April 11, 2007

A moda de aproveitar a noite de terça-feira como cineclube nos bares e clubes chegou aqui, de preferência mostrando filmes de horror e raridades Z. Adoro! Em Amsterdam o correspondente é o De Nieuwe Anita, que segue o mesmo modelo : público intelectual/descolado, decoração "sala de estar", etc, etc. Em São Paulo, o Astronete parece ter um acervo fantástico para exibir e o CB abre o espaço para curtas-metragens, mas o mais pitoresco de todos é o Bar do Museu. Num prédio comercial entre o Copan e o Edifício Itália, onde você tem de se registrar na portaria para acessar a sobreloja e só pode entrar até as 21h. O bar é um pedaço de décadas passadas preservado, da mobília sóbria e coisas como "drink de vinho" no cardápio ao barman, um senhor de cabelos grisalhos e modos discretos. O filme do Cineclubinho é exibido numa TV grande, posicionada perto da entrada. Na terça retrasada, assisti ao documentário "Botinada! A Origem do Punk no Brasil", do Gastão Moreira. Coincidência felicíssima, já que esse é um dos filmes que eu queria MUITO ver (e é ótimo - um grande trabalho de pesquisa associado a depoimentos de boa parte de quem fez essa época. Quase um "Please Kill Me" brazuca). Além do clima legal, ainda rolou uma pipoca básica pra todos. Genial.

4 comments:

Anonymous said...

hahahaha adorei! assino embaixo.

Anonymous said...

o comment acima era pro post da Vila Olimpia, sorry.

Joaollourenco said...

Botinada é muito bom, tive a sensação de faltar algumas coisas, mas imagino a dificuldade de conseguir o material. Dá uma saudade de algo que é meio difícil explicar, não é da época, é de algo que existia dentro da gente, que hoje existe de um jeito diferente. Ou mesmo ver nos relatos e nos olhos de alguns personagens, aquele olhar meio. confuso, o rosto convoca todas as emoções possíveis para se expressarem e todos os musculos se confundem criando aquela expressão que bate forte.
Acho que é a saudade da ingenuidade, e saber que um dia acreditamos em algo e era tão bom.

Annix said...

É isso mesmo, João...saudade da ingenuidade. Era legal.