Conversando com ela sobre carreiras, lembrei de como é absurdo ter de decidir isso assim que a gente sai do colégio, aos 17, 18 anos. Cara, como? Eu sempre tive inveja das pessoas que sempre souberam o que iam fazer desde que se conhecem por gente. Eu não, sempre fui a pessoa mais confusa e sem foco nesse assunto. Eu simplesmente tinha vontade de fazer tudo, achava tudo interessante! Fiz odonto por três anos - não, digamos que levei três anos pra descobrir que odonto não tinha nada a ver comigo e eu não queria ficar olhando bocas de pacientes a vida inteira. Enquanto isso, comecei a cantar no coral da USP. E retomei a veia musical, que foi tomando conta da minha vida. Então eu queria ser cantora. E enquanto isso eu dava aulas de inglês. Depois resolvi prestar Radio e TV na ECA. Passei e fiz em quatro anos. Pronto, já estava definida - produtora de TV? Wrong. Fui pra Paris estudar francês. Passei mais uns anos trabalhando como tradutora, assessora de imprensa, etc. Agora tô trabalhando numa companhia aérea, que é um dos trabalhos mais legais que eu já tive, sem contar o fato de que vou pra Paris todo mês. E tô resolvendo dar um chute nesse trabalho tão legal pra retomar uma coisa que meu professor de literatura do colégio me disse - eu tenho que escrever.
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