May 28, 2007

* Oops. Salve Vila Beatriz! Desculpe, não tinha visto o seu comment - é, o Todai é ali em K-Town. Que coincidência genial! :)

* O Rico tá aqui em Amsterdam passando uns dias ;) Nada como o mundo estar cada vez menor.

* Ontem, sem querer, um simples passeio acabou virando uma reunião de brasileiros no bar português. Incrível.

May 23, 2007

E hoje começa aqui na cidade o Transgender Film Festival 2007, com uma programação bem interessante apesar de pouco diversificada (mas hey, entendo que deve ser difícil fazer a curadoria de um festival desses. Não é como se houvesse produções sobre transgêneros o suficiente pra se escolher). Acho legal demais qualquer iniciativa de se esclarecer e debater questões sobre sexualidade, e que tire do gueto qualquer estilo de vida que não seja o mainstream.

Wylie Dufresne é um chef considerado ousado e avant-garde até mesmo para os padrões de NY. Seu laboratório - ops, restaurante wd-50, contudo, é bastante informal, com decoração simples e moderna, localizado numa área nada badalada no LES. O grande charme mesmo está na comida - tudo, sem exceção, pode ser chamado de surpreendente.
Escolhemos o menu degustação estendido (três sobremesas a mais), e como um wine pairing seria demais, pedi apenas uma taça de branco e uma de tinto que combinassem com tudo. O staff notavelmente multi-étnico é todo jovem e extremamente solícito e simpático. Ganhamos uma taça de espumante porque era dia das mães (e a nossa era a única no restaurante todo, pelo visto, hahaha).



Bochecha de monkfish (como esse peixe se chama em português?), purê de grão-de-bico marrom, sorbet de ervilha e...alguma coisa que me escapa agora. Adoro monkfish.



Macaron de camarão com estragão. Bolotas leves como isopor, que se dissolviam imediatamente na boca. Divertido.



Foie gras transformado em pérolas, com crispies de arroz envoltos em chocolate, purê de agrião. Interessante mais pela textura do que pela combinação de sabores.



Sweetbreads (timo) empanados, chips de water chestnuts e purê de repolho com kaffir lime. Descobri depois que os sweetbreads foram empanados em farinha de camomila. Uau.



Língua defumada, cubinhos de maionese fritos, melado de tomate. Yum, maionese frita. Pena que não dá pra fazer em casa.



Esse foi um dos meus favoritos. Caldo de miso, ao lado no frasquinho um gel de gergelim. Apertando o frasco sobre o caldo, formam-se os noodles!



Lagostim sobre purê de pipoca, "vidro" de hibisco e endívias. Uau.



Peito de squab (pombo), beterrabas e bolinhas de coco. As bolinhas pareciam bala de coco, mas sem serem doces.

Depois eu falo das sobremesas. Ufa.

May 21, 2007

Para os que entraram aqui perguntando ao mighty Google :

"posso colocar cebola e pimentão no espetinho" - Pode, dear, pode.

"viver ilegalmente em amsterdã" - Tu que sabe. Trabalho, só de faxina, praticamente - mas quem sou eu pra falar. Tem gente que consegue, e tem gente que não.

"orlando bloom é bonito" - Ô.

"work dadada" - desenvolva.

"emincé" - quer dizer "picado fininho"

"diferença entre waffle e wafer" - waffle é feito com uma massa tipo de panqueca despejada numa chapa própria, quadriculada. Também chamado de gaufre em francês. Wafer é um biscoito fininho, pode ser recheado ou não.

"caricaturas de mulher oriental" - veio ao lugar certo, dear.

Er, parece completamente fútil, mas outra coisa que sempre faço lá é correr pra comprar cosméticos que não encontro aqui. E que são ótimos. Eu não uso coisas caras, é tudo comprado em farmácia mesmo, mas bem específicas - como o lápis de olho da Almay : hipoalergênico e dura 16 horas. Mesmo. Não borra, é incrível - testei várias outras marcas, nenhuma chega perto. E delineador líquido waterproof da Maybelline. Os dois duram uma eternidade (e eu uso todo dia) e mesmo assim o esquilo dentro de mim não consegue ficar sem estocar. Ha.

