November 30, 2005

Natal, Natal, tudo bem. Mas essa histeria de presente é um saco. Que tal uma alternativa?

November 29, 2005

E hoje me deu ataque de ansiedade. Por nada, o pior é isso.

E aí domingo era pra ser um dia tranquilo. Mas ao meio-dia um amigo queridíssimo liga dizendo que está na cidade pra uma reunião. Isso é o que eu chamo de uma boa surpresa e fiquei feliz. Akira, na sua bondade e paciência infinita, não só sugere que eu leve o cara pra sair como também vai junto, no maior pique. Aí depois de passar a tarde ajudando uma amiga com a reforma da casa nova, vamos nós lá pro Museumplein buscar o Fê. E daí o resto vocês sabem (mas hoje eu comi ANTES!).

November 28, 2005

Depois dos ateliers, fomos encontrar amigos no Café de Jaren. Gente bonita, descolada e simpática - e tantas coincidências e menos de seis graus de separação entre todo mundo. Só uma coisa : eu sabia que devia ter comido antes de ir pra lá (foram 4 ou 5 De Koninck lá, mais duas no ARC e mais duas outras cervejas no caminho pra casa. E eu sei que eu engoli um shwarma com fritas nesse meio tempo, mas não lembro nem do gosto). Ainda bem que eu não passo mal...

Sábado fomos aos Open Ateliers da Rijksakademie, que é um projeto para 50 artistas de vários lugares do mundo, selecionados para passar até dois anos desenvolvendo seus trabalhos aqui em Amsterdam. Uma vez por ano, o prédio é totalmente aberto ao público, que pode então conferir as obras desses artistas residentes. O espaço aliás é enorme e labiríntico, nos perdemos várias vezes procurando a saída.
Curiosamente, uma boa porcentagem dos trabalhos utilizou vídeo e/ou fotografia como mídia, seguidos de perto por instalações/objetos desconstruídos/duchampianos. E que invariavelmente eram os mais interessantes. Pintura e outras artes gráficas em geral me passaram uma falta de imaginação e transgressão total. Sign of the times? (não por coincidência, isso é um dos temas que estamos discutindo numa das matérias do mestrado, Art and Film. Há quem diga que os cineastas são os novos pintores clássicos)
Mas em geral foi bem interessante, tanto pra ver que iniciativas desse porte podem ser um verdadeiro sucesso de público (estava MUITO cheio), e portanto boas para os patrocinadores - quanto pra provar que povo que freqüenta galeria e evento de arte é tuuuuuudo igual no mundo inteiro, hahaha. Óculos de aro grosso, roupinha retrô/brecholenta, ar de tédio intelectual, vocês sabem.
Pra quem tiver interesse, o site é http://www.rijksakademie.nl/, e as inscrições para 2007 podem ser feitas online até 1 de fevereiro de 2006.

Estes dias Sabina veio me visitar. O tempo não estava lá essas coisas (a Tina teve muuuito mais sorte), mas foi divertido. Achei ótimo ter alguém com quem comprar lingerie e discutir cosméticos, cor de sombra, Bourjois, Biotherm etc, hahaha. Mas quem gostou mesmo foi o garçom do bar que freqüentamos, hahahahahahahaha. Ele deve achar muito engraçado, porque a cada semana a gente leva alguém novo lá.

November 26, 2005

The egg is "paschal" because its meaning includes death, too (the egg that gets broken represents the sepulchre that opens to allow resurrection)

Due to the magic inherent in images of the knife, malevolent creatures such as scorpions and snakes were often depicted cut with knives to render them powerless.

Ontem eu tive uma amostra de como o tempo pode ser horrível aqui na Holanda. Chuva incessante e ventania o dia inteiro. A feira nem funcionou, claro. Teria sido impossível armar barracas com tamanha tempestade. Mesmo assim, saímos para fazer compras, porque aqui não se espera o tempo melhorar (não melhora). Nada que um bom impermeável e botas não resolvam.

