March 31, 2009

Só um link que preciso dividir com vocês :

Este Foreign Movies DDL é a coisa mais incrível do mundo. Filmes que não encontro em nenhum outro lugar, um acervo gigante de qualidade indiscutível e atualizações frequentes. Juro, é um sonho. Eu passo MAL com o que eles têm lá, e algo me diz que vou precisar de mais um HD externo de 1 Tera. Thumbs waaaay up.

March 29, 2009

Opa! Novidades à vista.

Quem for no Myspace do The Gilbertos vai poder ouvir uma prévia do álbum novo, que está pra ser lançado. São duas músicas, "Ela Vai Longe" e "Tudo Isso Deu em Nada". Eu gosto pacas de ambas, e garanto que o resto do disco vai ser igualmente bom, fiquem ligados.

Como eu sei? Oras, The Gilbertos agora são Thomas Pappon e Akira S! :)

Aaaaaaaaaaai, preguiça, pode?

Terminei de ler "Sweet and Vicious" do David Schickler faz umas semanas. O cara escreve bem, gostei do anterior também, "Kissing in Manhattan".

Esqueci, a Casa Claudia Luxo do mês que vem também está pra sair, com duas colaborações minhas (já posso criar a categoria "se achando" no blog? heheh, tá na hora)

Tenho dormido no meio de todos os filmes que tenho assistido. E tido sonhos bizarros, que esqueço depois.

A coisa que mais odeio é me comprometer a fazer algo e não fazê-lo direito.

Pra várias outras coisas, comofas?///

March 26, 2009

Hohoho. Quentinha da gráfica ainda, saiu hoje a edição de abril da TimeOut Amsterdam! A matéria central, de 4 páginas, foi um trabalho conjunto a oito mãos : quatro repórteres (one of them, yours truly) enfrentaram o desafio de passar 12 horas ininterruptas na noite de Amsterdam - para descobrir what's hot and what's not.

A minha foi uma longa e bizarra noite, pra falar a verdade. Mas em retrospecto, foi divertido. Como eu não tenho o menor apreço por peruagem e fiRma, minha idéia era explorar o lado feio e maldito, e deixar os clubes bonitos pros outros. Fui à sessão de cinema da meia-noite, vi a brasileirada se acabando no funk num bar feíssimo e sinistro, visitei um clube latino kitsch (e em cujo banheiro foi encontrado um corpo durante as reformas, dizem) e fui ver quem amanhece no coffeeshop mais madrugador da cidade. Mas isso é só o que entrou na reportagem - ficaram de fora o clube de gay cruising pesado, um nachtcafé com cara de reduto de máfia e o ponto de encontro das meninas da zona da luz vermelha nas horas de folga. Ah, o maldito limite de caracteres.

Foi legal pra ver a diversidade que existe por aqui no after-hours, e realmente é algo que eu não faria por conta própria. Mas a grande verdade é : quer achar algo pra fazer em Amsterdam, das cinco e meia às sete da manhã? Boa sorte - vai ser difícil, mas se você tiver sorte, até consegue.

March 25, 2009

Ó, eu admito que esnobei a exposição "Van Gogh and the Colours of the Night" no MoMA ano passado. Mas já que veio pra cá, por que não ir, não é mesmo? E fui.

E aí imediatamente me senti uma trouxa, porque é um apanhado sensacional de obras com tema noturno - não só do Van Gogh, mas também de suas grandes influências, Millet e Hiroshige - e uma ótima oportunidade de apreciar quadros não muito conhecidos do holandês sem-orelha, baseados numa paleta de cores diferente dos tons solares habituais. Adorei as explicações sobre detalhes de "Os Comedores de Batatas" e das "Starry Night", mas detestei o fato delas estarem posicionadas do outro lado do corredor, me fazendo ficar de lá pra cá verificando o que estava escrito.

E a "La Nuit Étoilée" propriamente dita pode ser a mais famosa e a mais significativa, mas eu gosto mesmo é da "Nuit Étoilée sur le Rhône". Que eu não via há uns anos, já que faz tempo que eu não vou ao Orsay. Ver as duas na mesma sala foi bem emocionante.