(minha mãe fica horrorizada por eu não usar make-up Chanel, Shiseido, bla bla bla - e aí ela vai e compra batom da Elke Maravilha no supermercado pra ela. É de família mesmo ¬¬)

E como sorte pouca é bobagem, ainda consegui ajustar as agendas (como se eu tivesse uma, hahahaha) com o super-busy Rico e fomos almoçar. Uau, terceiro encontro em menos de dois meses! ;) Fomos ao Moda, que apesar de ser num hotel tem um ambiente gostoso e é tranquilo (o que era muito importante, já que eu odeio conversar com barulho). Se eu tivesse lido meus emails quando cheguei, teria também ido assistir à gravação do Manhattan Connection na sexta, mãs...too late. Ah, quem quer ficar fechado num estúdio sendo que a gente podia passear pela Manhattan de verdade num puta dia de sol e céu azul? ;)

(pra falar a verdade, acho que assisti a esse programa umas duas vezes na vida, desde que ele entrou - e só por causa dele mesmo. Mas leio as repercussões na comunidade do Orkut - de vez em quando. Cheguei à conclusão de que o público do MC é um dos mais pentelhos do mundo - sorry, muié!)

E se ela é a amiga-que-me-aguenta-há-mais-tempo-no-mundo- e-mora-no-meu-coração, ele certamente é o segundo. I'm so lucky.

Peguei um Voice como sempre faço, pra ver o que está rolando na cidade, mas desta vez de puro hábito porque já tinha lido toda a versão online. Heh. De qualquer jeito, o grande sinal de que eu estou ficando velha e rabugenta (mais) foi não ter achado nenhum dos eventos muito interessantes. Ou talvez porque morando aqui eu não tenha mais aquela seeeeeede de "coisas do primeiro mundo" que a gente tem quando vive no Brasil e meio isolado de tudo. Enfim, de qualquer jeito não ia dar tempo de fazer muita coisa, então desencanei.

Alguns estabelecimentos fecharam, outros abriram, alguns dos que permaneceram melhoraram ou pioraram - ficar um ano e tanto sem ir faz perceber melhor as mudanças. Surpreendentemente, a cidade nem estava tão cheia.

Passando pelo Madison Square Park, acabamos conseguindo conhecer o ponto que tem criado uma certa agitação nos últimos meses : o Shake Shack. As longas filas não espantam os que vão atrás de um bom hambúrguer. Aí quem passa e vê aquele povo todo esperando de 30 a 45 minutos de pé pensa "uau, deve ser bom". E o hype só aumenta...
Mas é bom mesmo, e o lugar é cheio dos detalhes interessantes - funciona totalmente com energia eólica, usa produtos orgânicos, o atendimento é exemplar - e é um quiosque num parque, só que assinado pelo Danny Meyer, responsável pelo restaurante do MoMA, o The Modern (entre outros). Além disso, não é mais caro que um fast-food normal. Bem interessante (mas vá quando a fila estiver curta, nenhum hambúrguer merece uma espera tão longa, né? A gente teve sorte, na hora que fomos embora a fila estava quase saindo do parque)

Achei uma Barnes&Noble que vende também DVDs e CDs e comprei o "Downtown 81", um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, mais o doc "Kill Your Idols". E o novo álbum da Björk, que vem numa embalagem linda digipack, fechada por um adesivo dela (e como fazer pra preservar esse adesivo e manter a embalagem fechada depois? Dã). Na livraria coreana achei uns CDs bizarros e comprei só pela capa. Er...posso dizer que acertei 50%. Mas eu adoro comprar álbuns de bandas de outros países, só pra conhecer. E claro, a bizarrice conta muito.

Comprar eletrônicos e laptops? Dê uma passadinha primeiro na Best Buy pra ver o que está em oferta. Eles não têm muita variedade, mas às vezes a gente dá sorte e o que eles têm é exatamente o que a gente quer, e bem barato. Procurando uma coisa mais específica, de repente a J&R tenha. E tem a CompUSA, que tem produtos ótimos, mas o atendimento é uma merda - os vendedores ficam tentando empurrar um seguro que custa 250 dólares a todo custo, e se você diz bem claro que não, a cara fecha na hora. Tô fora.

May 20, 2007

So. O dia seguinte foi gasto andando por midtown (I know). Três mulheres definitivamente não conseguem avançar muito parando aqui e ali, entendam. Aí já era hora do almoço e tínhamos uma lista de lugares pra conhecer - all in name of research. O mais próximo era o Ruby Foo's, praticamente na...Times Square.

!

É, normalmente você não me veria num restaurante ali nem arrastada pelos pés. Mas entrando nesse verdadeiro templo kitsch-oriental, com lanternas chinesas gigantes pendendo do teto, mesas redondas e com um buda dourado num nicho na parede, percebe-se que a proposta é bem interessante. O staff todo lindo e extremamente simpático, o ambiente moderno e tranquilo, e o cardápio é pan-asiático, em pratos para serem divididos. Pedimos vários tipos de rolls e uma sopa de miso, e tudo era surpreendentemente bom. Um dos molhos que vinha de acompanhamento, de coentro e jalapeño, era especialmente viciante.
A carta de bebidas também é bem interessante, incluindo uma coisa que eu tenho lido a respeito mas não tinha provado ainda - sparkling sake. Pedi uma garrafinha, e é a coisa mais girly do mundo. Levemente doce e fresco, uma boa opção como aperitivo ou com sobremesas. Enfim, uma boa surpresa e um lugar bem recomendável.

