O fim de semana foi de lua cheia, e por isso mesmo escolhido para a Gong UnConventional Gathering 2006 - uma maratona de 3 dias de bandas relacionadas ao Gong, das 4 da tarde às 3 da manhã. Hippies de toda parte, especialmente ingleses e franceses, lotaram o Melkweg em meio a projeções de luz psicodélicas, incensos indianos e claro, muito THC.
Seguir a maratona mesmo é coisa para fãs hardcore. Akira e eu fomos só ao primeiro dia, ver a performance da incrível Glissando Orchestra, da qual participa o grande Fabio Golfetti, do Violeta de Outono. Todos os guitarristas do evento num palco, tirando - ah vá! - glissandos de seus instrumentos, num evento único mesmo. Pra vocês terem uma idéia, um minutinho do show aqui :
Foi uma das coisas mais interessantes que vi nos últimos tempos. E mais interessante ainda pelo Gong ser uma banda criada em 1970, com o malucão Daevid Allen, do alto dos seus 68 anos, participando de todos os shows e ainda criando momentos como esse. O que só me faz ficar mais e mais inconformada com a falta de criatividade e originalidade na música hoje em dia. Na verdade, falta de genialidade, ousadia, sei lá. Quem hoje faz coisas como o Zappa, ou Pere Ubu, ou o James Chance/James White, ou o Kraftwerk (isso pra ficar só no rock)? Tô aqui gastando o cérebro, e a única ocorrência digna me parece ser a Björk. O resto é coisa pra vender disco. Se alguém lembrar de alguma coisa, comenta aí. Eu preciso recuperar a fé na humanidade.
Depois, a atração foi a Acid Mothers Gong, uma derivação dos japoneses psicodélicos do Acid Mother Temple, liderados pelo cabeludão Kawabata Makoto. Barulheira das boas, destruíram o Melkweg. Como eu digo, sempre se pode confiar nos japas.
November 06, 2006
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