June 30, 2002

Vou trabalhar. Volto já.

Ha! Engole a língua, Pelé!

É legal conversar com a Dri. Ela lembra dos sapatos da Zeppelin. Ela lembra da Comics. Ela lembra do basement do Columbia. Ela lembra do Rose Bombom.

E um dos meus amigos disse que preferia "tequinêra". Eu surtei. Eu surto toda vez que alguém diz "tequinêra". Arrisquei perder o amigo, mas falar "tequinêra" não dá. Coisa de mauricinho brega se fazendo de moderrrno (looooooooonge). Dói. It makes me cringe.

Fui no tal Conexion Caribe. O bar é instalado numa casa velha da Vila Madalena, com uma varanda muito interessante - que acabamos monopolizando - e uma discotecagem de música latina boa, com derrapagens. Eu tocaria mais coisas velha guarda cubana, como Irakere e Los Van Van. Mas tá bom, rolou "Mi Tierra" da Gloria Estefan, que eu acho um puta disco. De qualquer jeito, eu prefiro conversar a dançar, então ça m'est egal. Ups. Quero dizer, me da igual.

Achei ótimo o site da Fnac. Comprei dois CDs e dois livros por um bom preço e ainda por cima recebi a encomenda dois dias após o pedido. Zás!

"Don't Worry About Me", do Joey Ramone e "Joy Division : The BBC Sessions". "How to be Good" do Nick Hornby (finally!) e "American Gods", do Neil Gaiman. Yay.

June 28, 2002

O lado ruim de trabalhar num emprego convencional é não poder usar o cabelo da cor que se quer. Saudades do meu cabelo azul de tantos anos atrás. Agora ele se contenta em ser preto azulado. Oh well. Isso deve ser a maturidade.

Fui jantar com minha amiga Denise. Ela lembrou o fato de nos conhecermos há dez anos. Acho que não nos víamos há uns três, pelo menos - e hoje conversamos como se estivéssemos retomando um papo interrompido anteontem. Tenho poucos amigos assim. Never mind the fact de que ela tem 61 anos, e eu 31. Cara, ela tem a idade da minha mãe. E é a pessoa mais diferente da minha mãe que poderia existir. Bizarro.

June 27, 2002

Aliááás, detalhe que eu não sabia. O diretor é o mesmo de "Crying Freeman". Outro filme de que eu gostei. Outro filme com o Dacascos.

Por sinal, a besta é obra do Jim Henson's Creature Shop.

Tem gente que não gostou do "Le Pacte des Loups" porque achou inviável a presença de um índio norte-americano, uma besta "sobrenatural" e revolução francesa todos no mesmo filme. E eu digo, que tédio seria se só se criassem histórias viáveis.

Vocês já tentaram dar remédio na boquinha de um gato? E de cinco gatos? Pois é.

June 26, 2002

Toda segunda, enquanto meu pai passa pela aplicação dos remédios, eu fico na sala de espera lendo. Geralmente eu não vejo nada do que acontece na sala, mas não pude deixar de notar os vários pés que passam na minha frente em direção à máquina de café. Os femininos são todos horríveis, cheios de veias saltadas e vestidos nos indefectíveis sapatos chiques de salto e bico fino. Me sinto desconfortável por eles, pobres pés.

Hehe. Agora meu blog pode cantar "call me morbid, call me pale..."

Eu não devia ter colocado o Extreme Honey no CD player. Agora ele não sai mais.

June 25, 2002

Escrevo mais sobre o filme depois. Ainda tô chapada.

Assistam a "Le Pacte des Loups". Essa megaprodução francesa tem uma história empolgante, cenas de luta fantásticas, figurino e fotografia caprichadíssimos - e se não bastasse tudo isso, ainda tem a presença do casal vingt : Vincent Cassel e Monica Bellucci. Sem contar o silencioso Mark Dacascos...

Gatos falam. Tá, só descobriram agora, fofas?

June 24, 2002

"Extreme Honey: The Best Of The Warner Bros. Years" do Costello consegue ser um dos únicos CDs que ouço de cabo a rabo e me deixa feliz a cada faixa. É um fantástico resumão de um período da extensa discografia do velho MacManus, entre 89 e 96. Acho que se eu pudesse levar um só CD comigo ao morrer, seria este.

