September 01, 2011

Aaaagh. E eu achei que fosse ter um certo tempo depois de voltar de viagem, o suficiente pra postar as coisas atrasadas, ler os feeds, arrumar o armário, essas coisas. Nada, passei as últimas duas semanas trabalhando, resolvendo pepinos variados, e a minha mala ainda tá lá, intacta, como veio de SP.

Mas tranquilo, não posso reclamar de absolutamente nada.

Fui ao cinema umas vezes, mas sinto que foi mais pela vontade de comer pipoca do que pelo filme em si. "Super 8" eu sabia que não ia achar nada, "Final Destination 5" foi divertido. Adorei "L'Arnacoeur", porque o Romain Duris continua sujinho, mas com a idade ele ficou bem interessante (mentira, o filme é uma delícia por si só), e "Pulsar" é ruim, mas tem uma ideia interessante. Não duvido que pinte uma versão Hollywood alguma hora.

Vi o Capitão América e o último Harry Potter em SP. Assim como "Melancholia", que concorre seriamente a engodo do ano. E olha que eu gosto do Von Trier. Mas não dá, me pareceu um desespero tremendo de tentar criar um filme hermético-simbólico-filosófico, mas foi um clichê atrás do outro. Fora a Kirsten Dunst, que ainda só tem duas expressões. Poor Charlotte.

Uma das boas surpresas em SP foi ver o "Malditos Cartunistas" na Matilha Cultural. Documentário básico e bem feito, reunindo quase todos os artistas relevantes de hoje e levantando questões bacanas (como a falta de mulheres brasileiras na profissão). Quem não viu, corre atrás que é essencial.

Por sorte, peguei uma apresentação do Corpo. Desde que vim pra cá, não consegui mais assistir a nenhum espetáculo deles - porque eles vão pra França, mas não pra Holanda, e as temporadas brasileiras são sempre em agosto. Enfim, fiquei empolgadíssima pra ver a coreografia nova, "Sem Mim".
A primeira parte foi uma peça já conhecida, "Corpo", com trilha do Arnaldo. Excelente, como tudo que o Corpo tem de melhor - criatividade, técnica, ousadia.
Depois, veio a "Sem Mim". Eu devo dizer que, em quase 15 anos acompanhando o grupo, foi a primeira vez que tive dificuldade de manter os olhos abertos. Que tédio. Era um outro grupo, praticamente. Coreografia sem inspiração, trilha desconjuntada. O conceito era incrível (as cantigas de amigo do século XIII), e os figurinos sensacionais, como sempre. Mas foi só. Nada, nenhum momento de arrebatamento, beleza. Enfim, foi FUÉN.

Saí muito pouco desta vez, por causa de uma gripe pesada. Fiquei de cama, sem voz por uma semana. A vantagem é que, perto da família e dos amigos, mesmo ficar doente não é tão ruim assim. There's no place like home.

2 comments:

Beth Blue said...

Estivemos no Brasil na mesma epoca, voltei ha 9 dias e ainda estou de ressaca emocional. Foi bom demais!

Annix said...

eu vi :)