November 26, 2004

Fui ver "Sky Captain and the World of Tomorrow". Bem interessante, mas só pelo visual. E pela Angelina Jolie.
"O Exorcista - O Início" é interessante, gostei das idéias. E tem o Stellan Skarsgard, por quem eu tenho um misto de admiração e ódio.
"La Mala Educación" é bom, mas não é um dos melhores Almodóvar não. Cheio de auto-referências e cenas lindas, mas eu ainda sinto falta dos primórdios, quando a técnica não era lá essas coisas, mas o conteúdo era de verdade. Gael tá falando como um verdadeiro espanhol, bonitinho.

Então, até tenho ido ao cinema estes dias, mas faz tanto tempo que não posto aqui que nem lembro mais do que vi.

November 25, 2004

Só pra tirar o pó.

November 13, 2004

Fui ver uns shows do Cidade Mutação, no SESC Pompéia. Consegui ver Cansei de Ser Sexy, que foi surpreendente. Bom paca, tudo, músicas, show. Nego Moçambique deixou todo mundo com vontade de dançar igual a ele. Benzina a.k.a Scandurra foi bacana também, meio prejudicado por um apagão de uns dez minutos que dispersou o público restante. Mamelo Sound System foi ok, just right.

Bom, agora que acabou a parte "minha viagem", voltamos à programação normal.
Consegui ver "Depois da Vida", do Hirokazu Kore-Eda na Cinemateca. Lindíssimo, e apesar do título, faz a gente pensar é no durante. Que lembrança você carregaria consigo para a eternidade se só pudesse escolher uma?

Vi também "The Dangerous Lives of Altar Boys", outro filme que mereceria mais do que uma única sala em SP. O Kieran Culkin é um Robert Downey Jr. mini, com cinismo e charme impensáveis para alguém nessa idade. E meninos são os mesmos em todas as gerações.

Comprei o DVD de "12 Monkeys" super barato. Lucky me.

November 10, 2004


Túnel do Metrô de Copenhague (é, é todo iluminado) Posted by Hello

Depois do Museu, Marcello e eu fomos almoçar no Riz Raz, que existe há um tempinho e é nada mais do que uma versão dinamarquesa dos nossos restaurantes naturais. Ernesto veio ao nosso encontro e de lá fomos juntos para Christiania. Pegamos o metrô luxo para lá, mesmo sendo perto, só pra conhecer.
Christiania era inicialmente uma comunidade hippie que acabou se tornando um conhecido ponto de drogas até cair na degradação total. A aparência é de uma cidade-fantasma, ou de um parque temático abandonado. Algumas barraquinhas vendendo CDs e camisetas, artigos hemp. Polícia na porta aos montes para dar uma intimidada em quem vai lá procurando atividade na Pusher Street. Enfim, interessante e deprimente ao mesmo tempo. Não deixa de ser um contraste imenso com a "neatness" do resto da cidade.
De lá ainda fomos a um café dentro de uma livraria charmosa, e os meninos já demonstravam sinais de cansaço. Também resolvi ir embora logo para fazer as malas. Mie passou no meu hotel com uma sacola cheia de Danish goodies.
E assim foi.

November 06, 2004

(pausa no diário de bordo)

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!


Em frente ao National Museet Posted by Hello

Quarta-feira. Resolvi não tomar café-da-manhã pra dormir até bem tarde. Me levantei ao meio-dia e fui correndo encontrar Marcello na estação central para irmos ao Nationalmuseet, que era dia de entrada franca. O museu tem um acervo muito interessante, de antiguidades egípcias (sim, sempre elas) a arte folk dinamarquesa. Mas a pièce de resistance é mesmo a parte viking. Pedras rúnicas, objetos recuperados de pântanos, caixões funerários esculpidos em troncos, armas, jóias, idade da pedra lascada, idade do ferro, idade do bronze. Fantástico e organizado de modo a se passar por todas as salas de maneira natural. Pra variar, só a parte de arte sacra não me atraiu muito, com todas aquelas imagens terríveis e aterrorizantes típicas da Igreja Católica.


Nyhavn Posted by Hello

Passamos por Nyhavn, que foi transformado numa área de bares e restaurantes com mesas ao ar livre, num clima muito Amsterdam, mas mais colorido e alegre. No verão deve ser uma delícia ficar ali no final da tarde.
Continuei andando e cruzei a cidade praticamente. Passei pelo City Hall e na frente do Tivoli, que fecha no inverno. Passei num supermercado pra checar o que os locais consomem (e eles são felizes, têm batata frita sabor tzatzki e feta). Parei num correio para comprar selos e comprovei que os funcionários de lá são eternamente mal-humorados, independente da agência. E continuei descendo a Vesterbroegade. Quando começou a escurecer, vi que já estava perto da casa de Marcello e Ernesto, então aproveitei e fui pra lá a pé mesmo. E aí foi uma volta aos velhos tempos em Sampa, conversando até altas horas sobre mitômanos e austríacas excêntricas.


bicicletas dinamarquesas Posted by Hello

Almoçamos no Dansk, um restaurante moderno e lindo, que nos serviu uma versão light de smorrebrod. Yum. Depois, fizemos umas comprinhas de coisas fofas, que abundam em Copenhagen. Assim como bicicletas.


