thomas, Isabel Coixet contam pequenas histórias (l'amour dans tous ses états) - algumas divertidas, algumas clichê, outras surreais, outras ainda simplesmente lindas. Todas faces de uma mesma Paris.

Gus Van Sant fica com o Marais e seus meninos lindos. Ethan e Joel Coen fazem Steve Buscemi apanhar no metrô nas Tuileries. Gurinder Chadha, como em seu "Bend it Like Beckham", aborda o amor transpondo as diferenças culturais. Bruno Podalydès em Montmartre bufa e estaciona como todo bom francês. Olivier Assayas mostra quem manda as drogas para Maggie Gyllenhaal no Quartier des Enfants Rouges. Isabel Coixet mostra o "tourbillon de la vie" na Bastille (e sem UM ator francês no elenco). Elijah Wood (jesus, he's everywhere!) encontra o amor gótico no quartier de la Madeleine. Nick Nolte e Ludivigne Sagnier passam a impressão errada em Parc Monceau (na verdade, um dos mais fraquinhos). Gena Rowlands e Ben Gazzarra dão um show no Quartier Latin. Walter Salles e Daniela Thomas se lembram dos que moram na banlieue. Wes Craven, muito apropriadamente, escolhe o Père Lachaise. E tantos outros...é um universo de verdade.

Mas é o último segmento, dirigido pelo Alexander Payne (de "Sideways"), que me tocou especialmente. Carol é uma norte-americana de meia-idade, sozinha e comum, que vai a Paris pela primeira vez. As suas reflexões e observações são cativantes e honestas, assim como seu esforço em falar o francês. Mas é a percepção do momento em que ela se dá conta de que "ama Paris e Paris a ama" que me pegou de jeito - porque comigo foi igual. Não é a visão da Torre Eiffel, não é passear de barco pelo Sena, não é ir ao Louvre. É se sentar sozinha por um instante, com o sol iluminando as pequenas cenas do cotidiano à sua frente, e se sentir só e parte do mundo ao mesmo tempo.

Assistam.

January 23, 2007

E depois dessa, eu tenho vergonha na cara e não vou contar que passei na Zara que estava em liquidação e tinha camisetas por 3,90...


Ops.

Fui encontrar a Beth e a Arnild hoje. Como ainda faltavam uns bons 40 minutos até o horário marcado, entrei na Fame pra ver os DVDs e...

...acabei comprando um monte. Em minha defesa, tenho a dizer que eles estavam a 5 euros. E que fiz questão de comprar só títulos que vão ser difíceis de encontrar/ver na TV/ver no cinema.

"Stupeur et Tremblements", com a Sylvie Testud, baseado no romance da Amélie Nothomb (que eu não li).
"Vendredi Soir", da Claire Denis - e com dois atores que eu adoro, a Valérie Lemercier e o Vincent Lindon.
"Jacky", filme chinês rodado na Holanda, sobre...um chinês vivendo na Holanda! Preciso ver isso.
"Anlat Istanbul (Istanbul Tales)", filme turco, cinco histórias. Istanbul é uma das cidades mais legais do mundo, comprei pra rever a cidade.
"Novo", do Jean-Pierre Limosin, que fez "Tokyo Eyes", que é um filme que eu curto. E também tem a linda da Paz Vega.
"Young Thugs - Innocent Blood", do Takashi Miike. Ainda consigo ver todos os filmes dele um dia.
"Till The Clouds Roll By", filme sobre o compositor Jerome Kern. Jesus, se vcs vissem o cast! June Allyson, Judy Garland, Lena Horne, Sinatra, Cyd Charisse...

Er, e além desses ainda levei uma caixinha dos melhores momentos do Muppet Show, o "Lola Rennt" e o "Irréversible", coisinhas que eu adoro e nunca tinha comprado. E um show do Devo, de 1980. E ainda passei raiva porque vi o "Smoking/No Smoking" do Alain Resnais, que comprei pelo triplo do preço há meses.

