Pra quem não sabe (e, pra falar a verdade, ninguém tem obrigação de saber o que acontece aqui no pântano), o Theo Van Gogh foi um cineasta indie e polêmico que foi assassinado por um muçulmano (aqui do lado de casa, aliás), basicamente por sua visão sobre o islamismo e um filme sobre o assunto. Mas a importância real da morte dele foi suscitar uma discussão que os holandeses tentaram abafar por anos - a da imigração, especialmente a marroquina. Como disse um colega holandês da universidade, foi a desculpa perfeita para os holandeses poderem abertamente dizer o que sempre quiseram mas não podiam, por conta da fama de tolerantes/não-discriminadores : "fora marroquinos". Desde então, as relações e questões de imigração têm gradativamente alcançado tensões excruciantes, com partidos de direita fazendo propostas segregacionistas absurdas e clamores de racismo por parte do outro lado. Logo, logo, vai ter quebra-quebra por estes lados também, aguardem.
4 comments:
Eu particularmente achava o Theo van Gogh meio nojento... todo aquele álcool, todos aqueles cigarros, toda aquela gordura, todos aqueles clichés... meio baixo nível, meio bagaceiro. Mas uma coisa é certa, vivo ou morto, ele pôs a Holanda em fogo... não sei ainda se pra bem ou pro mal, isto só a História dirá. Eu devo dizer que no meu caso, sendo estrangeiro e gay, a minha posição é um tanto ambígua... por um lado me sinto incomodado pelas grosserias generalizantes feitas em relação aos imigrantes; por outro lado, acho SIM que o excesso de muçulmanos põe os avanços da civilização ocidental em risco, e que isto deveria ser de alguma forma conrolado. Eu me sinto ameaçado por eles, infelizmente.
Nossa! Mas até por aí. Pelo visto, a fama de tolerantes dos holandeses, é só fama mesmo. O que me deixa triste... Seria tão bom existir um lugar no planeta que realmente houve tolerância pelas diferenças...
Que coisa!
Beijos e namarië.
modéstia à parte, morando há 13 anos na Holanda e vendo este conflito crescer descontroladamente, já poderia ter escrito há tempos sobre isso no meu blog, mas prefiro nem começar. até porque, vivo em um bairro cercada de muçulmanos por todo lado e conheço o problema de perto (bem mais perto do que gostaria, admito).
Ontem vi o Manhattan Connection e lembrei docê porque teve uma matéria sobre a Ayaan Hirsi Ali, que, dizem, é a próxima na lista negra dos muçulmanos pelaí. E o Ricardo falou que esteve na Holanda e sobre o assassinato do Theo Van Gogh, etc, etc.
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