Voltando de NY ainda tínhamos umas horinhas pra gastar em Paris. Saímos da Gare du Nord e paramos numa brasserie, o Relais du Nord, ali do lado mesmo. Aaaah, café de verdade, vinho, senhores imersos em livros e fumando nas mesas ao lado. Resolvemos almoçar, porque as costeletas de cordeiro com legumes da mesa ao lado pareciam tão tentadoras que se eu não pedisse aquilo ia morrer de vontade. Ah, a França.

E mesmo aqui em Amsterdam não é nada difícil encontrar produtos franceses no supermercado. Ainda bem, porque não há nada como uma baguette com manteiga da Bretanha com cristais de sal marinho.

November 24, 2005

Adoooro ser coruja. Pena que os vídeos são só para os assinantes do Uol.

November 23, 2005




Bye, Akiko.

E domingo, último dia. Descemos a 6a olhando as lojas de atacadistas e fomos em direção a downtown até a loja da NYPD e do FDNY, na Lafayette St. Pra quem gosta, tem camisetas, bonés, patches e pins das duas organizações. Passeamos um pouco por NoLita e fomos subindo a Broadway até University Place. Lá achamos a filial do Mandoo Bar e resolvemos comer um mandoo combo regado a cerveja coreana. Tem gosto de pêssego e o absurdo nome de OB (Oriental Brewery). Subimos a 5a e ainda achamos tempo pra um cachorro-quente de carrinho antes de pegar o shuttle pro aeroporto. E aí acabou.

Continuando, no sábado fomos ao Empire State Building, aproveitando que a fila não estava na calçada ainda. Ufa, que saco esperar quase uma hora pra pegar o elevador super-ultra-mega rápido que sobe um andar por segundo. Mas também vale a pena, o céu estava claro e a vista linda. Ficamos rodando um tempo tirando fotos e brincando de localizar prédios conhecidos.
Na saída resolvemos dar outra passada no Foley's e a garçonete irlandesa simpaticíssima lembrou de nós e até do que pedimos na quarta-feira. Experimentei uma Yuengling, que apesar do nome é americana e fraquíssima.
Fomos depois procurar uns livros na Barnes&Noble nova. Não encontramos tudo lá, mas graças ao sistema de busca deles, só tivemos que ir à outra unidade dois quarteirões uptown. Nem olhei muito pra não cair em tentação.
Depois, fomos a outro pub experimentar mais algumas cervejas locais. Voltamos para o hotel pra depois sair de novo, mas! caímos no sono e só acordamos no dia seguinte.

November 19, 2005


Só uma interrupção pra contar de uma comprinha feita na Weber's, na mesma 32nd St. Os sapatos aí da foto custaram, respectivamente 1 e 3,99 dólares. E dava pra não levar?

November 16, 2005

Sexta-feira. Tomamos café no Brooklyn Bagel, do outro lado da rua (além de um chili comprado no Wendy's na noite anterior e que sobrou). Feriado, Veteran's Day, então demos de cara com a parada dos veteranos de guerra ali na 5th Ave. Estava meio parado, porque afinal parar o trânsito em Manhattan não deve ser brincadeira, então resolvemos nós ir descendo pra acompanhar o começo do desfile. Os carros estavam parados nas transversais, então encontramos tanques de guerra, tiozinhos vestidos de marinheiro, a banda da NYPD fazendo uma batucada, bikers barbudos de jaqueta de couro e motos inacreditáveis, chineses defendendo a prática do Falun Gong e meninas de fardinha congelando no frio. Paramos num diner de health food com atendentes polonesas extremamente confusas pra tomar um café e continuamos vendo a parada. Surprise, surprise, o próprio prefeito (agora reeleito) Bloomberg apareceu ali na nossa frente. Depois dessa, começamos a subir uptown, mas a massa de gente nos fez desviar para a 7th Ave. Paramos na rua 48, a das lojas de instrumentos musicais, e exploramos a Manny's e a Sam Ash. Continuamos até o Central Park, e dali seguimos por dentro até chegar no American Museum of Natural History, um dos meus museus prediletos. Vimos um dos space shows, foi bem legal. Além da parte de astronomia e dos dinossauros, my favorite.
De lá, encontramos o Jacques-Imo's Café, um restaurante de comida americana na Columbus Ave. com pratos deliciosos e cervejas locais, como a Magic Potion #9 e a Abita. Comemos rabbit sirloin in mustard sauce e fried green tomatoes, tudo hot e delicious. Voltamos para o hotel para um descanso e saímos de novo.
Sorte nossa que NY tem lugares de sobra pra se comer tarde da noite. Desembarcamos no West Village e descobrimos o Boxer's, um bar simpático, com bom atendimento, trilha sonora decente e comida apetitosa até as quatro da manhã. Eu não aguentava mais cerveja, então pedi uma coca - refills included, o que foi ótimo. De lá subimos a pé pela 6th Ave aproveitando o tempo fresco e fomos dormir às quatro horas.