March 24, 2009

Em homenagem ao Klein, ontem revi uma das coisas que me faz mais feliz nesta vida : "The Leningrad Cowboys Go America". É até ridículo o quanto eu amo esse filme. Adoro tudo : a música, o humor absurdista, a ponta do Jim Jarmusch, as expressões deadpan, como eles cabem todos num carro. Eu choro de rir, canto e danço junto todas as vezes e fico pasma de como os Kaurismäki só fazem coisas foda (nunca vi um filme ruim de nenhum dos dois). E a banda, claro, tenho crush neles todos (erhm, eu tenho uma tendência a gostar de músicos engraçados. Quem tem talento artístico e me faz rir, já me ganhou). Imaginem se eu não morri do coração nas duas vezes que eu os vi ao vivo. Finland rocks.

"Do you have...rock and roll?"

March 23, 2009

Ah, mas eu é que não vou ficar sozinha com essa música na cabeça. "Megadeth, megadeth, megadeth..." (sic).

Los Parraleños - Megadeth


Los Parraleños, minha gente. Dica preciosa de Renato Yada.

March 21, 2009

Não tô nem em São Paulo, e NÃO AGUENTO MAIS OUVIR FALAR DE RADIOHEAD!

(essa é uma banda que nunca me desceu - agora, então...)

March 20, 2009


"Linha de Passe" é certamente um dos melhores filmes nacionais lançados nos últimos tempos. Nem vou entrar no mérito da história, porque tô sem tempo, mas a atuação! Ah, que absoluto prazer ver elenco e diretores que ENTENDEM.

March 18, 2009

As fábulas dos Grimm sempre foram cruéis e sombrias. Lembram de João e Maria? Hansel e Gretel, no original, eram dois irmãos indesejados pelos próprios pais, se perderam na floresta e encontraram uma casinha feita de doce. Capturados pela bruxa malvada, foram mantidos em regime de engorda para serem devorados depois, mas conseguem virar a mesa e a bruxa morre dentro do forno. "Hansel and Gretel", do coreano Pil-Sung Yim, é uma variação curiosa sobre o tema - com cores de Tim Burton e três crianças creepy e misteriosas, é mais uma fantasia dramática do que um filme de horror, apesar dos trailers quererem passar essa impressão. E também outro bom exemplo de criatividade do cinema da terra da manhã tranquila. Bem produzido e intrigante, não me surpreenderia se Hollywood estivesse de olho pra um remake. Contanto que eles não escalem o Robin Williams...

March 17, 2009

"Three Extremes" é um bom resumão do cinema fantástico/de horror asiático. Como diz o nome, reúne três curtas, um japonês, um chinês de HK e um coreano - dirigidos pelos nomes mais reverenciados desses três países : Takashi Miike, Fruit Chan e Park Chan-wook. SÓ. Já dá pra adivinhar que não pode ser ruim, né?

O do Miike na verdade me decepcionou, por ser mais lírico que de terror - o que não quer dizer que não seja bom. O do Chan, "Dumplings", foi bem mais macabro. E também bem legal. Mas o último, "Cut", é que foi realmente surpreendente. Nele a gente reconhece o visual psicodélico de "I'm a Cyborg but That's OK" e a tortura psicológica e corporal da trilogia da vingança, tudo inconfundivelmente Park Chan-wook.

Eu me peguei de boca aberta em vários momentos. Tem tiradas de humor negro ótimas, e, em geral, é simplesmente bizarro. Mas muito criativo e original, e vale a pena ser assistido.

March 16, 2009


(I heart Eastwood. Quem mais conseguiria ser tão convincentemente durão aos 78 anos?)

Chorei horrores com "Gran Torino". Good ol' Clint. Nada como um ator old-school pra fazer cinema old-school. Não é artístico, não é propoxxxta, não é groundbreaking. É uma boa história, com personagens consistentes, elenco competente e dirigido com elegância. Me diz, pra que mais? É disso que a história do cinema é feita, assim são os clássicos que a gente ama.

Como nos outros filmes que ele dirigiu, o fator emocional é pesado - mas há mais humor e leveza, tanto no comportamento inacreditavelmente outrageous de Walt Kowalski quanto nas tiradas de seus vizinhos, Thao e Sue (esta, a moça mais fofa dos últimos tempos, Ahney Her), apesar das tragédias pessoais. Super interessante e inesperado o foco na comunidade Hmong, de cuja existência eu nem desconfiava, e a relação deles com o preconceito racial. E eu adoro uma saga de redenção, ainda mais quando o protagonista é um badass resmungão. Portanto, filmão.

