Ah. E francês falando inglês pode ser tosco, mas é bonitinho.

Vimos "Le Goût des Autres", da Agnès Jaoui. Bem legal. Eu ainda me surpreendo em ver como os filmes franceses conseguem ter personagens com uma certa profundidade. Ah, bem, e também como os atores conseguem alcançar essa profundidade. Chega a ser constrangedor lembrar de alguns filmes brasileiros ou americanos.
"Le Goût..." é mais um filme onde várias histórias se entrelaçam - amor, tédio, desconfiança, insegurança - e nenhuma delas dá nó. Quero dizer, nenhuma termina, porque afinal a vida continua, não é? :) Eu adoro esse senso de realidade. E tem o Alain Chabat, como um chofer bonzinho traído pela namorada, o Gerard Lanvin desta vez com um papel que justifica a inexpressividade habitual dele, a gracinha da Agnès Jaoui, que além de fazer uma barwoman-cum-dealer simpática, ainda dirigiu o filme, e o Jean-Pierre Bacri como o "diamante bruto" M. Castella - um homem de negócios sem cultura e sem noção, que acorda pra vida quando se apaixona por sua professora de inglês.
Pra continuar o clima, a gente foi jantar no La Tartine. Outra coisa me impressiona, como um lugar pode ser tão bonitinho, tão bom e tão barato? Heaven.

Cara, que mania de "O Clone" é essa? A gente não precisa nem assistir pra saber dessa novela de tanto comentário, tanta citação pra lá e pra cá.
Eu acho que não assisto a novela há uns...sei lá, quinze anos? Quando foi aquela "Bambolê"? Eu lembro que achava legal aquela coisa fifties. Deve ser influência de tanto ter ouvido a trilha de "Estúpido Cupido" quando era criança. Aliás, minha obsessão com os fifties e os sixties vem em parte da enxurrada de referências da TV quand j'étais petite. Jeannie, Samantha, Monkees, Maxwell Smart, Batman etc. Quem tem por volta de 30 anos entende. Os Monkees foram uma obsessão à parte - o dia mais feliz da minha pré-adolescência deve ter sido o em que ganhei um vinil "The Best of the Monkees" da minha professora particular de matemática. Isso foi em...? Sei lá, 82? Talvez antes. Mas me lembro de quando fui pros Estados Unidos alguns anos depois e comprei vários álbuns deles. E de quando eu achava algum vinil estourado nas feiras da Benedito Calixto e da Praça Dom Orione, em 89/90. E quando finalmente sucumbi ao som digital e comecei a comprar os mesmos discos em CD. E de outra vez em NY quando achei alguns episódios em VHS.
Eu não tinha idéia de quão chatas minhas obsessões eram. Até lembrar que quando eu tinha uns doze anos e estava no meu quarto ouvindo pela 120439a vez "Daydream Believer", minha mãe de repente entrou e gritou, desesperada : "Eu não aguento mais esse maldito disco!". Eu lembro de ter ficado chocada na época. Hee hee hee.

Hoje tive de fazer uma coisa que eu ODEIO : um accueil especial para passageiros ilustres. No caso, Mme. Danielle Miterrand, que baixou em terras brasileiras com uma comitiva de ministro, secretário, segurança, mulher do segurança, mulher do secretário, etc...
PRIMEIRO - que passageiros ilustres o quê. Eu odeio essa coisa de achar que alguém é mais especial que outrem (ui), e que precisa de assistência, rapapés pra cá e pra lá. Pra mim, esse povo não sabe nem lavar as mãos sozinho.
SEGUNDO - escolheram a pior pessoa pra fazer esse tal de accueil. Explicação no item "PRIMEIRO" acima.
TERCEIRO - o foda é que eu sou muito coração mole - aí eu vejo uma veinha magrinha e branquinha toda de preto neste calor e sorrindo ainda - não tenho muita opção a não ser sorrir e dizer "bonjour"- mas parou por aí.
ÚLTIMO - a mulher é VIÚVA do EX-FALECIDO- presidente da França.

Como toda boa obsessiva-compulsiva eu passo uma boa hora lendo uma lista enorme de blogs. Alguns são legais, outros não, alguns me dão vontade de conhecer pessoalmente o dono, outros me dão dó de tão pretensiosos. Tem gente que tem sérios problemas de auto-afirmação, insegurança, falta de opinião própria, ortografia... :) Eu conheço um monte de pessoas com os mesmos problemas, mas parece que as que se expõem em seus blogs acabam mais neuróticas - será que a perspectiva de uma audiência faz com que as pessoas carreguem mais nos seus dramas? Sei lá, como atores que acham que têm de dar o que o público pede...

