Vimos "Meu Nome Não é Johnny". Assim, sem saber nada do filme, só que teve bom público no Brasil. É meio longo, mas interessante e bem dirigido. Não perde o ritmo, e as atuações não têm aquele traço teatral detestável - são muito boas, aliás. Selton Mello mostra que comanda. E sim, retratou bem uma época em que la falopa rolava solta, tanto em SP quanto no Rio. E como é uma história real (bem romanceada, porém), tem um fim aceitável. Muito bom, mas não entra pro panteão dos melhores filmes nacionais.

(resumindo : é bom, mas se vc cheirou muito nos anos 80 você vai achar mais legal ainda)

* Então, estamos com visitas de novo. O sábado foi todo pra passear com elas pelo centro, debaixo daquele sol medonho. Mas foi bacana, com cervejinhas no Nieuwmarkt, vinis numa loja incrível na St.Antoniebreestraat e uma chuva no final do dia. E ontem, domingo, me dei ao luxo de não fazer NADA. Dormi e li revista! Eeeeeee!

* Durante a semana, aproveitamos pra fazer churrasco e acabamos encontrando o nosso vizinho, que já foi convocado pra se juntar a nós (apesar dele ser vegetariano, he. Mas tinha salada e abobrinhas grelhadas, não se preocupem), e virou uma festa pra 3 pessoas :)

* Semana retrasada, assim que as primeiras visitas do mês partiram, fui pra Maastricht, quase na fronteira com a Bélgica, pra visitar dois lugares pra uma matéria. Um deles é o Kruisherenhotel Maastricht, um hotel montado dentro de um mosteiro do século XV, absolutamente incrível. E o outro foi a livraria Selexyz Dominicanen, que ocupa uma igreja dominicana do século XIII bem no centro da cidade. Os dois passaram por restaurações extensas porque estavam abandonados há muito tempo, e hoje são atrações da cidade. O hotel, além de lindo e luxuoso, tem uma história riquíssima e muito interessante, que eu conto outra hora. Sobre a livraria, o Crossroads fez um post bem completo, com fotos de arquivo inclusive. Foi montada uma estrutura de metal que não toca as paredes originais da igreja, criando 3 andares que aproveitam todo o espaço vertical e a nave. No teto ainda se vêem afrescos do século XIV e XVII, e a iluminação é projetada para realçá-los entre os arcos góticos. É difícil entrar e não olhar imediatamente para o alto.


(imagem cedida pela livraria - clique para ampliar)

* e eu sei que tem mais coisa no backlog, mas deixa pra lá. Se eu lembrar posto outra hora. Vou é responder emails atrasados...

Estes dias meu profile no orkut foi vítima de um bug, que mudou minha foto e outras coisas - pelo menos, é o que diz o site :

"Your account may have recently been impacted by a bug that affected your profile. Our engineering team has resolved this issue, and your profile has been restored. If you're still experiencing problems with your profile, please click "logout" and sign back into your account. At no time was your login information at risk. Your safety and security on orkut are a priority for our team. If you have further questions, please visit our help center or user group."

A maioria dos usuários nem percebeu o que aconteceu, fora o orkut ficar fora do ar por algumas horas. Rolou até informação de que a manutenção ia durar até setembro. Imagina? Enfim, se alguém viu algo estranho estes dias, não fui eu. Não cheguei a esse ponto.

E eu que fui assistir a "The Chronicles of Narnia : Prince Caspian" (porque aqui ainda não tinha estreado TDK) e passei a primeira metade do filme inteira pensando :

-"ah, esse príncipe deve ter algo a ver com aquele rei e os filhos que estavam lutando pelo trono? Lembro vagamente dele"
-"ah, mas e aquela menina ruiva do primeiro filme? E os ursos polares?"
-"ah, os daemons. Mas por que só o anão tem um?"
-"Será que o personagem da Nicole Kidman era só no primeiro filme?"
-"mas...como pode esse rei do Sergio Castellito? O pai do príncipe não era o rei?"
-"er...mas onde entravam esses quatro mesmo?"


