September 21, 2006

Acordamos meio atordoados e fomos tomar brunch no Hannibal, em Kreuzberg. Lugar tranquilo e relax, bem na frente da Görlitzer Bahnhof. O bufê era ótimo, com queijos, pães, saladas, frios, salmão defumado, uma sopa de batata incrível, ovos mexidos, bacon, linguicinhas, torta de maçã, etc. Tudo reposto rapidinho, por módicos 8 euros.

(brunch de domingo é meio uma instituição em Berlim, pelo que entendi. Quase todos os lugares oferecem suas variações, por preços que vão de 5 a 10 euros em média, e as pessoas ficam lounging, comendo e bebendo até as quatro da tarde. Esse Hannibal eu encontrei recomendado no TripAdvisor e reservei pela internet mesmo)

Chegamos ao meio-dia e saímos rolando às duas da tarde. Fomos andando pelo bairro seguindo a linha do trem, até chegar na Warchauer Str. Subimos até a East Side Gallery, o maior pedaço remanescente do Muro, que eu considero uma das coisas mais dubiamente legais de Berlim. Paramos na Ostbahnhof pra descansar, passamos na feirinha de tranqueiras atrás da estação e fomos pra Alexanderplatz.

Rodeamos a Fehrnsehturm, e ficamos bebendo num café na frente. Céu azul, brisa, ficamos lá uma hora. Depois resolvemos ver o Portão de Brandenburgo antes que escurecesse, e no caminho demos de cara com o Holocaust Denkmal, um monumento sinistro/angustiante/curioso. Blocos de concreto alinhados como túmulos num cemitério, que vão ficando mais e mais altos no centro da instalação, dando uma sensação horrível de aprisionamento.



Tiramos fotos no Brandenburger Tor, demos uma caminhada pela Unter den Linden, comemos uma currywurst e paramos pra mais uma Berliner.

Voltamos ao hotel pra tomar um banho e saímos de novo pra jantar. Em dúvida, fomos para a Oranienburger Str., uma rua apinhada de bares e restaurantes em Mitte. Apesar do agito, não tinha nada que nos agradasse e acabamos comendo num italiano/turco mesmo (tipo os que tem aqui). Razoável, nada de memorável, mas barato (aliás, o custo de vida em Berlim é algo mais barato que em Amsterdam e no resto da Alemanha). Passamos no Café Zapata, um squat transformado em clube/bar, mas o som que estava rolando me espantou rapidinho, hahaha. Mais legal parecia o bar ao ar livre no pátio de trás do squat, mas estava todo mundo cansado e acabamos voltando pro hotel. Nessas horas é que eu odeio estar ficando velha. Se fosse há quinze anos eu ia adorar ter ficado bebendo no meio do entulho de um prédio em ruínas. Hoje eu não troco uma noite de sono por nada.

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