July 31, 2009



July 29, 2009

Quero terminar logo um trabalho, por isso ando sumida. E ando com preguiça de ir ao cinema (até entrei num estes dias, mas estava movimentado demais pro meu gosto e mudei de ideia). E estou lendo o livro da minha editora-chefe, mas a passo de tartaruga. Portanto, só vim aqui mesmo pra falar pra vocês darem um pulo no Trixxx, porque está um sonho : Ozu, Welles, irmãos Taviani e mais um monte de preciosidades. Pra quem gostou da recomendação do Foriegnmovies, vai fundo.

July 23, 2009

Esperança é o melhor presente que se pode dar a alguém?

July 22, 2009


via luvluvluv.

Encontrei e assisti de novo a um dos filmes que marcou minha infância/adolescência. Lembro que achava "Sybil" aterrorizante e intrigante ao mesmo tempo, e talvez naquela época eu nem tenha entendido tudo por que ela passou e que acabou causando a dissociação de personalidades. As cenas dela sendo pendurada num gancho pela mãe (ops, spoiler) me assombraram por um bom tempo, assim como as outras crueldades de que ela foi vítima quando criança. Depois, achei o livro da Flora Rheta Schreiber e li inteiro mais de uma vez. Não sei se o que me fascinava mais era o lance das personalidades múltiplas ou como cada uma delas se manifestava. Era arrepiante, especialmente os desenhos feitos por elas.
Assistindo de novo agora, várias décadas depois, tenho que dizer que não consegui despregar o olho da tela, mesmo conhecendo a história de trás pra frente. Bom trabalho de atuação? Achei, pra falar a verdade.

Mas agora, o mais curioso foi notar como ver cenas da NY da década de 70 me dá apertos no coração. Como se fossem saudades, ou um sentimento de dor por não poder voltar àquela época. Eu estive lá em 77, com seis anos, e isso me causou uma impressão tão forte - as roupas, as calçadas, as cores, o cheiro do ar - que é a única época que me dá pontadas de angústia de querer voltar. Sério, vocês não imaginam.

I know, sounds insane. Enfim, combina com o post.

July 19, 2009

E acho que estou indo na contramão da opinião geral, mas achei "Brüno" fraco. Quero dizer, é bom, mas não passa de uma repetição diluída de "Borat" - mais forçado, menos revelador. Talvez porque sexualidade não me escandalize, e essa é a base do filme. E a maioria dos "transeuntes" ali são obviamente atores, exceto na cena dos doces e do wrestling, talvez.
Mas admiro a disposição do Sacha Baron Cohen de querer sempre ser provocador e não se importar de pagar os maiores micos da humanidade nessa. O cara é lindo, inteligente, engraçado e não se leva a sério. Isla Fischer, te invejo.

Agora, acho que o ponto alto pra mim foi alfinetar o Tom Cruise e o John Travolta, hahahaha.

July 17, 2009

Quase tive um treco quando soube que ia ter show da Brian Setzer Orchestra aqui. Comprei os ingressos. Anotei no calendário. Esperei ansiosamente. E claro, sem dar um pio pra não zicar, hahaha. E finalmente, na quarta-feira fomos lá no Heineken Music Hall nos juntar à população inteira de rockabillies da cidade. Sério, nunca vi tantos topetes juntos na minha vida (e umas três garotas com o mesmo vestido de cerejas). Bem cheio, mas não lotado como o show dos Stray Cats ano passado. Resolvemos ficar mais pra lateral, de onde dava pra ver bem sem sufoco. E foi bem foda, uma big band completa com metais, vocalistas e vários hits - de "Jump Jive 'n Wail" a "Stray Cat Strut", não faltou nada. Só o som não estava perfeito, o que foi meio brochante, mas mesmo assim os pés não paravam quietos. I'm a happy gal.

