Desde quinta-feira está rolando o RoboDock, um evento multimídia que tem como tema robôs e engenhocas, misturando tecnologia e arte. A proposta é bem interessante, e o espaço também. Pegamos o ferryboat pra alcançar uns galpões desativados ao norte da cidade. O décor foi feito num clima de circo decadente, que misturado com os muitos moicanos, dreadlocks e outras extravagâncias visuais da parte do público e às várias estruturas metálicas de aparência indecifrável espalhadas pelo campo, dava a tudo um ar de quermesse cyberpunk, ou algo saído da cabeça de Luc Besson. Jeunet, talvez.
As instalações e performances seguem a linha do Fura, com fogo, água, gritos e barulhos e trilha sonora industrial. Evidentemente, um sucesso. Gostei do trabalho de um grupo alemão chamado Dead Chickens, que montou duas vitrines. Uma apresentava uma criatura robotizada com três cabeças, que canta. A outra mostra um quarto de criança coberto de lixo e povoado por criaturas disformes, monstros que gritam e crianças-zumbi de olhos mortos.
Outro favorito nosso foi o contêiner "Cell", de Miles van Dorssen, que acaba virando um instrumento de percussão (e repercussão) ao ser espancado por pistões pneumáticos segundo um MIDI.
Ainda vimos um show do Clitoscratch, uma banda francesa que acaba soando como um crossover de Madness com Louise Attaque, e um dos The Anomalys, um duo punk (é, um duo), num palco que era um brinquedo de carrinhos bate-bate de parque de diversões.
Fechamos a noite vendo uma apresentação do Eluxifer e Pazzina, uma performance circense-teatral-trash. É, circo punk, eu falei.
September 25, 2005
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