Anita me emprestou vários livros que eu queria ler. Eu estava especialmente curiosa com "Menina Infinito", do Fabio Lyra.
A primeira impressão é de familiaridade : Francine de "Strangers in Paradise"? Não, mais jovem e moderninha. Enid, de "Ghost World"? Não, mais bobinha e menos ácida. Universo Hornby? Blogs? Teenage Fanclub? Evidentemente, o autor tem mais ou menos a nossa idade. E não é difícil reconhecer os personagens : não são ninguém em especial, mas todo mundo conhece alguém igual. Mal da nossa geração, de vomitar referências pop pra poder ser parte de um grupo que cresce e se reproduz, o sub-indie.
Por isso mesmo, achei bacana. O traço é irregular, e as histórias um pouco clichê. A grande falha mesmo é o texto, artificial e forçado. Mas faltava uma visão brazuca de um grupo que consome tanto, mas é pouco retratado oficialmente. Contudo, fiquei na dúvida se a intenção era satírica ou ingênua mesmo. Pode ser lido dos dois jeitos, acredito - depende de que lado da corda você se encontra.
Outro empréstimo valioso foi "Lucky", de Gabrielle Bell. Publicado pela Drawn and Quarterly, editora que respeito muitíssimo, é mais um diário em forma de desenho, onde o que importa não é o que acontece (não muito), mas as relações interpessoais absurdas da vida moderna (e a dificuldade de se achar um lugar para morar em NY). Bom, urbano e cheio de subtextos. Acabei curtindo paca.
February 01, 2009
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