Cada vez eu entendo menos o tempo. Hoje o termômetro indicava 2.9 graus Celsius. Tá, saí encasacada. Caíram uns floquinhos de neve enquanto eu esperava o bonde. E aí eu tive de tirar o casaco e não o coloquei mais. Entrava e saía de lugares, tudo sem casaco. Num entendi nada. Cheguei em casa, crente que a temperatura tinha subido (porque afinal de contas, NÃO estava frio!)...e nada. Mesma coisa.

January 22, 2007

Hahaha, só pra provar meu ponto : três dos comentários no post de baixo são aniversariantes em janeiro.

Como se não bastasse TODA minha família imediata - mãe, pai e irmã (uau, quantos!) - ter nascido em janeiro-fevereiro.

January 21, 2007

É só comigo ou todo mundo tem uma lista IMENSA de aniversariantes em janeiro no Orkut? Só perde pra setembro/outubro, eu acho. Considerando ainda que quase toda minha lista de amigos é de pessoas que eu conheço e de quem sou amiga (ou fui, em algum período da minha vida), deve ser alguma questão de compatibilidade astrológica mesmo. Funny.

Sexta fomos tomar uma cerveja do De Balie e assistir a "Saw III" no Pathé City, ali na Leidseplein. Eu já tinha ouvido falar que algumas pessoas passaram MAL vendo esse filme, e não acho exagero. Torturas inimagináveis psicopáticas e psicológicas, muito sangue, uma neurocirurgia feita à base de furadeira Bosch e serra elétrica...
Ter assistido ao primeiro da série se faz fundamental para se entender os flashbacks e alguns personagens. O segundo já é supérfluo. Mas de qualquer jeito é um puta filme legal para quem gosta do gênero. Não tem um Jason ou um Freddy matando a torto e a direito, mas sim um assassino que prende suas vítimas em situações onde se escolhe entre perder uma parte de si e sobreviver ou morrer de uma vez, com o tempo escorrendo por entre os dedos - o que é o terror psicológico mais eficiente que existe.

Mas uma questão que surge da boca de um dos personagens me faz pensar : passar por uma situação entre a vida e a morte muda uma pessoa? Gostaria de pensar que sim, mas acho que geralmente a resposta é não. Nós, humanos, temos memória curta.

January 18, 2007

A previsão pra hoje é de ventos entre 110 e 130 km/h. E não era brincadeira não. Abri a varanda pra sentir o drama e mal consegui respirar com o vento contra. A clarabóia da cozinha quase saiu voando. A professora de dança do ventre já ligou cancelando a aula.

O negócio é ficar quietinho em casa e ficar fuçando nestes sites que eu TENHO que dividir com vocês :

- Cute Overload - como o nome indica, é uma compilação de coisas FOFAS. Assistam ao vídeo da gata que faz scuba diving e do pinguim de mochilinha. Aw.

- AdFreeTV - quem precisa de TV? Séries, animes, filmes...tô adorando porque tem o "Nana" que eu queria tanto ver.

- Joven Pan AM - só para os muito saudosistas. Jingles antigos (alguns só velhos mesmo). Passei uma boa meia hora dando risada lembrando de algumas coisas.

- blog da Magda Pucci - pra quem gosta de música étnica, world music e afins. A (d)escoladíssima Magda, à frente do seu grupo Mawaca e de seu programa de rádio "Planeta Som" é uma das pessoas que melhor pode falar sobre o assunto no Brasil.

- JBox - coisas japonesas, do fofo ao bizarro. Comprei um carimbo do Jiji e um livro de tatoos japonesas lindão. Uma das lojas online que eu olho dia sim, dia não.

- Hel-Looks - já tá na lista dos links aí do lado faz um tempo, mas reforço porque finlandeses são chiques demais. Um descanso para a vista, depois de toda a cafonália daqui da Holanda...

E chega, né?