Momentos favoritos :
- Quando a Fellowship of the Ring é formada. Aragorn oferece sua vida, Legolas seu arco, Gimli seu machado e os fiéis hobbits sua companhia. Legau.
- O sotaque escocês do Billy Boyd, o Pippin. Scots rule!
- Quando o Frodo diz : "I will take the ring to Mordor...though I do not know the way". Uuuuuh, é tão bonitinho e desprotegido!
- O funeral de Boromir, o corpo estirado num barco com a espada nas mãos sobre o peito e o escudo atrás da cabeça
- Quando o Aragorn desce para enfrentar a última leva de orcs do primeiro filme, erguendo a espada contra o rosto
- Aragorn tirando a mão da espada ao ver Boromir devolver o anel a Frodo
- Legolas correndo
- Legolas metralhadora de setas

Assistimos a LOTR de novo. Tá, foi a terceira vez. Agora, atestado de nerdice foi saber de cor algumas falas. Duh.
Mas sem brincadeira, é um puta filme. As três horas passam voando graças à performance dedicada, apaixonada do elenco, a produção minuciosa e a adaptação quase fiel que, se corta ou modifica alguma coisa (para o horror dos fãs puristas), consegue dar ritmo a uma história longa e rica em detalhes.
A primeira vez que vi o FOTR adorei, mesmo sem ter lido o livro. Agora, muitas páginas depois, assistir ao filme é ainda mais prazeroso. Não ter lido antes não prejudica a compreensão no cinema, e até oferece a vantagem de se surpreender com as reviravoltas da história. Mas perde-se o gosto de verificar o capricho do Peter Jackson na versão silver screen da obra do Tolkien. E o gordinho é fabuloso.
E tem alguns momentos maravilhosos. Acho que assistiria de novo só pelos meus momentos favoritos do filme.

Tá, estou brincando : Tolkien não é coisa de nerd. :)
E estou achando ótimo - relatos informam que as pessoas estão lendo "O Senhor dos Anéis" no metrô, no ônibus, em casa, na fila do banco...tudo isso motivado pelo filme monumental do Peter Jackson. Poxa, qualquer coisa que estimule a leitura neste país é para se comemorar. Pena que seja sempre em ondas.

Amanhã é dia de vagabundagem semanal. Acho que vou assistir a "Lord of the Rings" de novo.

NERD!

Hum, hoje era pra eu ter ido a uma festa. Mas não deu. Putz, acordar às sete da manhã acaba comigo.
Tive um curso muito bom sobre fraudes em bilhetes. O formateur é um amor de pessoa, um francês animado (claro, não é parisien, heehee) que tem sotaque do sul da França e sangue espanhol. Fiquei com vontade de ficar cantando "Ramon Perez! Ramon Perez! Ramon Perez ne peut pas dormir!" dos VRP, mas acho que ele não ia gostar! :-P

Se bem que não adianta o bar ter consumação de 5 reais e uma cerveja one way custar 2,80.

Brinquei com os gatinhos, depois fomos comprar ração na Cobasi. Tinha cinco gatinhos minúsculos lindos pra adoção. Se eu pudesse, levaria todos.
Resolvemos assistir a "From Hell". Fraquito, eu até gostei. Bom, tem Johnny Depp e o Jason Flemyng, o que basta pra me entreter. Mas aquela conspiração mirabolante...
Jantamos no Dinho's do Market Place. Preço um pouco abaixo do da Al. Santos, qualidade também. Mas tava bom.
Aí fomos encontrar o Marcos e a Ligia no Juke Joint, o antigo Sanja. As paredes estão nuas e umas poucas mesas espalhadas pela casa, um palquinho no fundo e um bar bem desprovido, com uma barwoman igualmente despreparada - que não sabe a diferença entre um dry martini e um Martini. Mas tudo bem, bar trash é tudo.
Chegaram o Adauto, a Jac e a Joyce, o som foi melhorando, deu pra pedir uma pizza que eles encomendam na pizzaria do lado, o show foi razoável, apesar da gente não saber quem estava tocando, público tranquilo. Gostei.
O melhor é poder ouvir música e não precisar estar no meio da pista. Tocou B-52's, Cure, Depeche, o único sucesso do The The, Devo e outros mimos. Beck e Blur. Parecia uma sequência de mp3 de algum trintão, hehe.
Bom também é a consumação de 5 reais - eu tenho óóódio de lugar que cobra mais que isso. Cobrar consumação mínima já é extorsão pura e simples. Imagina pagar 40 reais e ainda ficar num lugar lotado de mauricinhos e patricinhas de cabelo de chapinha. Fuck me.

Eu já falei aqui que eu AMO salmão defumado? Pois é, eu amo salmão defumado. Yum.

PQP. O vôo tá chegando atrasado de novo. Lá vamos nós, sair do aeroporto à meia-noite.

Mas eu vou ao cinema! Assisti a "Zoolander" em New Haven com a Lana, mas quero ver de novo. É uma bobeira, mas Ben Stiller rules. O cara, quando não está fazendo palhaçada, é inteligente e sério e ainda põe a família toda pra trabalhar.

Hoje deu tudo certo, fora as ruas alagadas. Jantar com o Cato, Adauto, Dani e Marcello.
Snif. Vou trabalhar sem folga até o fim-de-semana.

Eu tenho dois amigos ótimos, mas são dois cabeças-duras.

Heehee, igual a mim.

E chove, chove, chove...

Como eu sou nerd.

Orlando Bloom.