March 14, 2009

Achei que "Walled In" fosse ser muito, muito ruim. Mas é razoável até. Claro, não ajuda ser estrelado pela Mischa Barton, que é muito muito ruim, com um papel pior ainda. E o roteiro apelar pra uns clichês horríveis. Mas é assistível, e a idéia é legal : arquiteto louco e genial acredita que enterrar pessoas vivas nas fundações dos seus prédios lhes atribui uma força mágica. Se essa idéia fosse plenamente aproveitada por esse ângulo, teria sido do caralho. Mas acaba virando uma história de adolescente problemático apaixonado, o que no meu caderninho = blé. Todas as possibilidades legais do filme se evaporam no meio do caminho - cadê as vozes que atormentam a engenheira responsável pela demolição do prédio? Aparecem uma vez e somem. Enfim, vai do nada pra lugar nenhum.

March 12, 2009

O filme de ontem foi "4Bia - See Prang". Posso dizer que todos os filmes tailandeses de terror que vi até agora são bons paca? Esse não foge à regra. Composto por quatro histórias, por quatro diretores diferentes, tem seus altos e baixos - mas no todo é bem legal, bem produzido e eficiente na tensão. Uma das partes, "In the Middle", é especialmente engraçada, quase um Apatow thai. Não me surpreendi em saber depois que é do responsável por "Shutter", que adorei (aliás, assisti à refilmagem americana, e não foi tão ruim como eu esperava, até curti).

Vai aí o trailer, mas se você pretende ver o filme todo, recomendo pular, porque estraga o impacto.

March 11, 2009


E só porque eu falei que não estava conseguindo ver nada, ontem assisti ao curta "Mojica na Neve", do André Barcinski, Ivan Finotti e André Finotti. Em 2001, o Mojica foi participar do festival de Sundance e viu neve caindo pela primeira vez. No vídeo ele fala pelos cotovelos, faz comentários sobre o que vê pela frente, encontra com o Lloyd Kaufmann (da Troma, achei genial) e o Michael Stipe, entre outras viagens. A parte em que ele recebe um prêmio e é aplaudido é emocionante, principalmente quando a gente pensa em quanto perrengue esse homem já passou. Merece.

March 10, 2009

Meio atrapalhada com várias coisas pra fazer. Daí não consigo terminar de ver nenhum filme (e o hd externo de 1 Tera enchendo, enchendo), tô lendo o mesmo livro há semanas, e sem criatividade nenhuma pra cozinhar. E portanto, também não consigo postar aqui. Mas não posso reclamar, estou me divertindo :)

O único problema é que a guitarra e o baixo estão encostados há umas duas ou três semanas, coitados. Até já perdi o calinho nas pontas dos dedos. Argh. Minha resolução de ano-novo durou pouco.

March 07, 2009

E aproveitei que estava perto e fui ver a retrospectiva do Richard Avedon no FOAM. Como era de se esperar, incrível. Não entendo muito de fotografia, portanto adoro essas chances de ter um panorama da obra de alguém. E Avedon certamente merece ser plenamente apreciado, em tantas décadas de trabalho.
A série "In the American West" foi a minha favorita. Que imagens. Mais belas, mais poderosas que as de qualquer celebridade do século XX. Dos outros retratos, os que mais me marcaram foram os dos Beatles, do pessoal da Factory (Andy Warhol, Candy Darling, Viva, Paul Morrissey, etc), do Beckett, da Marian
Anderson e do Groucho Marx. Das de moda, a da Twiggy com os cabelos esvoaçantes é inesquecível. Mas tantas mereceriam o mesmo adjetivo. E adoro, adoro os retratos do Bob Dylan. Tão jovem, tão charmoso.
Vai até maio, e devo ir de novo.

March 06, 2009

Acabei de ver "Watchmen". Apesar de ter lido o quadrinho atrasada, ainda assim faz uma década pelo menos, e não posso nem querer pretender lembrar de detalhes. Mas sei que me impressionou, e portanto quando começou o alarde da versão cinematográfica, nem me empolguei muito. Em parte porque o Zack Snyder me decepcionou em "300", outra adaptação de uma HQ que adorei, e em parte porque vi que tinham escalado o Matthew Goode pro papel de Ozymandias. Por mais que eu adore o Goode (assisti ao dispensável "Brideshead Revisited" SÓ por causa dele), ele não tem o porte e aparência perfeitos do personagem, que é crucial pra trama. Tá, ele é alto e lindo, mas não do tipo certo. Enfim. Daí resolvi esperar quietinha, sem fazer expectativas. E sem ler nada mais sobre a produção, como sempre faço.