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January 17, 2007

Aff. Que correria estes dias. Até esqueci de falar que vi "Babel" e "Borat". O filme do Iñárritu é interessante e levanta umas questões importantes (existe algo de muito incômodo na imagem de uma criança manuseando uma arma com tanta naturalidade, por mais que a gente saiba que rola mesmo), mas me irritou o fato de justamente a família WASP ser mostrada como vítima inocente de todos os acontecimentos desencadeados. Tipo, norte-americanos tão temerosos de outras culturas, de tudo que é estranho a eles, e serem tão protegidos - por eles próprios, pelo povo que eles temeram tanto, por Deus, pelo destino. Fiquei irritada com o helicóptero mobilizado pra tirar a personagem da Cate Blanchett do vilarejo marroquino. Quando alguma daquelas pessoas que vivem no mesmo vilarejo fica doente, alguém chama helicóptero pra levá-la pra um hospital decente? Oras.
E aí o restante da Babel é simbolizada pelo mexicano bêbado e irresponsável, a japonesa perturbada, o marroquino ignorante...dá um tempo. Ao mesmo tempo, exatamente por tudo isso achei o filme muito bom. Afinal, a genialidade não está em agradar ao público, mas em gerar reações. E isso esse diretor sempre conseguiu fazer.

Agora "Borat" é MUITO bom. O tipo de filme ao qual não dá pra se ficar indiferente (da mesma forma que "Babel", pra falar a verdade). Chocado, abismado, passado talvez - mas indiferente não. E come on, é muita falta de senso de humor ficar ofendido com qualquer coisa nele. O Sacha Baron-Cohen é um cara extremamente inteligente (além de ter estudado História em Cambridge e estar ali com o Hugh Jackman no quesito uau!), e consegue alfinetar com precisão tudo que pode ser considerado um ponto "sensível". Deve ser tão divertido ter um personagem que permite fazer as coisas mais ridículas, absurdas e impróprias! Até hoje me pego falando "High fiiiiive!", hahaha.

January 14, 2007

Sexta de manhã, Ary e Zuzu partiram para Paris. Tentei descansar um pouco porque fomos todos dormir lá pelas cinco e meia, mas eu não consigo dormir de dia. À noite Akira e eu pegamos o metrô pra Amstelveen (seria uma Santo André ou São Bernardo daqui), ver o show do Jan Akkerman no P60. Chegamos um pouco depois das oito, e a casa ainda não estava aberta. Fomos tomar umas Heineken no café do clube, que era bem legal aliás. Em São Paulo sinto que faltam lugares desse tamanho pra shows - não tão grandes e nem tão minúsculos, com boa estrutura de som e luz. O finado Aeroanta e o agora também finado Blen Blen Club são as únicas casas de que me lembro agora que davam conta, tirando os SESC da vida.

Enfim, a abertura foi um tal de Matt Schofield, que me lembrou porque blues me dá sono. E eu realmente dormi por um instante durante o show, de pé mesmo. E tive um micro-sonho - visualizei um envelope verde, que continha cocô em pó. Pra vocês verem o que meu inconsciente estava achando.

Depois de uma hora de tortura, mais quarenta e cinco minutos de intervalo até entrar o Akkerman. E finalmente vimos que valeu ir até lá, porque o velhinho é um grande guitarrista, e fez um grande show. Focus é uma banda que definitivamente NÃO faz parte nem das minhas 100 mais (sendo que eu devo gostar de umas 20 bandas, só), e eu odeio solos intermináveis de guitarra, mas tenho que admitir que ao vivo é tudo mais legal.

Voltar pra casa de Amstelveen foi uma aventura à parte, principalmente porque o serviço de metrô até a Centraal de Amsterdam foi interrompido inexplicavelmente. Mas nada que um táxi não resolvesse.

Na quinta, depois de bater perna pelo bairro em busca de uma mala nova, eu e as visitas fomos para o centro. Mais compras, hahaha. Akira nos encontrou mais tarde e fomos todos para o Beurs van Berlage ver a polêmica "Bodies - The Exhibition". E chegamos todos à conclusão de que se alguém se chocou com essa exposição é porque tem algum problema sério em se reconhecer como ser humano. Não é sensacionalista nem chocante como os comentários fazem crer, e sim extremamente didática.