June 23, 2002

Ontem vi uma garota assistindo a imagens da Parada do Gay Pride ou algo parecido na TV e fiquei ouvindo os comentários. "Credo" e "Que nojo" foram os mais brandos. Não acreditei nos meus ouvidos. Mas enfim, era a mesma pessoa que achava engraçado ver atormentarem o travesti da cidade do interior em que ela morava.
Eu fico triste e chocada ao ver uma pessoa de 19 anos no século 21 tão preconceituosa. Será que todo mundo que julga tão rapidamente os outros se olha todo dia no espelho? Live and let live.

Hoje é um dia pra ouvir Elvis Costello. Definitely.

Londinium.

E a coisa boa da Copa foi ofuscar totalmente as Festas Juninas. A coisa ruim é que os fogos continuam.

E eu fico puta da vida mesmo com quem COMPRA animais de estimação em vez de adotar um dos milhares de bichinhos abandonados que existem por aí. Ah, o dinheiro é seu e você usa como bem entender? Concordo, mas lembre-se de que os animais de raça sofrem horrores na mão da maioria dos criadores. Além de serem tratados como mercadoria inanimada, ainda têm de se submeter a "aperfeiçoamentos" como aquele focinho achatado horrível dos gatos persas de exposição, que mal permite que eles bebam água sem se afogar. Ou a doenças congênitas e defeitos causados pelo excessivo cruzamento entre membros da mesma família, em prol do pedigree e das qualidades que alguém determinou que são as desejáveis num animal. E isso tudo porque tem gente que paga e muito por eles. Pra que estimular esse comércio de seres vivos?

Enquanto isso, gatinhos e cachorrinhos sem dono e perfeitamente adotáveis por aí são massacrados, maltratados, passam fome e sede...have a heart.

Quem tem pedigree é a Família Real da Inglaterra. E nenhum deles é flor que se cheire.

Não ouvi Shelter não. Em compensação lembrei que "Starman" e "Soul Love" do Bowie levantam os pêlos da minha nuca.

June 22, 2002

Hahahahahaha, eu seria uma péssima bibliotecária.

Aliás, minha irmã quer arrumar meus CDs em ordem alfabética. No way. E acabar com a alegre convivência caótica entre eles?
Pensando bem, nem é tão caótica assim. Veja bem, a maioria dos CDs está empilhada. Os CDs que eu mais escuto estão no alto das pilhas. Pronto. Logicamente, os que eu escuto menos estão no bottom end. Portanto, se eu quiser pegar algo que não ouço faz tempo, é só ir direto ao fundo. E, bem, se eu quiser continuar escutando meus top 5, eles estão lá, à mão. O que também possibilita a mobilidade democrática dos CDs. Imagine um Ash ficar eternamente no começo da prateleira, um Yo La Tengo no final. Que tédio. E o Brian Wilson, fica no B ou no W?

Além disso, se eu me conheço, essa arrumação não ia durar uma semana.

Acho que vou ouvir Shelter hoje. Parte da campanha "Faça um CD abandonado feliz".

Aliás, abandonado mesmo. Putz, 1995.

Estamos no Mundo Bizarro e não me contaram? A Coréia ganhou da Espanha e a Turquia bateu o Senegal?

Céus. Isso porque não assisti a UM jogo sequer nessa Copa. Estou perdendo momentos históricos.

Bom, eu tinha mudado as cores do template mas ficou uma salada. Felizmente consegui voltar ao que era.

Mental note to self : não mexer no template com sono E na TPM.

Agora é tarde, hee hee.

Eu devia estar dormindo e não avacalhando meu próprio blog.

Quando a sogra que te odeia elogia teu cabelo, está na hora de cortá-lo.

Omigod. Coloquei mais um banner aí. Os sintomas estão começando a aparecer.

June 21, 2002

Alguém avisa o Pelé que o tempo dele já passou? Obrigada.

