Fez uma semana que estou aqui, mas parece um mês. Muita atividade e muita gente, mesmo eu tendo prometido a mim mesma ficar sossegada.
Depois do CCBB fui fazer uma sessão de acupuntura com um médico coreano. Nunca tinha feito, achei curiosíssimo ele apertar uns pontos no meu corpo que doeram terrivelmente, e depois de colocar agulhas a dor sumir. Fora o fato dele conseguir dizer que eu estava com um problema no aparelho digestivo apenas avaliando meus dedos da mão.
Aproveitando que a Kris estava aqui em SP, já a arrastei junto pra encontrar a N e a Sabina, e sem querer acabamos voltando pra casa só às 3 da manhã. Na verdade, sem perceber. Quatro mulheres+cerveja = 6 horas de blábláblá ininterrupto. Ainda bem que a Choperia Liberdade fecha só às 5 e anda menos hype que ano passado, e portanto mais tranquila.
Na quinta fui até o velho e bom Gemini assistir "Fur : an Imaginary Portrait of Diane Arbus", do Steven Shainberg, que dirigiu o ótimo "Secretary". O título diz tudo, e os créditos iniciais reforçam : não é uma biografia, e sim ficção. Sobre como a fotógrafa Diane Arbus, conhecida por seus retratos impactantes, subitamente se vê obrigada a encarar e admitir seu fascínio pelo incomum depois de um encontro com um vizinho misterioso - o Chewbacca. Não, na verdade era o Robert Downey, Jr. Ou será um novo "Beauty and the Beast"? :) Bah, não deixem essa minha descrição espantá-los.
Evidentemente a estética pula em primeiro plano de forma até primária, com contrastes claros entre o asséptico mundo "normal" e o colorido mundo dos freaks. A própria escolha da Nicole Kidman para o papel título - aquela beleza assombrosamente inumana, tanta perfeição externa ocultando uma alma-aberração - foi uma jogada interessante. O que me enche um pouco o saco nela é aquela interpretação marilyniana de mulher infantilizada pro qual ela apela quando não tem uma personagem forte o bastante em que se apoiar.
(fui ver esse filme apostando que nem ia passar na Holanda, mas acabei de ver que vai estrear em junho lá. Oh well)
Enfim, não é um grande filme ("Secretary" é infinitamente melhor e mais interessante), mas curto o conceito de criar um "prequel" imaginário para um personagem real. Conhecimento prévio da obra da Arbus é recomendável.
April 02, 2007
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1 comment:
Terexante... Já ouvi falar dessa Diane Arbus. Deuvontadivê.
Ahn... Choperia Liberdade... alguém cantô alguma coisa? :p
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