May 18, 2007

Fazia um ano e meio que eu não descia em JFK (er, descobri que em 2005 acabei indo 3 vezes - deve ser por isso), mas certamente nunca peguei uma fila tão lerda no controle de passaportes. A mocinha que supostamente deveria organizar a fila, encaminhando o fluxo para os guichês livres, etc, era um exemplo de QI abaixo de zero. Ela ficava olhando para o alto, para os lados, colocava várias pessoas na mesma fila. Os agentes de imigração tinham que chamar o próximo em voz alta (hehe, me lembra bem São Paulo). Mas o cúmulo mesmo tinha que ser na minha vez. Ela me mandou pra um guichê que não tinha ninguém.

É. E ainda tinha uma senhora na minha frente, que não estava entendendo nada. E a menina ainda faz sinal pra gente esperar lá mesmo. Tipo, o cara vai voltar, fica aí que ele vem. Mas nem. Fui lá nela e falei : "é a coisa MAIS absurda do mundo você me dizer pra esperar num guichê que não tem ninguém atendendo, e enquanto isso as pessoas que estavam atrás de mim na fila estão sendo atendidas. Você percebe?"
Ela fez uma cara de "droga, ela tem razão" (! ! !) e falou "tá, espera nessa aqui então" e me indicou uma outra.

Nessa fila em questão o agente da polícia era uma coisa Italian-American, parecia o Joey do Friends. E já chegou todo simpático, Brasil, la la la. You know (¬¬). E começou :

Ele: "Você não aparenta a idade que tem"
Eu: "Er, obrigada"
Ele : "E não se veste de acordo com a idade também"
Eu : "Er, I know. Glad I can still pull it off" (sem saber o que dizer - mas...wtf?)
Ele : "You sure can" (wtf??)

...

Ele : "Você é casada?"
Eu : "Er...sou"
Ele : "Ah, que pena (wtf????). Seu marido deve ser bem liberal, né? Daqueles que não se importam de mostrar pros outros o que tem" (W T F????)
Eu, boquiaberta : ...
Ele : "É verdade que os holandeses são super liberais e tal?"
Eu, de queixo no chão já : "Hum, não, na verdade eles são super mais conservadores do que a gente imagina, bla bla bla"

E daí a conversa SURREAL continuou por mais uns minutos, nessa mesma linha. Eu que não sou louca de tretar com agente de imigração norte-americano, tentei responder a essas coisas ABSURDAS com um certo tom normal e meio me fazendo de tonta, mas achando tudo extremamente surreal. Quando ele me devolveu o passaporte carimbado saí correndo de lá, ainda meio chocada.

Gente, eu estava de vestido soltinho até o joelho, manga comprida, cor escura, com um casaco de couro POR CIMA, sapato preto com meia até acima do joelho. Ou seja, totalmente coberta. Não tava fazendo a Britney, que é a única coisa que justificaria umas perguntas dessas. Fiquei passada, bege, cinza, qualquer cor. E saí pro metrô rindo sozinha, porque realmente não tinha outra opção. Welcome to the United States of America.

Ai, preguiça monstro.

Voar daqui pra NY é muito engraçado, porque a gente volta no tempo. Saí daqui às 13h30 e cheguei lá às 15h15 mesmo depois de oito horas de viagem, hahaha. Claro que não adiantou muito, porque após passar pela fila monstro da imigração, ser sexually harassed pelo policial (more on that later), pegar o Air Train até a estação Howard Beach pra pegar o metrô, descobrir no meio do caminho que ele agora vai também até a estação Jamaica (mais fácil pra onde eu ia, yay), descer e resolver trocar pra descer na mencionada Jamaica, ajudar um velho cubano/portorriquenho/dominicano/whatever a comprar um Metrocard e descobrir como ele faz pra chegar no Brooklyn e pegar o F train (expresso, graçasadeus) até a rua 34, só consegui chegar ao hotel às seis da tarde.

Mas nada não. Afinal, é NYC, uma das minhas cidades favoritas. Fomos procurar algum lugar pra jantar, e na minha listinha estava o Todai, que é na mesma rua do hotel. Tinha lido que se tratava de um mega-bufê de comida japonesa e frutos do mar, nada de alta gastronomia mas um lugar interessante.