July 13, 2009

Berlim é uma das minhas cidades do coração. Diversa, urbana, punk rock. Sendo assim, fiquei bem curiosa com "1 Mai- Helden bei der Arbeit", filme que conta várias histórias que se cruzam em torno das passeatas do dia do Trabalho em Kreuzberg - um menino, um policial, dois rapazes do interior, uma gangue de turcos e um anarquista. O problema é que ele não se aprofunda em nenhuma delas (e todas teriam potencial para se tornar roteiros interessantes, nem que fosse em curta-metragem). Resultado? Zero de empatia com qualquer um dos personagens, porque suas ações não têm sustento, não têm motivação clara. Enfim, vale pelas cenas da cidade, quando muito. Pena.

July 12, 2009

O programa de hoje foi ir a Rotterdam pro North Sea Jazz Festival. Fui basicamente pra ver o show do Burt Bacharach, já que eu morri de inveja do povo de SP que pôde assistir faz uns meses :)
Infelizmente, a convidada especial daqui foi a Trijntje Oosterhuis, que parece que já gravou umas canções do BB. Não que ela seja ruim, muito pelo contrário - tem uma voz linda e técnica perfeita. O problema é que ela é dura pra caralho. Ela só consegue mexer a mão direita, o que me perturbou muito durante a apresentação. I know, eu tenho problemas.

De resto, foi bem lindo. Desculpa, Michael, mas o rei do pop é o velho Burt. Quantos hits, quantas canções pop inesquecíveis. Se deixar, ele fica a noite inteira tocando um clássico atrás do outro. E eu tenho um novo sonho na vida - ser cantora da orquestra do BB. E viajar pelo mundo cantando medleys de "Walk On By" e a minha preferida, "Do You Know The Way To San Jose?".



Ó, saudades da Dionne Warwick.

July 10, 2009

Eu adorava o "A Haunting" - uma série que dramatizava casos reais de assombrações e outros eventos paranormais. Por isso, eu queria muito assistir "The Haunting in Connecticut", que pegou um desses casos e o transformou em longa - e devo dizer que achei bom pacas. Bom elenco, boa produção (sem excessos mas sem pobreza), roteiro bem bolado e bem amarrado, bom clima de suspense e terror. Achei bem sacada a idéia de retirar as pálpebras dos cadáveres.

O que me pegou foram as cenas do tratamento do câncer do personagem principal. Inevitável lembrar do meu pai. E deu uma saudade imensa. E posso dizer a vocês que nenhuma dor é pior do que a de saber que você sente a falta de alguém que nunca mais vai poder ver. Mesmo.

July 08, 2009

Ok, eu sei que o título é "Coco AVANT Chanel". Mas achei o período que o filme cobre tão pequeno que saí meio insatisfeita. Claro, na cola do magnífico "La Môme", a idéia é mostrar as origens de uma mulher de personalidade forte e tenaz, que da origem mais que humilde escalou até o topo da cadeia alimentar criando uma marca icônica. Até aí, tudo bem - era a idéia que eu tinha dela mesmo. O que eu não esperava, contudo, era ver uma mulher tão...dependente de seus parceiros. Certo, no começo do século XX era outra história - e no final das contas, eles se dobraram ao seu jeito. Mas enfim. O filme é sobre uma mulher forte, ousada, apaixonada e desiludida. Se algum desses fatores levou ao sucesso da Maison Chanel, fica subentendido. Porque, afinal, o fim da história todo mundo conhece.

A Audrey Tautou fez um bom trabalho até, exibindo o ar cansado e matter-of-factly da personagem principal, e o Benoît Poelvoorde é cativante como sempre (bicho, como ele envelheceu). Mas o que vai fazer as moçoilas darem pulinhos na cadeira é o Alessandro Nivola, mais gato que nunca. É só olhar essa foto daí de cima e ouvir o sotaque fofo. Mata.