Dia do aniversário. Acordamos cedo e fomos tomar café da manhã no Café 28. Ovos, bacon, sausages, salada e café e lá fomos nós andar downtown. Passamos o Flatiron, Union Square, University Place, NoHo, SoHo, Chinatown, Canal Street e continuamos descendo. Paramos num Starbucks pra um espresso e um apple cider e descansar um pouco, e seguimos. Financial District, Ground Zero. Mais uma pausa, desta vez um pedaço de pizza no Stevie's (ponto obrigatório pra mim), mais um café. Caminhada ao longo da água até Battery Park, onde pegamos o ferry para a Liberty Island. O céu estava azul com algumas nuvens gordas, e o passeio foi ótimo. Para subir na Estátua da Liberdade agora é necessário fazer um booking com 48 horas de antecedência pela internet, então deixamos pra lá e ficamos andando pela ilha mesmo até o ferry de volta chegar.
A idéia inicial era pegar o metrô lá embaixo mesmo até o hotel, mas começamos a subir a Broadway procurando um bar pra tomar uma cerveja. Encontramos o John Street Bar and Grill, na John's St., um buraco escondido no subsolo onde engravatados de Wall Street afrouxam o colarinho e jogam sinuca depois do expediente. Tinha até um Joey Ramone chinês, impressionante.
Continuamos andando e pegamos o metrô de volta para o hotel. No caminho de volta, passamos pelo Madison Square Garden e demos uma olhadinha (nunca tinha entrado). Descansamos um pouco e saímos pra jantar. Fomos até Little Italy para escolher um restaurante, o que foi difícil. Todos pareciam tão bons! Passamos por alguns que eu já conhecia, na Mulberry St, mas acabamos indo ao Da Gennaro, onde nos deram uma mesa maravilhosa, ao lado da janela. Luz de velas, música italiana, vinho, pasta...absolute delight (mas eu recomendo mesmo também o Da Nico, na mesma rua). Subimos a pé, e quando passamos pela Bleecker, lembrei do CBGB's. No clube mesmo não estava rolando nada de interessante, então fomos ao anexo tomar mais uma cerveja e falar sobre a cena NY punk. Continuamos subindo e fomos parar em Union Square de novo, onde tem uma Heartland Brewery. Tomamos uma cerveja de abóbora (!), demos uma folheda no Village Voice da semana e continuamos nosso caminho.
Quando chegamos na 5a Avenida, meu estômago precisaaaava de um hambúrguer com fritas depois de toda essa cerveja e vinho, e entramos no Wendy's que fica aberto até as duas da manhã. Nunca um cheeseburger pareceu tão bom. E daí, cama.