Ah, e cuidado ao ir ao cinema à tarde. O público de terceira idade comparece em massa, e por incrível que pareça há velhinhos MUITO tagarelas entre eles. Sentar perto deles é ter de ouvir comentários em voz alta o filme inteiro e risadas altas em momentos inapropriados.
Na boa - eu sei que vou ter mais de 60 anos um dia. Não vai querer dizer que eu vou ter a liberdade de atrapalhar uma sala inteira no cinema durante um filme.

Todd Solondz é genial. Ainda não me decepcionei com nenhum dos filmes dele. "Storytelling", como todos os outros, é cruel e acerta na mosca - sem sobras, só o que tem de ser dito. Isso é genial.
Fomos ver também "Small Time Crooks", do Woody Allen. Eu sou fanzaça, mas tenho que reconhecer que este é fraquinho mesmo. É engraçado e tem cenas ótimas, tem Michael Rapaport e Jon Lovitz (que apareceu pouco, pena), mas a história é báááásica + final feliz. E claro, todos os clichês do velhinho - e não é o que a gente quer? Ou seja, é mesmo uma produçãozinha pra levantar a graninha pro pastrami nosso de cada dia.

A.N.N.I.X.: Artificial Networked Nocturnal Infiltration Xenomorph

Tá aqui, ó - seu nome cyborg.

*Beep! Beep! Nerd alert!* Pois é, fui assistir a LOTR de novo. E saí com vontade de ver mais uma vez. Meu Deus, como pode? Fui levar a minha mãe pra ver o filme. Ela achou o Frodo lindo e o Legolas uma gracinha, "tão calminho!", hee hee.
À noite fomos na casa da Ligia e foi bem legal, noitadinha informal. Julio, Marcos, Dri, Marcia, Lili, Alê, eu, Cato e Jef. E claro, os dois gatitos da Ligia.

Gripe. Tomei um TheraFlu de cinnamon apple e vou dormir. Atchoo!

Hoje foi um dia muito corrido e cheio de pessoas insanas, mas por isso mesmo muito divertido. Um italiano que surge do nada com um papel de itinerário da Delta qerendo embarcar dando o tal papel como se fosse o bilhete. Expliquei pra ele que no ticket, no travel, mas o cara cismou de ficar discutindo comigo. Primeiro ele insistiu que aquilo era um bilhete, e depois que tinha um bilhete pra retirar na loja da Delta, mas ela estava fechada até as dez da noite, e pra eu ligar pra não sei onde pra ver que ele tinha pago o bilhete. Hum, se a loja estaria fechada até as dez da noite, pra quem eu ia ligar? Mó golpe, isso sim. Será que ele acha que a gente é tão estúpida assim? Tá, quando ele faz compras ele deve NÃO levar o talão de cheques e falar pro caixa ligar pro gerente do banco "que o gerente pode dizer que tem dinheiro na conta". Ah, vai tomar banho.

Haha! Recebi uma intimação pra fazer meu exame médico anual. E se eu não fizer, o que eles vão fazer comigo?

O "Confessions of a Shopaholic", da Sophie Kinsella, é um daqueles livros que não é propriamente bom, mas é um page turner. Acabei num dia, e foi completamente inócuo. Tô lendo agora o "Going Down", da Jennifer Belle, que é bem mais legal. Eu não sei por que eu insisto em ler histórias de gente whiny, fraca e sem noção. Talvez pra me lembrar todo dia de que eu odeio gente whiny, fraca e sem noção.

E nem falei da virada do ano. Foi bem legal, com meus amigos queridos, um copo estourou à meia-noite (há de significar algo bom), depois uma festinha improvisada, gatinhos da Ligia, CDs do Manau, Assassin e Cornershop na trilha sonora. Muito bom. Depois, o dia primeiro também foi impecável - LOTR num lugar bom do cinema e sem pegar fila, almocinho, "Friends" com o Brad Pitt...(ok, ok, *NERD ALERT! NERD ALERT* Tá ficando chato isso)

Eu tinha esquecido quem era o Peter Jackson. "Heavenly Creatures", como eu pude esquecer? Mas também, faz tanto tempo...tava olhando na Premiere, foi em 92. Ui, dez anos.
E eu amei o Ian McKellen. Aliás, agora nomes como Gandalf, Frodo e Galadriel fazem algum sentido pra mim. É, eu não li o livro. Até tentei, mas achei a introdução chata demais.
Acho que vou pular todo o início em que ele fala dos Hobbits e vou direto procurar o Aragorn e Legolas.
Aliááááás, aquele Legolas é tudo! Achei lindo um elfo arqueiro com aquela cara de anjo. Mas o personagem mesmo. Vi uma foto do ator, o Orlando Bloom, sem caracterização, e oh decepção. Nada daquelas longas madeixas louras nem aquele porte elegante.
Ah, sabe o que é pior do que ver "Frodo Bolseiro" nas legendas? Saber que na França ele é "Frodon Sacquet".

Lord of the Rings! Wow.
É muito bom. Muito bom.
Tá, eu sei - *NERD! NERD ALERT!*