Ou seja, passei metade do filme confundindo a história com "Stardust" e "The Golden Compass". Ô excesso de filmes de fantasia! Daí percebi e consegui assistir a tudo menos confusa (imagina vc ficar esperando personagens que são de outra história). E curti paca, tenho que lhes dizer. Essa série de Narnia é ótima pra crianças. Produzida pela Disney, então, não tem pra ninguém. Esse segundo filme é menos antropocêntrico que o primeiro, e me irritou menos. E, desculpa, com uma coisa como esse príncipe Caspian,



eu passo quanto tempo for no cinema. Jesus.

E olha só que luxo, as últimas visitas ainda nos trouxeram presentes! :-O
A camiseta oficial do Corinthians roxa pro Akira (e com o nome dele nas costas!) e o livro da Morena Leite, o "Brasil, Ritmos e Receitas" pra mim. Ou seja, coisa de quem conhece bem a gente mesmo. É ou não muito carinho e atenção? Fiquei emo, he.

O livro é muito bom! Não fui ao Capim Santo nos jardins ainda, só conheci o da Vila Madalena há muitos anos, que era numa casa linda e cheia de verde. E lembro que a comida era maravilhosa, usando só elementos brasileiros em combinações sofisticadas. As receitas vão do tradicional brasileiro a criações mais interessantes como rösti de aipim com surubim defumado. Vem ainda um CD com músicas que têm a ver com a temática de comidas e coisas da nossa terra na voz da Mariana Aydar. Bônus : tem o Mario Manga (pai da Mariana) na guitarra e bandolim. Pra quem não sabe, o Manga é o meu ídalo-mor entre os guitarristas brasileiros, AMO.

Bom, as visitas anteriores acabaram indo embora antes, pra dar tempo de um pulinho em Paris. Achei ótimo, porque eu estava com uma pilha de coisas pra fazer. Aí na sexta chegaram as seguintes. Apesar deles não terem ficado aqui em casa, saímos todo dia juntos porque são muito, muito queridos. Eles têm dois filhos pequenos (3 e 7 anos), o que foi um desafio extra. Mas foi interessante, porque "Amsterdam para crianças" definitivamente não é o nosso forte, ha. Ainda mais na chuva.

Conhecemos então o NEMO, que é bem legal para quem tem a partir de uns 5, 6 anos - ciência e curiosidades em forma de brinquedos. Passamos também pela biblioteca central, andamos de barco e a pé. Conseguimos tomar umas cervejas em alguns cafés e também fazer um jantar aqui em casa. Eu achei tudo divertido, mas cheguei à conclusão de que viajar com crianças é impossível se você quer CONHECER a cidade e não ficar parando de quinze em quinze minutos porque :

1) elas estão cansadas
2) elas estão com fome
3) elas não querem ir onde você quer ir
4) elas não querem entrar no museu
5) elas não querem sair mais do museu
6) elas estão com frio
7) elas estão com calor
8) elas querem cachorro-quente
9) o cachorro quente cai no chão e você tem de ir buscar outro
10) elas estão cansadas de andar
11) elas não ficam quietas no colo
12) elas estão cansadas
13) elas estão com fome

e por aí vai (repita a sequência 50 vezes ao dia). Parabéns, mães e pais. Ou vocês são muito loucos ou muito desapegados, não é possível.

:-D

Olha, eu sei que tou em falta, mas everyone wanted a piece of me estes dias.
Assim que eu conseguir tomar um banho quente (tá 14 graus lá fora, sensação térmica de 10 - verãozaço holandês, oi), dormir e acertar as sobrancelhas eu já volto.

Por recomendação da Beth, li "We Need to Talk About Kevin". Era um daqueles livros que sempre vi ao passar os olhos pela Amazon, mas nunca me despertou a curiosidade.
Gostei bastante, e me vi devorando a história. A estrutura me lembrou do "Diary", do Chuck Palahniuk. O tom da narrativa também, com aquela certa apatia distante sobre algo terrível que já aconteceu, mas nunca vai embora.
Os personagens são construídos para que não se sinta simpatia por nenhum deles, o que achei interessante - já que tudo gira em torno de um sociopata (e todos os outros personagens têm neuroses bastante comuns). E realmente achei difícil tanto gostar ou desgostar deles (exceto o pai, que merecia umas bifas). Algo me diz que é por serem tão reais...

Gostou de "Battle Royale" (o primeiro, que o segundo é um erro)? "Kill Bill"? Então "The Machine Girl" vai ser uma diversão certa. Jorros e jorros de sangue, mortes sequenciais e sem sentido, roteiro absurdo, personagens monodimensionais e tudo aquilo que normalmente torna um filme ruim, aqui é legal PACA.



