November 17, 2009

E eu fui ao Paradiso ver o show da incrível Imelda May. Dizer que ela é uma cantora à moda antiga, que sabe se expressar cantando, é pouco. Ela tem uma voz sensacional, é linda, sexy e simpática. Instant diva.

November 12, 2009

Fazia tempo que eu não amava um filme do tio Woody. Gostar, sim. Mas sair feliz e com vontade de ver de novo e recomendar pro mundo inteiro? Fazia tempo.
Em "Whatever Works", tudo funciona (pun intended - e tenho certeza de que tanta gente vai fazer a mesma piada infame...). Texto rápido, mordaz, ranzinza, engraçadíssimo e cheio de frases memoráveis. Larry David, o alter ego perfeito. Derrubar a quarta parede. Elenco equilibrado e muito bom. NY como nem "New York, I Love You" conseguiu retratar.

Oh, Woody, Woody, chega dessas bobagens de filmar em outras cidades e personagens que não sejam você. I missed you so bad.


November 10, 2009

Aproveitei pra ver "Where The Wild Things Are" no Loews da rua 34. E devo dizer que não é um filme para crianças. Penso que seria mais um filme para adultos com issues mal resolvidos desde a infância. Muitas neuroses, muita agressão, muitos sentimentos realmente selvagens. A única coisa que me cativou de verdade foi a trilha maravilhosa da Karen O. O resto, bem, foi interessante. De verdade, mas não sei se é um filme onde você consiga algum tipo de identificação com o Max, a não ser que você seja uma pessoa que tenha tido uma infância extremamente solitária e traumática. Ou que tenha um filho que se sinta assim (hope not).Eu não consegui. Não tenho filhos, e minha infância foi razoavelmente bem equilibrada. Achei o Max um garoto extremamente mimado e descontrolado.
Apesar da premissa, não é um filme mágico, não é um filme feel good. As wild things são reflexos de qualquer personalidade humana, com ciúmes, inveja, frustrações, medos e alegrias primais. E as conexões estabelecidas são baseadas em admiração e medo, depois transformadas em respeito e amor. Não sei se posso assinar embaixo disso, porque não sei se concordo. Mas enfim, visualmente há cenas incríveis, e emocionalmente talvez também. Mas vai depender de cada um.

November 07, 2009


E quem diria que o Dennis Hopper, além de atuar e dirigir, tinha tantos outros talentos? Combinada com o lançamento de um livro de suas fotografias lançado pela Taschen, uma grande mostra de suas obras foi montada na galeria Tony Shafrazi, em Chelsea. Fiquei realmente impressionada, tanto com as fotos e pinturas quanto com os retratados. Na mesma parede, gente como Warhol, Rauschenberg, Ruscha, Lichtenstein, Rosenquist...só artistas? Não, atores também : Paul Newman, Tuesday Weld, Jane Fonda e outros. E músicos : o Grateful Dead, os Byrds, Phil Spector, James Brown, Ike e Tina...A isso tudo se junta o cotidiano de gente simples, no Harlem ou em Tijuana, e paisagens urbanas desoladas, formando um panorama de imagens que, se não tem muito de excepcional, é um registro excelente e bonito dos EUA dos anos 60 em preto-e-branco.
Clicando aqui no site da galeria, muitas fotos da exposição.

November 05, 2009

Eu tenho uma relação estranha com os Pixies. Não considero uma das bandas da minha vida, mas gosto MUITO quando ouço. E não ouço sempre. Por isso, me senti até um pouco indigna de estar no meio de uma plateia de quase 6000 pessoas ensandecidas, assistindo a um show cujos ingressos tinham se esgotado alguns meses antes.

Mas fui, especialmente porque era a comemoração do vigésimo aniversário do "Doolittle", o meu álbum preferido deles. E foi incrível, das projeções de fundo impressionantes às presenças ainda marcantes de Frank Black e da simpática Kim Deal. O público enlouqueceu, como eu nunca tinha visto aqui na Holanda. Em todos os aspectos, foi memorável. E fecharam com "Gigantic", que me matou.

Achei curioso ver como a banda sabe fazer shows. Do ponto de vista técnico, foi impecável : som, efeitos visuais, tempo de suspense antes do bis, agradecimento à plateia, entrada e saída pontuais. Profissionalismo ao extremo. E, ao mesmo tempo, continua com aquela alma meio indie, meio punk. Fiquei impressionada.



November 01, 2009

Ok, já voltei há alguns dias. Mas o meu lado obsessivo e metódico me obrigou a zerar meus emails e o reader antes de conseguir fazer qualquer coisa. E isso levou algum tempo, he.

Em compensação, nunca postei tanto link no Facebook como nesses dias. Aliás, tô achando mais interessante por lá do que aqui, hein? Eu e a internet decidimos que prolixidade já era.

(quero dizer, quando se tem conteúdo, obviamente quanto mais texto melhor - mas, francamente...)

Mas obviamente ainda tenho coisinhas pra comentar - filmes, livros, exposições, rangos - so stay tuned. If you will.