May 13, 2004

Sábado, acordamos cedo e pegamos o tram para Eminönü, de onde saem os ferries que cruzam o Bósforo. O return ticket custa seis milhões, e o primeiro ferry sai às dez e trinta. Um bando de franceses lotou a parte aberta do barco, mas nós chegamos cedo e sentamos num bom lugar.
O Bósforo é lindo. São várias paradas, alternando entre a parte européia e a asiática.
A última parada, Anadolu Kavagi, é de certa forma um tourist trap, já que o ferry pára bem no horário de almoço e só sai de novo às três da tarde. O jeito é escolher um dos restaurantes à beira do Bósforo (não são caros, por sinal), comer lulas à dorê deliciosas, brincar com os gatinhos and bask in the sun. Hard life.
Na volta, atravessamos a Ponte de Gálata de novo a pé para chegar ao outro lado do Chifre de Ouro, onde ficam Taksim e Beyoglu, os bairros onde as coisas acontecem.

(Pausa para explicação. A velha Istanbul, onde estávamos até agora, é a antiga Constantinopla. O outro lado do Chifre de Ouro, que é um braço do mar, foi um settlement de genoveses chamado Pera, que acabou virando um centro comercial importante e concorrente)

Desse lado da ponte, a rua mais conhecida é a Istiklal Caddesi, pontilhada de lojas, cafés, bares, restaurantes, cinemas e embaixadas (tá, deu um certo receio de andar por lá, mas estamos inteiros). Starbucks, Burger King, Benetton, you name it.
As jovens aqui nem usam a cabeça coberta. Pelo contrário, vi góticas e punks. Várias festas de música eletrônica. E os turcos são um povo muito bonito.
Fomos ao cinema, uma sala pequena e antiga mas com cadeiras confortáveis e som fantástico. Foi uma surpresa. E vimos KB2 no maior sossego (o único problema foram as falas em japonês/chinês da cena da Uma Thurman com o Gordon Liu legendadas em turco, hee hee). E deve ter sido o filme onde a coitada da Uma mais apanhou. E quem está esperando algo como o primeiro, vai se decepcionar. Não deve, porque é bom. Só que o clima muda radicalmente...

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