Gosto tanto de ouvir alemão. Me lembra de quando eu estudava no Goethe, ali na rua Lisboa. A feira da Benedito Calixto estava começando, e nem de longe indicava que iria virar um inferno quase duas décadas depois. Um dos meus colegas de classe era o Mauro, que cantava com alguns amigos meus, tinha uma voz maravilhosa e dirigia um fusca verde-ervilha. "Quando o Sol Bate e se Firma" sempre me lembra dele. Foi um dos primeiros amigos levados pro outro lado.
A outra foi a Solange, menina lindíssima, amiga minha e do Luiz. Que foi quem me ligou pra dar a notícia, e demorei pra entender o sentido das palavras. Lembro até hoje do telefonema. Tinha dezoito anos, e era tão linda e querida. Saudades. Foi o fechamento de uma época tão feliz, de que eu sinto tanta falta. Dela, do Luiz, e de mim.
Mais recentemente, foi a Daisy. Daisoca, que todo mundo amava. Era uma instituição lá na Fundação Padre Anchieta. Foi uma das primeiras pessoas que punha uma fé excepcional em mim, e assim como fazia com todo mundo que ela considerava seus amigos. Mal a reencontrei no orkut, ela se foi. Assim, sem avisar. Daisinha, e eu que queria tanto te encontrar.
E tem meu pai, meu avô, minha avó. Sobre quem eu nem sei o que dizer, de tanto que tenho o que dizer.
Todos eles me vieram à mente ontem, todos juntos. E me trouxeram um sorriso.
June 19, 2008
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2 comments:
Puxa, sinto muito, Ana. Mas ainda bem que as lembranças trazem sorrisos.
Entre tantas perdas que acontecem na nossa vida, algumas ficam mais marcantes, né?
Tenho nas minhas lembranças um ex-namorado que morreu também super cedo. E o pior é que quando ele morreu, nós estávamos sem se falar...
Fiquei muito grilada...
Rezo por ele sempre!
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