Round Tower Posted by Hello

Na manhã seguinte, obviamente eu estava quebrada. Mas me arrastei pra fora da cama pra almoçar com minha amiga Mie. Fiquei esperando por ela na estação Norreport (não sei fazer o ózinho cortado) e por coincidência encontrei o viking mais fumado da Islândia, o Baldur, namorado da Valentina.
A Mie continua com a mesma carinha de boneca de sempre e me levou para passear na Stroget, uma rua de pedestres coalhada de lojas e que corta boa parte do centro da cidade. Passamos também pela Round Tower, que foi construída no século 17 para ser um observatório astronômico. A vista lá do alto é ótima.

November 03, 2004


Tommy Posted by Hello


Dave the Nut Posted by Hello


Olga Posted by Hello

Marcello me acompanhou até o hotel e fomos catching up no trem. O trajeto levou uns 30 minutos e custou 34 coroas. Descemos em Osterport e o hotel realmente é atrás da estação. Dá pra ver os trilhos da janela do quarto.
Fui tomar um banho e dormir uma horinha antes de ir pro show. Ó meu Deus, que cama macia. Valentina, flatmate do Marcello e Ernesto, também queria ir comigo, então passei na casa deles em Sydhavn. De lá, resolvemos ir de bicicleta, eu na garupa. Os meninos me disseram que ficaram assistindo da janela a nossa "decolagem". Morreram de rir, óbvio.
Foi divertido, a noite estava linda e não tão fria. Dez minutos depois lá estávamos nós no Little Vega, guardando os casacos na chapelaria e retirando os ingressos na bilheteria. Eu já tinha comprado o meu pela internet, é claro.

O lugar é lindo, pequeno mas não apertado, digamos. Todo em madeira escura com móveis vermelhos e iluminação quente. Começou a encher rápido, e quando vimos, já estávamos lá na frentona. O show durou pelo menos uma hora e meia, fantástico. Olga, Tommy e Dave the Nut (a mais recente formação) tocaram quase todos os grandes hits pra uma platéia de punks dinamarqueses empolgadíssimos. E muito altos (em todos os sentidos). Mas foi tranquilérrimo, e depois a banda apareceu pra bater papo com o povo. Já me plantei ao lado do Olga pra pegar um autógrafo na camiseta da turnê e explicar que tinha vindo do Brasil especialmente pra vê-los. Ele foi A simpatia em pessoa, fiquei ainda mais fã. E aguardem, povo, eles devem vir à América do Sul ano que vem. Rezem pra que não fure.

Cheguei em Paris na segunda de manhã esperando pegar o vôo das 9h55 para Copenhague. Ledo engano. Além do desembarque ser remoto (quando você não desce diretamente num finger e tem de pegar um ônibus até a saída), havia uma fila imensa no controle de passaportes. Resignada, até fui ver quando era o próximo avião. Antes, passei no correio do terminal 2A comprar uma Télecarte e no Petit Casino procurar algo para beber que não custasse mais de dois euros. Ainda deu pra ler mais um pouco do meu Verne e fui lá pro vôo das 12h50. Fui confirmada na hora e já fui pra sala de embarque, uma vez que passar pelo raio x com minhas botas cheias de metal ia ser um processo meio longo, com direito até a aplausos por parte da segurança, que ficou observando atentamente o lace-up habilidoso de 17 ganchos por parte desta que vos fala. Comentaram até que "c'est sexy, euh!". Oooh la la.

Desci no aeroporto de Copenhague, e por um instante pensei estar num shopping center. Muuuitas lojas, sandálias Havaianas por 179 coroas dinamarquesas. Er, trinta dólares, note bem. Gulp. Pasei no Danske Bank para trocar dinheiro (1 USD = 6 DKK)e comprei um guia-mapa (não-POP UP, hehehe) por 69 coroas. Achei finalmente a saída e já estava procurando o metrô/trem para ir ao centro, quando meu queridíssimo Marcello Bosschar aparece na minha frente, com o maior sorriso deste mundo.

Bom, antes que faça quase uma semana que já voltei e nem dei sinal de vida, vamos lá. A viagem foi ótima, voltar e trabalhar direto é que não bom...Ainda corri para assistir a "Steamboy", do Katsuhiro Otomo e, bem, chegar à conclusão de que nunca haverá outro "Akira".