October 29, 2010

Saiu "Exit Through the Gift Shop" pra baixar há umas semanas, mas quis esperar pra ver no cinema. E saí boquiaberta com tanta genialidade. Se é documentário ou ficção, se Banksy é uma pessoa ou um coletivo, se Thierry Guetta existe ou não - nada disso importa. O que vale é o grande questionamento sobre a arte - seu valor, natureza, mercado, função - o papel da mídia e a necessidade desenfreada de novidades, tudo de maneira sutil e absolutamente brilhante.

Com a desculpa de ser um documentário baseado nas imagens de street art coletadas compulsivamente por um francês excêntrico em várias partes do mundo, o filme acompanha figuras-chave como Shepard Fairey, Space Invader e o próprio Banksy. Até que a mesa vira, e de repente o francês excêntrico se torna o foco das atenções, passando a produzir arte ao invés de só registrá-la - e daí entram os questionamentos, conduzidos pelo filme de maneira tão natural que a gente não consegue evitar o sorriso de satisfação.

Se Banksy for de fato uma só pessoa, é com ele que eu queria casar. Além do seu trabalho ser incrível, relevante e engajado, ainda conseguiu tirar um grande sarro do mundo da arte - com tanta eficiência e alcance quanto Andy Warhol e com mais sofisticação do que Damien Hirst. Bravo.

1 comment:

lisa said...

assisti. do caralho mesmo.
brigada pela dica.
bjs,
lisa