(não assistam ao trailer em inglês que tem no youtube, pq SPOILA o filme!)

Sorry, sumi! Mas to com visitas em casa (duas garotas fofíssimas), uns trampos acumulados e essas viagens improvisadas me acabam - eu sou uma pessoa que gosta de planejar as coisas.

Enfim, continuando sobre Antuérpia : no dia seguinte, todo mundo resolveu que queria tomar café da manhã em algum lugar legal. Acabamos no Le Pain Quotidien, que conheci lá em Bruxelas. Croissants, baguettes DECENTES, prato de presuntos e queijos, limonada com framboesas.
Não deu muito tempo de outras coisas, mas passeamos um pouco pelo centro até a hora de fazer check-out no hotel. Arnaldo, Marcinha, André e Gilda foram para a estação e Akira e eu demos mais umas voltas. Paramos num café chamado Het Elfde Gebod (o décimo-primeiro mandamento), com toda uma temática católica bem apropriada para a localização (atrás da catedral). Como de regra, serviço simpático e cardápio tentador.
E assim acabou.

E daí que assim, de sopetão, resolvemos ir ontem a Antuérpia encontrar um amigo que acabou de fazer umas performances em Berlim e está a caminho de Portugal pra uns shows. Ficamos no bonito hotel Matelote, bem no centro histórico - localização e design fodas, isolamento acústico não muito (são só 9 quartos, peçam os andares de cima).
Fomos tomar a primeira bolleke no café da esquina do hotel, uma coisa bem de bairro mesmo, com cachorro pulguento e tudo (sério, levei 5 picadas).

Para jantar, a idéia era ir no Dock's Café ou no Gin-Fish, mas a chuva apertou no meio do caminho e resolvemos entrar num lugar chamado Jan Zonder Vrees, um lugar discreto numa esquina escondida. Como éramos seis (he) e pedimos uma mesa no setor de fumantes, nos acomodaram no andar de cima. Mas não era um andar de cima comum, gente! Era uma sala, com sofá e uma mesa de jantar de oito lugares, lareira e decoração quase-medieval. Só pra nós! Não acreditamos na nossa sorte, era pitoresco demais. E assim, o jantar foi divertidíssimo, com pessoas inteligentes e interessantes, num cenário improvável e comida belga simples e razoável. E ainda achei que a gente fosse ser esquecido ali em cima, mas não. O serviço foi excelente e simpático, por conta dum moço bonitim chamado Wouter (meninas, que sorriso!)

Fechamos a noite com café decaf no De Lantaren, na frente do hotel. Um espresso custa 2,25 euros, mas vem acompanhado de chantilly e chocolates belgas, então achei ótimo o preço. E ainda encontramos uma garota belga que falava português, porque passou 11 meses no Mato Grosso do Sul (!) fazendo intercâmbio (!!!). What are the chances? E a menina era fofa, e falava muito bem, quase sem sotaque. Adorei.

Depois, só me restou encher a banheira e descansar...


Antuérpia à noite

E confesso que fui assistir a "In Bruges" achando que ia ser um filme de ação - culpa do pôster que mostra o Colin Farrell com uma arma na mão. Mas me surpreendi maravilhosamente! Tem humor negro, diálogos absurdos, situações inusitadas e personagens bem bolados. Me lembrou imensamente Tom Stoppard, o que já me ganhou de cara. As piadas não poupam ninguém - a Bélgica, os americanos, os holandeses, os negros, as prostitutas e os anões - mas de um jeito elegante, se isso é possível.
A história em si já é improvável : dois assassinos de aluguel são enviados a Bruges para se esconder e aguardar instruções de um chefe misterioso. Como eles mesmos se perguntam : "POR QUE Bruges?". Pois é, uma cidadezinha medieval, cheia de turistas e pontes e luzes. Que espécie de trabalho eles vão ter ali? Mal sabem eles.