Tô vendo um "Newsradio" onde a Beth tem uma doppelganger from hell. Arrepios. É, eu também tive uma doppelganger. Ela copiava tanto tudo que eu fazia, vestia, ouvia, falava que me dava medo. E claro, não fui a única a perceber. Me afastei e acho que o problema acabou - que eu saiba. Também tento evitar que ela tenha notícias de mim. Eu tinha vontade de gritar "Geez, get a fucking life!", mas provavelmente tudo que eu ia conseguir seria que ela repetisse a mesma frase pra alguém.

E pára tudo. Hoje o noticiário foi uma sucessão tão dramática de acontecimentos ruins que eu penso : o que ainda estou fazendo aqui? Caraca, Medellín é aqui.

Hoje vi na rua um cara que me lembrou um professor de inglês que eu tive, há muitos e muitos anos. Não lembro o nome dele, William ou Wilson, mas lembro que eu tinha HORROR a ele. Não sei de onde veio, mas um dia eu olhei pra cara dele e fui tomada de uma aversão tão, tão grande que me fez evitar olhar pra ele durante todo o curso. Coitado, hoje eu fico imaginando se ele sentia aquele hatred tão gratuito e que veio mesmo do nada. Espero que não. Ele era magrinho, pálido, meio efeminado, pele ruim. Mas nada que justificasse essa insanidade minha. Coisa de quem tinha 14 anos. Quero dizer, não que todo mundo que tenha 14 anos seja acometido de horror pelo professor de inglês sem mais nem menos, mas...ah, você entendeu, vá.

June 20, 2002

"Less than Zero" é melhor. Stick to it.

"Glamorama", do Bret Easton Ellis, foi uma perda de tempo em 482 páginas. Não é à toa que o comprei por US$ 3,98.

Chique mesmo são as chinesas de Hong Kong. Vide a Maggie Cheung.



Ah, got the picture here.

Além disso, as japonesas do Japão mesmo são um luxo, moderninhas e hip. Mas note bem : do Japão. As descendentes não têm o mesmo estilo, especialmente no Brasil, onde elas pendem mais para patricinhas. Quando têm sorte.
As coreanas, aqui e lá, já são patricinhas mesmo, conservadoras e arrumadinhas. Parece que agora acordaram um pouco pra vida e estão começando a usar cores diferentes no cabelo - mas naquele esquema "transgressão permitida". Coisa mais sem graça. Mesma coisa das adolescentes de agora (brasileiras inclusive!), que fazem um piercing no umbigo e uma micro-tatuagem em algum lugar inócuo e saem bradando "Eu sou rebelde! Eu tenho piercing e tattoo!"

Ainda bem que eu sou exceção, hee hee.

Aliás, os coreanos e seus descendentes poderiam ficar mais espertinhos como os vizinhos. A Copa pode ser um começo. Afinal, temos o Pizzicato Five, Shonen Knife, Cornelius e Cibo Matto do lado do Japão. Na literatura contemporânea, o grande Haruki Murakami e a gracinha da Banana Yoshimoto. O Beat Takeshi defende o cinema em grande estilo, já que o mestre Kurosawa se foi. Na moda, o cabeludo esquisito mas brilhante Kenzo e a chiquéerrima Rei Kawakubo.

Pô. A Coréia ainda está na pré-história do ponto de vista da "participação cultural global". E eu juro, se eu afirmo isso é porque eu procurei. E tudo que achei foram tentativas mal-sucedidas de reproduzir modernismos ocidentais com dez anos de atraso. A música se resume a boy and girl bands, ou cantoras patricinhas. A única música pop coreana de que eu já gostei foi "True Love", de uma dupla chamada Turbo (!), justamente porque era tão trash que era legal. Literatura feita por Korean-Americans, já li um monte. Extremamente fracos, não merecem nem menção. Cinema, talvez comece a engatar agora, com esse prêmio em Cannes. Mas pelos filmes que já vi, não sei não. E moda, só se for no Bom Retiro, de onde a coreanada sai pra Paris e Milão todo ano, fotografa tudo e faz a versão "made in ZePa". Acho que quando pararem de querer imitar o mundo ocidental e assumirem as raízes isso melhora. Espero.

A trilha de hoje foi Shonen Knife. Diversão em 16 faixas.

June 19, 2002

Faz tanto tempo que não assisto à Sony que descobri estar completamente desatualizada. Como é que é? A Donna e o Eric não estão mais juntos? A Donna tá namorando o irmão do Kelso (que aliás é o Luke Wilson, legal)?? Que novelón. Mesmo assim, "That 70's Show" deve ser uma das séries mais engraçadas que existem.