(bom, eu tive uns dois anos de aulas de anatomia na universidade, então não havia nada de novo lá, mas imagino que para algumas pessoas seja o primeiro contato com cadáveres dissecados e expostos, e portanto meio impressionante)

Esse tratamento pelo qual passam os corpos (substituição da água por um polímero) é realmente genial - mantém as cores dos músculos (formol deixa tudo meio amarelado/acinzentado), não tem cheiro e preserva perfeitamente pele, veias, tendões, gordura, membranas. Ficamos um bom tempo circulando entre as peças e comentando. A parte do sistema circulatório é especialmente linda, e a dos fetos me fez entender em parte a posição de quem é contra o aborto.

O ingresso é salgado (22,50 euros), mas vale bem a pena. Crianças curiosas, então, devem adorar. Só não se esqueçam de agradecer mentalmente aos donos dos corpos pela oportunidade fantástica de observar e refletir sobre o que nos torna mais que meros pedaços de carne ambulantes.

Na quarta-feira, Akira e eu fomos ver o Blue Man Group no Theater Fabriek Amsterdam. Os ingressos já estavam comprados há tempos, porque esse é um espetáculo que eu sempre quis ver. E não desaponta. Cheio de humor, música e surpresas para o público, não me espanta o sucesso que fazem há anos pelo mundo.
A parte musical é surpreendente, tanto pela escolha de instrumentos como pela criatividade à la Uakti em usar tubos de PVC e outros objetos. Imaginem, tinha até Chapman Stick - que é um instrumento que poucos músicos tocam (o Akira é um deles)/conhecem.
O lugar é uma antiga fábrica convertida, então guarda aquela atmosfera industrial retrô misturada com móveis de design moderno, muitas lâmpadas de luz amarela iluminando um espaço imenso e de pé direito altíssimo, um restaurante lindo no mezanino - enfim, um arraso. Vou esperar ansiosamente outras produções nesse teatro.
Achei simpático os três Blue Men saírem para o saguão após o espetáculo para que o público possa pedir autógrafos (o que será um autógrafo de um Blue Man?) e tirar fotos. Claro que eu não fiz nada disso, mas fiquei morrendo de curiosidade de passar a mão na cabeça de um deles, pra ver qual a textura daquela maquiagem. Fiquei sabendo depois no site que é uma tinta oleosa, que não seca. Brr.

January 10, 2007

Hoje o Ary e a Zuzu foram fazer um dia indoors nos museus, porque mesmo todo o magnetismo pessoal do mundo não foi capaz de segurar a chuva por mais um dia. Mas conseguimos aproveitar duas longas tardes de caminhada pela cidade.

Achei um sapato preto fantástico no Albert Cuyp por 6,98 euros. A Zuzu, uma bota/tênis de couro por 7,50. O dono da barraca resolveu vender tudo por esse preço pra poder ir embora mais cedo com medo de tempestade. Então tá, né?

(e é por essa e outras que todo mundo que levo pra passear aqui acaba sempre carregado de sacolas no final do dia. Já estava achando que sou eu que levo o consumismo das pessoas pro mau caminho, mas me garantiram que não - é a oferta que enlouquece todo mundo)

Andar ao lado de dois comediantes não dá outra - eu morro de rir o dia todo, e as piadas internas crescem e se desenvolvem e ganham vida própria.

E aw, as pessoas mais fodonas deste mundo são as que não se levam a sério mesmo.

January 09, 2007

As nossas visitas são pé-quente e trouxeram o sol de volta, nem que por um dia. Aproveitamos e andamos o dia todo. Hoje é a outra parte do tour, hahaha.

January 07, 2007

Acabei de ler a edição dupla de "Intimacy"/"Midnight All Day", do Hanif Kureishi. Ou "50 Ways to Leave Your Lover", que seria um título mais apropriado. Eu gosto sempre do que o Kureishi escreve, mas tanta gente infeliz junta me deixou cansada.

