Terminei de ler "The Oracle Night", do Paul Auster. Achei bem mais ou menos - acho que cansei das fórmulas dele. Personagem escritor residente do Brooklyn, fatos surreais, só egos e alter-egos melancólicos e isolados, "misturo ficção com realidade", etc. A crítica da NYMag achou o termo certo : overintrincate. A história dentro da história dentro da história é até um formato interessante, mas do jeito que foi estruturado - notas de rodapé gigantescas, contando uma história em si, paralela à da página principal - acaba se perdendo o peso de todas as narrativas. Claro, imagino que a fragmentação seja intencional, mas a verdade é que ficou parecendo um jeito de dar uma roupa nova a um espantalho velho. Há vezes em que a gente só quer uma boa história, e não uma porção de fios soltos numa moldura avant-garde.
Dito isso, curti como leitura rápida. Obviamente, é bem escrito. E se a gente ignorar o desfecho óbvio e os personagens clichezentos, é um livro envolvente. Mas que o Paul Auster pode fazer melhor, ah, isso pode.
August 14, 2008
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3 comments:
Gosto do Paul Auster. Não gosto de notas de rodapé enormes que desviam a atenção. E adoro as tuas dicas e críticas. Bj e bom find.
Eu nunca li ele, mas o que eu pensei é que todos os escritores podem cansar uma hora... eu acho que dois livros do Nick Hornby são suficientes, por exemplo.
ale : :)
klein : isso é um bom insight, hein? To chegando à mesma conclusão.
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