November 15, 2005

Pra comemorar o aniversário do Akira, fomos pra NYC fazer uma festa de quatro dias. Acordamos às cinco e meia da manhã pra pegar o Thalys para Paris. A viagem foi quase toda tranquila, porque viajar de trem na Europa é praticamente como não sair da sua casa - aí aconteceu um atraso que me deixou estressada, porque nos deixou pouco tempo pra chegar em CDG. Mas conseguimos, e lá fomos nós cruzar o Atlântico.
Chegamos à tarde no JFK e passamos pelo tiozinho mais simpático na imigração. Pegamos um táxi e fomos para o hotel, na W 32nd. Não era minha primeira escolha, mas todos os outros estavam lotados e eu queria ficar nessa rua. As críticas no TripAdvisor me assustaram, mas na verdade ele é bem aceitável. O staff foi amável, a cama confortável, a água do banho quente e a localização ótima, pra que mais?
Já está escurecendo cedo em NY, quatro e meia da tarde e parecia oito. Além de tudo, resolveu chover. Entramos num pub irlandês simpático, o Foley's, para experimentar a Brooklyn Lager, a cerveja local mais famosa. Boa, escura e um pouco amarga. Pedi também uma porção de scallops (vieiras?) com cajun mayo (hot!) pra acompanhar, o que deu um ânimo pra andar até a Times Square, jetlagged e tudo. Foi uma caminhada agradável, e ao mesmo tempo uma busca por um lugar para jantar. Acabamos indo ao WonJo em Koreatown mesmo, pra um bulgogi absolutamente fantástico, feito sobre carvão em brasa, e um nengmyon (noodles coreanos) delicioso. Como é do lado do hotel, só rolamos até o nosso quarto, porque afinal vinte e quatro horas sem dormir é dose.

November 14, 2005

Ufa. Tanta coisa pra contar e tanto cansaço.

November 06, 2005

Onde dois bêbados iriam em plena Museumnacht, sábado à noite? No planetário, lógico! Ver a Terra rodar, hahaha.
O Museumnacht é um evento no qual os museus da cidade ficam abertos até as duas da manhã, com programações especiais, bar e DJs. E fiquei impressionada com a quantidade de gente circulando. O planetário daqui é modesto, e fica no complexo do zoológico. Mas as projeções são interessantes, com narração e explicação ao vivo, e tem uma exposiçãozinha multimídia sobre os planetas do sistema solar. Fomos e voltamos a pé, no arzinho frio da noite e Marte sobre nossas cabeças.

November 04, 2005

November 02, 2005

Andando estes dias com minha amiga alemã, ela notou que em Amsterdam existe um número impressionante de lugares para se comer. E alguns baratos, também. Claro, "barato" é um conceito relativo, e não estamos falando de alta gastronomia aqui. Mas - com 5 euros você pode comer :

* um falafel grande e uma bebida no Maoz - é uma rede, mas o falafel é bom e fresco, num pão macio e saladas à vontade. O desafio é equilibrar a maior quantidade delas no seu sanduíche e ainda cobrir tudo com tahine ou molho de alho. Ótimo para vegetarianos.
* um double bacon cheeseburger menu no Burger King - como sempre, com batatas fritas e um refrigerante. O molho para as batatas é cobrado à parte.
* um roti kip em qualquer surinamês/indiano - um prato que traz pedaços de frango ao curry, vagens e batatas cozidas e um ovo cozido acompanhados de um pão roti, que nada mais é do que uma grande tortilla fina. Absolutamente delicioso e farto.
* cinco hambúrgueres no McDonald's.
* comida oriental no Eat Mode, em Nieuwmarkt, um asian fusion bem legal e bem frequentado.
* sanduíches, saladas e pratos prontos em qualquer Albert Heijn, a rede de supermercados onipresente, onipotente.
* um prato no Atrium, o restaurante universitário da UvA. É um self-service bem variado que tem de pão com manteiga a pratos quentes. E o acesso não é exclusivo dos alunos, por isso vive cheio.

E deve ter mais por aí. Claro, comer por poucos euros acaba levando aos inevitáveis fast-food e snacks, mas como vocês vêem, não necessariamente...

Estou viciada em arenque. Já comi uns três desde quinta-feira.

Tentando achar uma trilha sonora pra uma tarde cinza. Tentei Teenage Fanclub, mas é too sunny. Decidi pelo Elvis Costello.