Antes de ir pra SP, no meio das compras de última hora, resolvi entrar no cinema e assisti "Happy Feet". Achei insuportavelmente chato do começo ao meio, mais ou menos, com todo aquele r&b cheio de vocalises penteeeeeelhos, personagens penteeeeeelhos tight-arsed, etc. Depois melhorou, junto com a descoberta do pinguinzinho desafinado de que existem outros tipos de expressão (graças a Deus!). Aí entra uma mensagem/drama pró-ambiental, que achei bem legal pras crianças, mas que foi se alongando, alongando...e o olhão/voz de Frodo ali, o filme inteiro. E o Robin Williams se dividindo em dois papéis, nenhum dos dois muito bom, pena. A única coisa bonitinha mesmo foi o pinguinzinho desafinado quando filhote.
Enfim, apesar de não ter entusiasmado minha idade mental de 6 anos, é um bom filme infantil. Acho.
(ou então, eu é que não acho pinguins essa coisa toda. Shoot me, ué)

January 05, 2007

Um desses dias, resolvi fazer aquilo que estava me dando mais saudade : ir a pé até a Paulista. Apesar do calor, foi tão legal. Exceto pela parede humana que tive de ultrapassar perto do MASP, porque tinha um coral de natal se apresentando na frente de um banco, e todo mundo resolvia PARAR pra ver. Mas parar mesmo, no meio do caminho, até bloquear a calçada inteira. Grrr. Mas fui passando pedindo licença, porque São Paulo não é Holanda.
Quando cheguei no Espaço Unibanco pra ver o filme que eu queria, levei um susto com o preço do ingresso : 14 reau. E isso porque era uma terça-feira à tarde. Mas tudo bem, não tinha fila, e tive a impressão de que o lugar estava maior. Claro que era só impressão. Tomei um espresso no café, comprei uma lata de iced tea e entrei na sala.

O filme, "Time", é mais uma realização brilhante e perturbadora da mente do nosso velho Kim Ki-Duk. A premissa da mulher que passa por uma cirurgia plástica para mudar de rosto com a intenção de salvar o relacionamento levou alguns desavisados a achar que o filme versa sobre estética, ou beleza (juro que li isso em alguma crítica lá no Brasil - quem escreveu certamente não viu o filme), mas a palavra-chave na verdade é identidade. E claro, com a passagem do tempo - essa força implacável de transformação.
Achei curioso o personagem masculino ser mostrado trabalhando com filmes, um em especial : justamente "Bin-Jip", outro filme do KKD. Uma das passagens vistas em seu computador é a cena da balança, na qual os dois amantes se pesam juntos, como se fossem uma só pessoa, indissociável. Em "Time", existe esse mesmo desejo de unificação - que desta vez não se concretiza, justamente pela fragmentação da identidade da personagem principal. Imaginem, alguém que muda de identidade, se reaproxima do namorado como se fosse outra pessoa, e quando este corresponde, sente ciúmes de si mesma? Tanto a nova persona (See Hee) quanto a velha (Seh Hee). A nova sente ciúmes do amor que Ji Woo mantém pela antiga, enquanto a antiga se sente mal por estar sendo já "substituída". Not easy.
Surreal e fabulesco, é agressivo e doloroso ao mesmo tempo. Gostei muito, como de TODOS os outros trabalhos do KKD.

Depois do filme, liguei pro Iri e fomos tomar um café no Viena do Conjunto Nacional. Aaaaah, como é bom poder voltar a esse passado recente, mas tão fundamental na minha vida. Amigos queridos ao alcance, lugares familiares, rotinas confortáveis. Aproveitei o máximo que pude e fiz o caminho de volta para casa, antes que a chuva desabasse.

