Uma coisa que me deixou intrigada foi um grupo morrer de rir durante uma sessão de "Vicky Cristina Barcelona". Senti que do alto da holandesice deles, acharam Maria Elena caricatíssima e impossível. Ou então eles são daqueles que acham que algo do tio Woody TEM de ser engraçado.
Já eu achei o filme bonzinho, mas sem grandes desafios. Nada de diálogos memoráveis, nem personagens sensacionais. Burocrático, preguiçoso e fácil de digerir. A melhor coisa do filme é, justamente, Maria Elena. E mesmo assim, ela é apenas aquilo : um mito, mulher-fantasma/fantasme.
De resto, o que me fascinou foi ver na tela uma personagem que pensa como eu viver um episódio da minha vida. Meu Juan Antonio era francês e se chamava Z., mas tão lindo, alto, gentil, talentoso e ladykiller quanto o personagem do Javier Bardem - e igualmente assombrado por uma mulher da qual o destino o separou. Ele também me fez estender minha estadia na Europa e correr pra Barcelona, me levou pra passear no parque Tibidabo, e fez daquele verão um dos mais inesquecíveis da minha vida - com direito a ex maluca (não o amor da vida dele, uma outra mais recente) querendo se matar. No meu caso, ela se jogou da janela : não morreu, e quebrou o pescoço. Coisa de espanhola?
Enfim, para desespero dos meus pais, eu sempre fui muito Cristina, tanto os traços positivos como os negativos. E muito Maria Elena também. Agora, tenho de dizer que até conheço algumas Vickys, mas os tipos como o marido dela não têm espaço algum na minha vida. Não que sejam más pessoas, mas é muita limitação pra um ser humano NA MINHA OPINIÃO. Não falam a minha língua e são a personificação do desinteressante. Mas não importa, porque esse tipo geralmente também quer distância de mim, então estamos quites :)
Ah - e baseada na minha experiência, podem acreditar que a Cristina do filme acabou descobrindo o que queria.
*wink*
December 11, 2008
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1 comment:
Ah, eu tenho um bode dessa coisa de cinema cheio que ri com qualquer bobagem só porque acha que o autor é comediante. Uma das razões porque eu não vou mais ao cinema, ou muito raramente, é essa. Cansei disso. Me lembro direitinho de estar assistindo "Lost in Translation" num cinema lotado do Brooklyn e ficar putíssima com o povo rindo o tempo inteiro inclusive em cena séria só porque era o Bill Murray. Me irritei muito e acabei não gostando do filme.
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