Jesus. Era mega mesmo. Tipo duas mesas paralelas de comida ocupando meio quarteirão. Nigiri sushi, rolls, mariscos, ostras, clams, patas de snow crab, bla bla bla na parte fria, peixes assados, fritos, com molho, sem molho, sopa de miso, sopa de caranguejo, mini udon, mini soba, bla bla bla na parte quente. Bla bla bla porque realmente não dá pra listar tudo. Claro, o sushi não é nem digno de nota - o negócio são mesmo os frutos do mar à vontade. Por 24 dólares por cabeça no jantar (deve ser uns 18 no almoço)? Soft drinks com refill à vontade por 1,95? Carta de saquês e vinhos? Em Manhattan? Eu achei uma verdadeira pechincha, isso sim.

(hehe, lembrei das festas de família que a Xris conta - deve ser na mesma linha)

May 15, 2007

Voltei. E tô num puta jet lag, NY são seis horas de diferença daqui. Amanhã eu volto com as atualizações se eu ainda souber escrever.

May 13, 2007

Manhattan
(Rodgers/Hart)

Summer journeys to Niag'ra
and to other places aggra-
vate all our cares.
We'll save our fares!

I've a cozy little flat in
what is known as old Manhattan
we'll settle down
right here in town!

We'll have Manhattan
the Bronx and Staten
Island too.
It's lovely going through
the zoo!

It's very fancy
on old Delancy
street you know.
The subway charms us so
when balmy breezes blow
to and fro.

And tell me what street
compares with Mott Street
in July?
Sweet pushcarts gently gli-ding by.

The great big city's a wonderous toy
just made for a girl and boy.
We'll turn Manhattan
into an isle of joy!

We'll go to Yonkers
Where true love conquers
In the whiles
And starve together dear, in Chiles

We'll go to Coney
And eat baloney on a roll
In Central Park we'll stroll
Where our first kiss we stole
Soul to soul

And "My Fair Lady" is a terrific show they say
We both may see it close, some day

The city's glamour can never spoil
The dreams of a boy and goil
We'll turn Manhattan
into an isle of joy!

May 07, 2007

E como Bruxelas é linda. Não consegui ver muita coisa pelo pouco tempo e também esqueci de levar a câmera. Vou ter de voltar logo, hahahaha.

E o fim de semana foi em clima de Comunidade Européia. Três brasileiros vindos da Holanda, um casal turco-alemão, uma alemã de Berlim, uma belga bruxelloise loka e um alemão que joga futebol reunidos numa casa brasileira-suíça-ítalo-alemã em Bruxelas. Sendo que desse grupo pelo menos duas pessoas falam luxemburguês. Hahahahahahahaha, que surreal.

E o motivo? Comemorar o aniversário do nosso querido Antonio, o gentleman que une toda essa Babel :)

E entre conversas em inglês, francês, alemão e português, vinho, churrasco e sol no terraço com vista para os telhados da cidade, pode-se dizer que foi um momento muito especial. Ali, tínhamos tudo que é importante na vida.

Que jeito lindo de se começar um novo ano na vida de uma pessoa. Parabéns, chéri.

May 05, 2007

Me diverti hoje folheando o suplemento feminino de um dos jornais daqui. Claro, como mulher é tudo igual, o destaque era : "Chegou a estação de usar biquíni. E agora?" ou algo assim. A diferença é a foto ilustrativa, uma tremenda bunda caída e murcha, num biquini daqueles com bastaaante tecido (daqueles que fica sobrando laaargo). Não é à toa que tem cada vez mais holandês casando com brasileira...

Fui assistir a "Sunshine" puramente por ser do Danny Boyle - um diretor que consegue não se limitar a um gênero só e ao mesmo tempo ter uma identidade e estilo muito próprios. E que tem sempre bons resultados. E nessa empreitada em ficção científica ele até que saiu muito bem, mesmo não conseguindo escapar de alguns clichês do meio pro fim - fazer o quê. No começo estava achando genial o lance de não existir monstros e alienígenas, e as adversidades serem causadas unicamente por falhas humanas - decisões erradas, atitudes egoístas, erros de cálculo. E personagens interessantes numa dinâmica também interessante (uh, Chris Evans e Cillian Murphy!). Mas aí...(chega, aqui não tem spoiler)

Mesmo assim, achei um filmão. Fora que a trilha é do Underworld, repetindo a dobradinha de "Trainspotting", e isso nunca é ruim no meu dicionário.

May 02, 2007

Encontrei a nota do supermercado. Aparentemente, além da pizza congelada, comprei também um pacote de macarrão, um saco de salada pré-lavada, duas garrafas de vinho espumante e um six-pack de cervejas.

¬¬

May 01, 2007

The downside of getting yourself smashed silly is finding a frozen pizza in the fridge the morning after and having absolutely no clue of how it got there.


The bright side : hey, it's pizza.