E aí a passagem do ano foi tranquila, com a família em casa - o que é uma certa novidade pra nós. Lá pelas duas da manhã eu já estava dormindo em pé, então fui pra cama logo, já com a maioooor preguiça de encarar as onze horas de vôo do dia seguinte.
No dia 1o, mais comida (não acaba nunca?) e lá fui eu tentar finalizar as malas. Deixamos pra trás um monte de presentes que ganhamos, meus DVDs que estavam separados, umas roupas, e pronto - fechamos nos 40kg. Paciência, fica pra próxima (franquia de bagagem européia sucks).

Fiz o check-in pela internet (adoro!) e fomos pro aeroporto. Mandamos a bagagem e fomos dar um oi pro pessoal da AF, que eu não tinha visto ainda. Saudades, abracinhos, comentários sobre o caos aeroviário dos últimos tempos, etc.

Não tinha fila pro embarque internacional, passamos rapidinho pelo raio-x e federal e fomos pro portão. Uau, Guarulhos também passou por umas boas mudanças estes meses.
O vôo da KL saiu no horário, o pessoal foi gentilíssimo como sempre. O serviço de bordo também atencioso - não tão refinado como o da AF, mas mais personalizado. Achei legal pegarem os pedidos antes, assim como poder personalizar o café-da-manhã.
Os assentos, como é um Boeing 777-200 dos novos, eram confortáveis e com a opção da massagem. A nécessaire também bastante razoável, incluindo meias, chapstick e...uma caneta (que se provou bem útil, bem pensado). Vi mais uns filmes e dormi um pouco. As onze horas passaram bem rápido, tenho que admitir.

January 04, 2007

Hehe. E pra completar, escrevendo aqui, com link, não fica dúvida de quem é quem. Agora, e eu tentando explicar pro Akira que existe a Kris-com-K, a Chris-com-Cê-Agá e a Cris-só-com-Cê? :) E eu falo tanto das 3 que essa explicação bizarra se repete várias vezes.

Ô perseguição, hein? hahaha.

E nesses dias todos, ela e eu ficamos brincando de gato-e-rato. E aí, na reta final do ano, consegui finalmente ir lá dar um abraço de verdade na Chris, de quem, como ela mesma disse, eu leio o blog desde a primeira url.

E é engraçado, porque no fundo só encontrei uma pessoa que conheço faz algum tempo. Ela sabe o que se passa na minha vida, mais do que gente que me via todo dia. E se ela escreve que algo vai bem ou não, eu fico mais feliz ou preocupada do que com gente que eu via todo dia. Hee hee, relações pós-modernas. Por isso eu digo, Orkut, blog, internet em geral - quando se sabe usar, traz coisas boas.

:)

Sexta e última noite da Cris em SP, íamos jantar no Takô. Mas estava surpreendentemente lotado, às onze e meia da noite, e resolvemos então ir à Choperia Liberdade. Decoração kitsch, frequência moderninha misturada aos anjos da noite paulistana, cardápio esquizofrênico (sushi, sashimi, carnes grelhadas, porções), mesas de bilhar, karaokê, garçons com cara de michê. Quer melhor? Não, né?
Acabamos com três garrafas de sakê e uma mini-barquinha de sushis, trazida pessoalmente pela Mama, com o maior dos sorrisos. Et voilà, uma grande noite!

No dia seguinte, levei uma Muié levemente ressacada ao aeroporto. Mas ela sobreviveu! :) Depois Akira e eu fomos almoçar na casa do Fabio, que fez uma comida chinesa inacreditável. Ficamos lá papeando até a noite, e depois passamos na casa do Renato pra nos despedir. Era pra ser uma visitinha rápida, mas com eles a gente não consegue ficar pouco. Fomos pra casa então, tentar arrumar as malas. Meio caindo de sono, consegui fazer com que as duas dessem mais ou menos 40kg, que era o limite. E fui dormir.

Domingo, acordei e dei de cara com a minha mãe na sala. Deixei o Akira dormindo e fomos nós três ao cemitério dar um trato na plaquinha do meu pai, ao supermercado comprar as últimas coisas e almoçamos sashimi em casa. Voltei pra casa e saímos de novo no final da tarde. Na casa da minha mãe, lá fomos repetir as ações do Natal e ficamos na cozinha. Fizemos espetos de alcatra com bacon, filé mignon, drummets de frango, costelinha de porco, etc. Mais tender fatiado com picles, camarões com alho e pimenta, lulas, mariscos ao vinagrete, salada de batatas, salada verde...