July 07, 2009

* Estes dias também foram movimentados por visitas bem queridas. Uma delas foi do João e da Vania, rapidinha mas sensacional. Não é todo dia que você reencontra amigos de doze anos atrás :)

* A edição de julho da Time Out Amsterdam está muito, muito legal! E nem é jabá, porque nesse número não tenho nenhuma colaboração ;)

* Aproveitando o tempo das viagens de trem das últimas semanas, confirmei que só gosto de uma meia dúzia de bandas mesmo, e que posso deletar todas as outras músicas do player.

* Em Londres, cheguei à conclusão de que tenho alguma espécie de ímã para gaúchos. E se 70% dos meus amigos homens são gays, 50% dos meus amigos e amigas mais próximos vêm do Sul. Vai entender.

* Também percebi que tenho meio birra de quem considera a própria opinião sobre qualquer coisa como a definitiva, não importa quem seja.

* E vamos ver se consigo voltar ao ritmo normal logo.

July 06, 2009

Esta ida a Londres foi um bom motivo para testar o trajeto de trem. E olhem, vai ser minha primeira opção de agora em diante. Em cinco horas e meia, saímos daqui de casa e chegamos a King's Cross/St.Pancras. Podendo levar todos os líquidos e géis que quisemos na mala, sem filas de check-in/controle de passaportes/embarque/bagagem, levando lanchinho feito em casa, ar-condicionado, paisagem na janela, etc. Se vocês fizerem a conta, de avião leva-se quase o mesmo tempo, incluindo os traslados casa-aeroporto-casa. Por pouco mais de cem euros por pessoa, achei negocião.
De Amsterdam Centraal, pega-se um trem para Bruxelas (que sai com frequência e não tem assentos reservados, mas é confortável), e de lá o Eurostar para Londres.
Tem vistoria em raio-x da bagagem, mas não vi nenhuma restrição. Tinha um canivetão na mochila, água, todos meus cosméticos e tudo passou ;)
A imigração é feita em Bruxelas mesmo, com agentes mais sisudos que de costume. Mas normal também.
E no destino final, foi só sacar os Oyster cards da carteira e pronto - a caminho de encontrar nosso anfitrião na Strand, o que levou uns 15 minutos no máximo. Bom, hein?

July 02, 2009

Colônia é uma cidade bem bonitinha. Obviamente, não consegui explorar muito porque foi um bate-e-volta mesmo. Ficamos no Four Points by Sheraton Köln, a dois passos da estação central. A 65 euros a noite, achei ótimo - o staff simpaticíssimo e eficiente, quarto pequeno mas funcional, cofre no quarto, banheira, balinhas no travesseiro e garrafinhas de água como cortesia na geladeira. Tá bom, né?

Chegamos no fim da tarde porque o ICE atrasou uma meia hora (grr). Mas sem problema, porque afinal o centro da cidade é ali mesmo, ao lado da estação. Obviamente, o que domina o cenário é a massiva catedral, plantada como um grande bolo de noiva gótico no meio da praça. O tamanho realmente é impressionante, mas posso dizer que achei o exterior muito mais interessante do que o interior?



Enfim, dali resolvemos parar na Früh, uma das cervejarias que produzem a local Kölsch. Pela aglomeração na frente, achei que fosse ser difícil conseguir uma mesa, mas não - na verdade, todo mundo queria era ficar do lado de fora mesmo. O lugar é enorme, com várias salas distintas, e pudemos escolher uma mesa grande numa espécie de alcova.



A Kölsch é uma cerveja bem leve, e vem em copos estreitos de 200 ml. Por isso, obviamente é difícil tomar uma só, especialmente no calor.

(tomamos umas 12, acho)

Depois do show, aproveitamos que havia várias lanchonetes abertas na estação (mesmo sendo duas da manhã) e mandamos pra dentro uma bockwurst com mostarda no Meister Bock (ótima!) antes de dormir. E nessas horas, como foi bom estar hospedado a dois passos de lá...