Não adianta - o Joey é a melhor coisa de "Friends". Se acontecer mesmo o spin-off pra uma série só dele eu assisto com todo o prazer. Os outros personagens conseguiram ficar tão, mas tããão chatos que eu achei que estava assistindo a alguma outra série por engano ontem.

O que eu mais gosto de ouvir são relatos da primeira viagem da vida de alguém. São mais cheios de detalhes, de emoções, sei lá. Viajantes calejados são chatos: been there, done that.

Eu gosto muito das pessoas com quem eu trabalho. Mas algumas delas são, digamos, overachievers, e sinto que rola uma competiçãozinha pra ver quem consegue viajar com mais frequência e conhecer mais lugares exóticos. Eu acho ótimo, o pessoal tem mais é que aproveitar mesmo pra viajar muito - mas sem neurinhas. Não aguento mais invejinhas rolando pra cá e pra lá.

Eu PRECISO ver "Le Pacte des Loups". Mas quem disse que eu tenho tempo? Sometimes I
wonder how many more pieces I'll have to split myself into...

Tem um lado bom em ter ficado sem ouvir meus CD por tanto tempo - agora estou "redescobrindo" várias coisas interessantes que eu tinha e não lembrava. Sim, porque como com quase tudo, há CDs que eu ouço incontáveis vezes, até cansar. Aí eles vão pro fundo da pilha e esqueço deles.
Pô. Bettie Serveert. Sleeper. Joan Jett. Como pude abandonar esses CDzinhos? Vou levá-los pra passear comigo, pra ver se eles me perdoam.

June 18, 2002



Dae-han Minguk!

Li de uma só vez o "Sputnik Sweetheart", do Haruki Murakami. O livro em si não é tanto ("Norwegian Wood" é muito superior), mas o Murakami É inegavelmente bom. É daqueles escritores que conseguem contar histórias simples de um jeito tão fascinante e envolvente que todos os livros acabam se tornando page-turners.

June 17, 2002

Eu tenho uma gata mal-humorada que grunhe, um gato que dorme abraçado comigo, outro que dá banho no edredom com a língua, uma gatinha que entra debaixo do cobertor sozinha e um que sobe nas minhas costas e lambe o meu perfume. Como diz o Gato-mor, gatos são diversão garantida.

Não achei meu CD do Bowie. Fui ouvindo a trilha das Powerpuff Girls mesmo.

E eu tenho que falar da experiência mais disgusting que já tive : comer um sanduíche do Bob's. Sério, como eles podem fazer um milk-shake tão bom e hambúrgueres tão ruins? Hoje pedi um double cheeseburger com ovo e quis me matar depois da segunda mordida. Não consegui encarar até o final. EU não consegui encarar até o final - mesmo não tendo jantado ontem. Isto é grave.
Quem me conhece sabe que eu não sou picky com comida, nem um pouco - adoro botecar e coisas trash, mas hambúrguer do Bob's não dá. É tão ruim que dá nojo. Ugh. O do Habib's é melhor. O da lanchonete da esquina é melhor. O da Am-Pm então nem se fala.

Mas claro que estamos falando da categoria "bons hambúrgueres ruins". No topo da categoria "bons hambúrgueres ponto" tá o Fifties, imbatível.

June 16, 2002

Fui ouvindo meu "Heroes and Villains" hoje. É tão legal que já deixei no carro planejando tocá-lo no repeat incessantemente pelos próximos dias. O problema é que acabei de assistir de novo a "Velvet Goldmine" e veio uma vontade doente de ouvir Bowie Stardust. Mas não sei onde está o CD, damn.

June 15, 2002

E já é época de cerejas. E não comi NENHUMA!

E na Fnac tinha a caixa de DVDs da Marilyn. Tinha a caixa do Absolutely Fabulous. Tinha o CD novo do Bowie, "Heathen". Só eu que não tinha euros.