Dia 26, fomos conhecer o nosso sobrinho, o Theo. Fomos à casa do meu cunhado e acabamos ficando até tarde. Resolvemos fazer uma comidinha por lá mesmo, e fomos fazer compras. E acabamos preparando MUITA coisa, o que não deve ter sido ruim, visto que a mãe do bebê mal consegue fazer todas as tarefas da casa com ele no colo, quanto mais cozinhar. Tomei um syrah chileno ótimo. Pena que esqueci de anotar o nome.

No dia seguinte, fomos a pé até o centro. A idéia era ir ao Mercadão, mas fomos parando aqui e ali e ficou tarde. Acabamos indo mesmo ao Salve Jorge do centro, que é lindo e fica num lugar privilegiado, bem na frente da BM&F. Entre Bohemias, bolinhos de bacalhau e de carne-seca, ficamos horas ali. A Cris saiu antes pra encontrar um amigo na Paulista, e nós voltamos com minha irmã de carro. Ainda demos muita risada com a história da chaleira no fogo (interníssima).
À noite, saímos com minha cunhada e família. Fomos à Hamburgueria Nacional, no Itaim. O lugar é bonito e alguns pratos são bem pensados, mas em geral nada de especial. O hambúrguer, que deveria ser a estrela do cardápio, tem textura estranha e sabor de menos. As onion rings e batatas fritas vieram sem sal algum, o que eu imagino que seja proposital, para não brigar com os molhos com que são servidas (maionese com wasabi e cheddar), mas eu particularmente prefiro minhas fritas só com sal. Enfim, um lugar que não preciso visitar de novo. Nada como um velho e bom hambúrguer de lanchonete comum, na chapa.

Dia 28, fomos direto ao Mercadão e compramos várias coisas para trazer. Um bacalhau lindo, lombinho apimentado, um vidro de palmitos gigantes. Até pensamos em comer algo por lá, mas como nada merece uma fila de mais de 6 pessoas, fomos embora. Almoçamos com minha mãe e meu tio e voltamos pra casa de ônibus. Akira tinha um compromisso, então a Muié e eu fomos fazer compras na Liberdade e no Shopping Ibirapuera. De novo, achei tudo muito caro. Uma calça jeans da Levi's custar quase 400 reais?? Quem paga isso? Jesus, é uma calça.

Fomos buscar o Akira e encontramos o Re e a Marta pra ir na Casa do Espeto da Pompéia, um dos nossos novos lugares prediletos. A gente comeu MUITO. Quando o lugar não está lotado, é fabuloso. Tenho muito que ir lá de tarde algum dia.

Dia 24 fomos almoçar no Sushi Yassu (de novo!) - Kris, Marcelo, Rico, Muié, Akira e eu. Pegamos uma das salinhas fechadas (ozashiki) e pedimos uma mega-barca de sushis e sashimis tradicionais e excelentes, teppan-yaki de shimejis e shiitakes, salada de wakame, the works. Pra vocês terem idéia, é o único lugar em que comi mais de um uni nigiri (nigiri de gônadas de ouriço-do-mar). O deles é maravilhoso, fresco, com nada do gosto amargo que já senti em outros lugares. Certamente é um dos melhores japoneses da cidade pra mim.