E eu não curto o Farrell, mas desta vez ele acertou :)

(Anita, lembrei tanto de vc, hehehe - todas aquelas ruazinhas pelas quais a gente passou ^^)

A moça, grávida de oito meses e meio, começa a sentir as contrações na madrugada de sábado. Anota o intervalo entre elas, pega as coisas e vai pro hospital. Lá, dizem pra ela voltar pra casa, que ela ainda tem pelo menos umas duas semanas antes de dar à luz. "Mas as contrações já começaram!", argumenta a moça. "Naaaaah, pode ir tranquila, não vai nascer agora não". Consigo até ver a mãozinha dispensando. Não tendo outra alternativa, a moça volta pra casa. E uma hora depois, pluft - o bebê nasce. É, em casa. Mal deu tempo de chegar a parteira.

Hospital holandês, né? Preciso dizer mais?


(mas tudo bem, foi tudo ok e o Quim e a Sri são os mais novos pais do pedaço! :)

Domingo fez um solzinho e resolvemos ir tomar uma cerveja por aqui mesmo. Fomos conhecer o novo Studio K, perto de casa. Colado no albergue da StayOkay, é um centro cultural com cinema, teatro, bar, DJs e etc. E tem mesas externas bacanas num pátio tranquilo. As cervejas de tap são Dommelsch, Hoegaarden e Hertog Jan; tem sanduíches a partir de 1,65 euros, o prato mais caro custa 15 euros, e ainda tem carta de vinhos. O pessoal do albergue deve bater ponto lá - ou pelo menos deveria, porque é agradável e o bar staff só tem meninos bonitos, heh. To falando, isso aqui vai ser a próxima Vila Madalena.

Passei o sábado em Leiden, a convite da tri-querida Bebete e em companhia da tri-querida Beth. Cidade fervendo por conta de uns eventos, encontramos refúgio no Café Olivier e no City Hall. Atenção nas garçonetes : no primeiro tinha uma que era a lata da Reese Witherspoon, e no segundo uma sósia da Jessica Alba. Lindaças, e devo dizer que o serviço é um pouco melhor que em Amsterdam. Tão lento quanto, mas mais simpático.
Ainda visitamos o Burcht, uma torre de castelo medieval que tem uma vista bonita da cidade através das ameias. Me senti na Escócia,he.
Várias lojinhas fofas, ruas estreitas como as de Bruges, teatro nas ruas, construções antigas bem cuidadas...e claro, a maison Indarte, cheia de cores e calor humano. Merci, chéries.

Aproveitamos o dia de céu azul pra vasculhar as lojas de música da cidade. Para quem procura partituras e livros de música clássica, uma opção é a tradicional Saul B. Groen, que tem um clima de sebo-biblioteca. Com direito a dois gatos. Mas eu curti mesmo é a Broekmans&Van Poppel, perto do Concertgebouw, com seu acervo variadíssimo, de regência coral a karaokê. Lá, Akira encontrou um método para double bass bem legal, e eu achei isto aqui :



Achei tão legal, hahahaha! É um mini-método para baixo direcionado para garotas. Bem fácil e didático, ensinando notas, posições, cheio de florzinhas e com fotos e bios de algumas das baixistas mais kick-ass do rock :) Garotas que tocam contrabaixo são um charme, já disse.

Oba, meus cartões de visita chegaram!

Pra quem estiver procurando um serviço online de design e impressão de cartões e stationery, achei a GoodPrint muito boa. Dá pra usar um template próprio ou montar um no site, escolher acabamentos e, principalmente, aceita pedidos pequenos. Achei uns sites mais baratos, mas sem essas opções - e eu não quero 500 cartões, pô. E fiquei surpresa com a qualidade, são de papel bem espesso. Fiz dois sets, um com acabamento opaco e outro sem.

Claro que um deles eu fiz porque não resisti :




(claro, o cartão de verdade tem outras informações ^_^)

Pronto, começou o calor. Mas aí eu lembro das cerejas e das nectarinas e fico um pouco mais conformada, hahahaha.

"quadro com chinelo de Hyeronimus Bosch"

"BRIQUEDOS IGUAIS AOS DO MACDONALD'S"


Oh, não, eles voltaram! O_O


"batatas cozidas presunto queijos frutas raclê"

"emotions onion head (cebola) todas"

"existe algum samba enredo com comida portuguesa"

"foto ellen de geneves"

"guacamole sintetico"

"obras e nome da oba do artista pierre auguste renoir"

"qual animal tem esse nome: chapulines"

"quero a receita da focáccia que vende no supermercado?"

"quero assistir filmes agora" (esqueceu de colocar ênfase, dear. A-GO-RA)

OH yeah. I missed that.