Bom, então foi o seguinte : cheguei sábado em Paris e já fui andar. Descemos a Fbg St Denis inteira, a idéia era St. Michel e Les Halles, de repente ir ao cinema. Tomamos Fanta Orange no Luxembourg, almoçamos no Crêpes à Go Go. Mas a noite não-dormida dos dois clamou seu preço e antes de anoitecer (dez da noite) já estávamos podrinhos, enrolados no cobertor e assistindo DVD mesmo. Domingo pensamos em ir a Provins, uma cidade medieval a 45 minutos de Paris, mas os franceses da SNCF estavam praticando seu esporte nacional preferido, a greve. Sem contar que não conseguimos acordar antes das onze da manhã. Acabamos indo ao Musée de l'Armée, que foi bem interessante. Dormimos cedo pra ir à Disney no dia seguinte.
Segunda caímos da cama e pegamos o velho RER A pra Marne-la-Vallée, conhecer o Disney Studios. É legalzinho, poucas atrações excitantes, mas é inegavelmente Disney. Dá pra ver tudo perfeitamente em algumas horas, o que ainda permite aproveitar o bônus de poder ir pra Disneyland a partir das 17h. Ah, a Rock and Roller Coaster, uma montanha-russa no escuro, com luzes e trilha sonora de Aerosmith é muito bacana. E o Armaggedon, que reproduz alguns efeitos especiais do filme, também merece uma visitinha. Mas é só. Ops, esqueci do Tram. E do Moteurs Action, um show de stunts com carros, genial. E do Cinémagique, uma bela homenagem ao cinema. Hm, tá, então não era não.
Na Disneyland fizemos o nosso roteirinho hit de sempre - Haunted Manor, Space Mountain, Pirates of the Caribbean. Agora preciso ficar uns 3 anos longe de lá pra voltar a ter graça. Bem, de volta a Paris fomos jantar no indiano. Yum.
Terça foi o dia das compras. Shop 'til you drop. Pra depois jantar só um grec frites. Quarta acordei, fui na mercearia indiana comprar uns temperos, passei na boulangerie pra comprar baguette, croissant e pain au chocolat e tomamos chá da manhã. Fomos a pé da Champs Elysées até St. Michel, paramos na Fnac, descobrimos que se não tem Starbucks, a gente caça com Columbus Café. Achamos um restaurante japonês gostoso perto do Luxembourg, passamos pelo Carrossel do Louvre pra comprar livros. Resumindo, foi tudo.

June 14, 2002

Eu não acredito que estão me enchendo o saco por causa de algo que eu não disse.

Mas eu tenho que falar : só a gente morrendo de rir da cara dos franceses no dia em que eles caíram fora da Copa. Isso porque a gente nem assistiu ao jogo. E depois, olhando pilhas de DVDs e VHSs sobre a seleção francesa nas lojas, tudo o que pude pensar foi "olha o que vai pro saldão amanhã".

Tô com muito sono. Quem inventou esse vôo que sai às dez da manhã, e portanto faz a gente acordar às sete é um sádico. E sete da manhã em Paris. São.Duas. Da. Manhã. Aqui. Ou seja, tô há vinte e quatro horas acordada?

Uf. E ainda vim postar aqui. Viciada.

E ainda tô olhando pros livrinhos que trouxe : "All Families Are Psychotic", Douglas Coupland. "Shanghai Baby", Wei Hui. "Sputnik Sweetheart", Haruki Murakami.

Não. Tenho que dormir.

June 07, 2002

Meu trabalho é bom. Pena que ganho pouco. Se não fosse isso poderia considerar seriamente a possibilidade de ficar nele até os gatinhos ficarem velhinhos.

Haaaaaaaaaaaa! Tá passando "Ghost World" em Paris! Haaaaaaaaaaaaaaaaa!

Que bom. Achei meu passaporte. Exatamente onde eu o joguei quando voltei mês passado.



Snif. Tchau, Dee Dee. Pelo menos o Joey vai ter companhia.

Eu não podia ter ido pro trabalho ouvindo Stereolab. Cheguei molinha.

Ha! Quero só ver o que l'arrogance française vai arranjar como desculpa pra esse zero a zero...:)

June 06, 2002

O CD do Cornershop é muito bom. A partir da quarta música.

"Sidewalks of New York" do Edward Burns é um Woody Allen teen. Não, twentysomething. E o Ed Burns é o filho do Woody com o Walter Salles Jr.