foto roubada da Muié

Ficamos horas conversando, e quando vimos já eram cinco da tarde. Corremos pra casa pegar as coisas da ceia e fomos pra casa da minha mãe. Começamos a preparar a comida, que na verdade não deu muito trabalho. Um peru, recheado com dois limões taiti cortados ao meio e mais um limão siciliano, ramos de tomilho e alecrim e uma cebola, com ervas frescas sob a pele; legumes no vapor com molhos de maionese com curry e pesto; purê de batatas com bastante salsinha; cogumelos salteados no azeite e alho. Mais as sobremesas preparadas pela minha irmã : sopa de peras com nozes e "savarin" de chocolate com sorbet de maracujá. Foi um menu bem leve, até. Nada de cremes, queijos e outras coisas enjoativas (pensando bem, teve queijos sim - enquanto a comida não ficava pronta, colocamos um Rochebaron e um Port Salut na mesa, com baguettes, azeitonas e vinho tinto - mas aí não é comida, é degustação ;)
Mesmo tendo combinado não trocar presentes este ano, como sempre ninguém cumpriu e todo mundo ganhou alguma coisa, hahaha.

Dormimos todos lá, e quando acordei um brunch já estava rolando na sala de almoço. Short stacks de panquecas com maple syrup (do de verdade e Aunt Jemima também), cuscuz paulista, frutas, bolo de nozes...fiquei só no cuscuz (do qual eu estava com saudades) e fui arrumar meus livros no meu antigo quarto. Consegui separar uma caixa pra doação, pelo menos.

Ficamos enrolando por lá até o final da tarde, e voltamos. A Cris ficou em casa e nós fomos encontrar a Dani pra dar um abraço de aniversário. Fomos ao Sujinho, onde conhecemos duas pessoas ótimas amigas dela e ainda encontramos o Iri por acaso. Eu juro que ainda tive coragem de comer um espeto de coração de galinha.

No dia seguinte não tivemos muita energia pra fazer nada de especial, então ficamos descansando, fomos ao supermercado e fizemos um gnocchi com peito de frango em casa. Em compensação, na sexta fomos à Liberdade encontrar a Juli no Sushi Yassu, foi bem legal colocar a conversa em dia. Andamos pelo bairro, fomos tomar uma cerveja no Terraço e depois compramos uns pastéis no Yoka. Acho meio bizarra a textura da massa deles, mas é boa. Depois passamos o resto da tarde com o André e Marta, com vinho, cerveja e churrasco, música, vídeos desenterrados do baú dos anos 80. Pessoas queridas, dia maravilhoso.
Depois ainda dei uma passada na casa da Glaura, onde o pessoal que cantava no CoralUSP comigo estava reunido. Mais fotos jurássicas, onde nem me reconheci às vezes.

Sábado, dia 23, fui buscar a Muié em Congonhas. Mal reconheci o aeroporto, aliás! Adorei o estacionamento novo, é só atravessar a rua pra chegar ao embarque/desembarque. Fomos deixar as coisas dela em casa e fomos pra Liberdade, almoçar/fazer compras. No Korea House, tudo ótimo como sempre, não fosse minha teimosia em comer um bocado de "sashimi coreano", o mesmo que tinha me feito passar mal da outra vez. Bom, pelo menos agora tenho certeza de que ele me faz mal.
Fiquei o resto da tarde na cama, e à noite deixamos o Akira na casa do Giuseppe pra todo mundo ver o vídeo do show, e eu e a Cris fomos à FNAC. Bem mais tarde, nos juntamos aos outros e foi muito legal. Filhos de músicos sempre são uma atração à parte. O pessoal pediu pizza, mas Akira não estava a fim e quis sair pra comer. Acabamos indo no Micheluccio da Consolação, e arrastamos a Corina junto. Ela é absolutamente um amor de pessoa.

January 03, 2007

Continuando, dia 20 girou em torno do show. Ensaio, passagem de som, volta rápida pra casa pra um banho, troca de roupa e uma comidinha básica. Era pra ter começado entre 23h e 23h30, mas como sempre nesse horário não tinha muita gente ainda. Eles entraram à 01h30 da manhã, pra uma casa cheia até. O lugar é lindo, um CBGB mais limpinho, hahaha.
Foi curtinho mas bem legal. Vários amigos presentes, acabamos ficando pra ver as outras bandas e conversar com todo mundo - vi até a Gaybee! Seychelles foi muito bom, os caras têm talento.
Akira já subiu uns vídeos pro YouTube, então vou colocar um aqui.