Nem todos têm o privilégio de nascer numa família estruturada e harmoniosa, que sirva de abrigo para os problemas que nos afligem. Mais provável é que a família SEJA o problema, ou parte dele.
Que fazer, nesse caso? Ora, sair por esse mundo e montar a sua própria, os amigos e amores que encontramos pela vida e que nos completam.
O quê? Você acha que ninguém completa ninguém e todo mundo pode viver bem sozinho? É possível, mas não é o que diz Claude Berri com seu "Ensemble, C'est Tout". Baseado num romance, é um filme bonitinho fincado na premissa de que todo mundo precisa de alguém. E que mesmo as pessoas mais díspares podem conviver bem, contanto que haja respeito e uma dose de generosidade recíprocos. Camille é artista, problemática, levemente offbeat, trabalha como faxineira e tem uma mãe reprovadora. Philibert é tímido, gago, gentil e carrega o peso de uma família aristocrática nas costas. Franck é grosso, estourado, mulherengo e tem de dividir o tempo entre a avó doente e o trabalho na cozinha de um restaurante. E todos muito, muito solitários.
Lugar-comum? É, mas colocando uma atriz queridíssima do público, um sociétaire da Comédie Française e um ator charmoso e sedutor nesses papéis, dirigidos por um diretor nada excepcional mas competente, e pronto : um entretenimento leve, na profundidade exata para quem não quer pensar muito em seus problemas mas se identificar e sair com um certo otimismo e esperança de que sim, tudo pode dar certo no final.
July 31, 2007
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1 comment:
pois eu vou assistir correndo, ainda mais depois de ver esta foto aí de cima, hehehe ;-)
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