October 30, 2010

Af. Eu já falei aqui que meu ano começou mesmo em outubro? Esse post do filme do Banksy estava nos rascunhos há semanas, e só me dispus a terminá-lo porque precisava fazer alguma coisa inútil :)

Nem falei que fui de novo ver a Tokyo Ska Paradise Orchestra, e desta vez fiquei na pista mesmo, skankeando com o público. Dancei, pulei, poguei, moshei e suei bicas. Foi incrível, e não vejo a hora de ver mais um show.


Também pude ir ao show de 30 anos da Einstürzende Neubauten no Melkweg. O setlist tá aqui, pra quem se interessar, e achei melhor que o último, mas ainda menor que o primeiro que vi (post arqueológico aqui). Blixa e sua banda me emocionam horrivelmente.

October 29, 2010

Saiu "Exit Through the Gift Shop" pra baixar há umas semanas, mas quis esperar pra ver no cinema. E saí boquiaberta com tanta genialidade. Se é documentário ou ficção, se Banksy é uma pessoa ou um coletivo, se Thierry Guetta existe ou não - nada disso importa. O que vale é o grande questionamento sobre a arte - seu valor, natureza, mercado, função - o papel da mídia e a necessidade desenfreada de novidades, tudo de maneira sutil e absolutamente brilhante.

Com a desculpa de ser um documentário baseado nas imagens de street art coletadas compulsivamente por um francês excêntrico em várias partes do mundo, o filme acompanha figuras-chave como Shepard Fairey, Space Invader e o próprio Banksy. Até que a mesa vira, e de repente o francês excêntrico se torna o foco das atenções, passando a produzir arte ao invés de só registrá-la - e daí entram os questionamentos, conduzidos pelo filme de maneira tão natural que a gente não consegue evitar o sorriso de satisfação.

Se Banksy for de fato uma só pessoa, é com ele que eu queria casar. Além do seu trabalho ser incrível, relevante e engajado, ainda conseguiu tirar um grande sarro do mundo da arte - com tanta eficiência e alcance quanto Andy Warhol e com mais sofisticação do que Damien Hirst. Bravo.

October 09, 2010

Não achei "The Runaways" tããão ruim quanto disseram. É confuso e fraco, mas eu não resisto a garotas no rock...

"Going the Distance" é engraçadinho e bem assistível. Achei no começo que fosse ser irritantemente pretensioso, mas se era essa a intenção, falhou. Drew e Justin são fofos o suficiente pra reverter quaisquer aspirações a mala.

"Shanghai", confesso, assisti só por causa do John Cusack (novidaaade). E teve o Ken Watanabe de bônus. Mas é um filme bem esquecível. Assim como "Hot Tub Time Machine". Ah, as coisas que a gente faz por amor.

Depois de "The Happening", jurei nunca mais assistir a nada que tivesse o dedo do Shyamalão. Mas não resisti a "Devil", e curti. Tudo bem, já descobri quem era o Diabo nos primeiros 5 minutos do filme, mas o suspense foi bem desenvolvido. Ainda há esperança.

"The American" foi chatíssimo. Me lembrou "The Limits Of Control" do Jarmusch, mas sem a proposta fabulesca e sem charme. Fotógrafo como diretor nem sempre funciona.

"After Life" é muito ruim, esqueçam. E "Splice", pior ainda. Pena, eu tinha fé nesses dois.

"Crime d'Amour" , último filme do Alain Corneau, é um bom jogo de gato-e-rato entre as lindas Ludivine Sagnier e Kristin Scott-Thomas. Não é filmããão, mas certamente melhor que "Splice".