Minha mãe me contou que sempre que fica doente, ela sonha com elefantes. Eu tenho sonhos recorrentes com escadas, que subo e subo escadas, sempre subindo e nunca descendo. Já sonhei que precisava ligar urgentemente pra alguém e acordei com a pessoa telefonando. Já tive um sonho lúcido, onde eu bebia um copo de líquido roxo, e sabendo que era um sonho tentei perceber ao máximo as sensações. E me digam, de onde vem tudo isso?

June 05, 2002

Uuh! Assisti a "Love and Sex", com a Famke Janssen e o Jon Favreau. História bonitinha, meio aspirante a "When Harry Met Sally", mas bonitinha. E é isso aí - se você encontrar o homem ideal, agarre-o logo.

Chuif. Viagens. I want my life back.

Tá, essa frase é um despropósito, porque hoje viajo uma vez por mês pra Europa, contra uma ou duas vezes por ano antigamente. Mas antes eu tinha mais tempo para ficar nos lugares aonde ia. Sei lá. Ou talvez hoje eu tenha uma obrigação de voltar pra um emprego que espera por mim back home. Essa coisa de raízes não combina muito comigo. Nisso eu sou como meu pai, viveria muito bem seis meses em cada lugar do mundo.

Tive uma reunião de manhã. Fazia tempo que não tinha que sair de casa cedo. Olhei aquele dia lindo e desejei estar na Austrália. Não sei porque, mas desconfio - eu só acordo cedo e vejo a luz das primeiras horas quando estou viajando. E os lugares que associo a dias de sol e céu azul são a Austrália e Cuba. Eu lembro do dia que cheguei a Bondi Beach - foi a primeira vez que desejei morar numa cidade de praia. Primeira e única, diga-se de passagem.

Tá, então eu enlouqueci e comprei quatro CDs de uma vez. Pode não ser nada perto dos 50 que eu comprei numa viagem, mas pra quem estava de jejum há tanto tempo quanto eu, tá bom. E foram o novo do Cornershop, "Handcream for a Generation", o novo do Elvis Costello, "When I Was Cruel", e dois mais velhinhos : "Sounddust" do Stereolab e "Tigermilk" do Belle and Sebastian. Eu sei que B&S me dá sono, mas esse álbum é bonitinho.
Só que o dia foi tão corrido que só deu tempo de ouvir o Costello. Bom, muito bom. Mas preciso ouvir de novo.

June 02, 2002

Mais uma coisa pra me lembrar de que estou ficando velha. A volta da Magazine, do Kid Vinil.

Foi o primeiro show a que assisti. Eu tinha quatorze anos e foi na Pool, sim, sim, eu me lembro. COMO e POR QUE eu fui parar lá é que eu não sei.

Hm, lembrei que odeeeio gente deslumbrada.

Eu acho muito irritante essa coisa de "Eu gosto da coisa tal. Ah, vc nunca ouviu falar da coisa tal? A coisa tal é blablablablabla, ou então clica aqui, seu ignorante!".

Na boa. Que coisa patronizing. Nos blogs que eu tenho lido por aí, um fala sobre dadaísmo, outro sobre Frida Kahlo e por aí vai, como se fossem a coisa MAIS desconhecida do mundo, e só pessoas irrepreensivelmente cultas e brilhantes soubessem do que se trata. Oh.
Tudo bem, eu acho legal que estejam demonstrando conhecimentos além das Xuxas e Paulos Coelhos e Mauricios de Sousa da vida, mas essa atitude "eu conheço, você nãã-ôô!" é infantil. Pra mim, essa mesma pessoa que diz "Como?? Você não conhece a coisa tal??" descobriu a coisa tal ontem. De noite. E correu pro Google fazer um intensivinho básico sobre o assunto. :)

June 01, 2002

Tá, então eu deixei de comprar CDs há tanto tempo que acabei levando um monte de coisas na Americanas. Tchau, dinheiro!

Ontem desenterrei o "Songs to Learn" do Echo, já que desisti de comprar o "Live in Liverpool". Engraçado como algumas músicas ficam datadas. Mas eu gosto de "Seven Seas" anyway.