September 23, 2008



E curti "Estômago". Bom ritmo, atuações naturais e próprias para cinema (ok, um ou dois atores escorregaram um pouquinho no tom, mas esse é um mal que o cinema brasileiro ainda vai superar completamente algum dia), fotografia e som caprichados e sem rebuscamentos. Como na gastronomia, as melhores experiências são as mais simples : bons ingredientes, uma montagem correta e pronto.

(aliás, sidetracking um pouco : o Bourdain andou estalando o chicote nas loooooooongas degustações de menus exageradamente elaborados, e me senti aliviada por finalmente ALGUÉM decretar que essa tendência está indo longe demais. De repente, TODO mundo quer fazer menus com 34874 pratos, sendo que desses apenas um ou dois são realmente memoráveis. Eu adorei o wd-50 porque o Wylie Dufresne é realmente muito criativo e está sempre em movimento, e o L'Astrance foi realmente uma experiência que virou parâmetro em serviço e execução. Fora esses? O resto é marketing e show, como eu sempre disse. Comida simples e boa, por favor)

Voltando ao filme, era fácil saber quantos brasileiros estavam na sala do cinema : eram os que riam desbragadamente com o caipirês malandro-inocente de Raimundo Nonato. E, sinto muito, platéias internacionais - isso não tem jeito de traduzir. Mas pra quem entende, baixem o livro de receitas disponível no site. Aprenda a fazer coxinha sorrindo.

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