O Snyder tem um poder inacreditável de tirar o máximo da parte visual (como em "300"). A sequência inicial de créditos é lindíssima, o que me animou depois da primeira cena, da morte do Comedian. Essa resumiu o meu medo, o de que a tentativa de reproduzir fielmente os quadrinhos travasse o ritmo da coisa. Mas não, ficou bacana. Boas caracterizações, cinematografia bonita, roteiro até bem fluido, se a gente levar em conta os milhões de fragmentos pra conseguir contar a backstory de todos. Mas faltou muita coisa, claro. De fato, o Matthew Goode não foi a melhor escolha pro Ozymandias, mas o roteiro também o deixou muito insosso, flat. Em compensação, AMEI terem escalado o Jackie Earl Haley (que achei incrível em "Little Children") pra Rorschach, e o Dr. Manhattan do Billy Crudup ficou muito, muito bom. Como são os personagens mais complexos (e os mais importantes), acertar neles foi fundamental pro resultado final ser positivo.

A alteração do final até que não foi tão criminosa, como eu tinha ouvido falar. Pra quem não conhece o original, não vai fazer diferença alguma, porque de qualquer jeito permanece a idéia. Mas será que alguém que não leu a HQ deve assistir ao filme? Porque eu imagino que sem alguns subtextos que sumiram na adaptação, perde-se um pouco da força do argumento. Pode-se facilmente achar que são todos uns neuróticos fantasiados (sendo que acho justamente o ridículo exagerado dos uniformes um detalhe sarcástico genial) e só, quando na verdade o foco é a questão do poder e da natureza humana. As cenas de ação não têm importância em si - tanto é que são rápidas. Como todo mundo já deve ter entendido, não é um filme de super-heróis comum.



(e outro detalhe bacana : a foto dos Minutemen foi tirada pelo Weegee, na história. Não lembro se isso está no livro, mas achei foda)

March 05, 2009

O Jay Reatard fez hoje no Paradiso o show mais perfeito dos últimos tempos. Sonzaço, guitarradas, punk rápido, headbanger, uma música melhor que a outra e durou exatos 30 minutos. Não deu tempo de cansar, só deu vontade de ver tudo de novo. E, de novo, como me irritou aquele público PARADO. Em "Blood Visions" era pro lugar tremer de tanta gente pogando, e nada. Nada. Mas fora isso, fiquei felizaça de ter ido :)



E sim, a Matador continua foda.

March 03, 2009

Fui conhecer hoje um centro cultural relativamente novo, o SMART Project Space. Com cinema, salas de exposição e um bar-restaurante, ele ocupa um prédio imenso que foi um laboratório de Análises Patológicas. A exposição em cartaz é "Coalesce : Happenstance", que como diz o nome, é um coletivo de trabalhos individuais, mas pensados como conviventes. Faz sentido? O aproveitamento do espaço ficou um pouco bizarro, mas acho que funcionou. O mais interessante pra mim estavam nas três últimas salas. Coincidentemente, tudo em videoarte. Curti o retro-feminista "Consciousness, Understanding' N' Trust" da Oriana Fox, de quem eu tinha só ouvido falar, e logo de cara me lembrou dos retratos da Cindy Sherman. No site dela tem alguns trechos, vale olhar.
Outro que achei divertido foi o "the 5 Boroughs of Soul", do inglês David Blandy. Descalço, vestido de monge shaolin e munido de uma vitrolinha portátil, ele faz uma peregrinação pelos 5 boroughs de NYC atrás dos pontos mencionados em vários clássicos do soul. Despretensioso e legal.
Mas "Shut the Fuck Up", uma sequência de 3 vídeos do grupo General Idea sobre arte e sua relação com a mídia, me fez parar e prestar atenção. Achei interessante levantar criticamente a questão da "arte-espetáculo-para-consumo" e da postura/participação/motivação do artista nisso. O episódio do "Batman" que eles usam pra ilustrar é perfeito, de um concurso de arte em que o Coringa leva o prêmio tendo apresentado uma tela em branco, mas com todo um blablablá sobre o conceito - que pelo visto enganou bem o júri (que quis ser enganado). Os outros participantes não ficam atrás : um macaco que cria uma tela jogando tinta e tomates (acho), um cara pintando com os pés, e por aí vai. No link tem os vídeos online, e recomendo, nem que seja pra ver o incrível balé dos poodles, hehe. Aqui, a parte I e II:



E aqui a parte III :

March 02, 2009

E depois de tanto tempo, finalmente consegui ver "A Encarnação do Demônio"! Tinha até comprado os ingressos pra ver em Lisboa, no meu aniversário, e acabamos não indo (mas a gente encontrou o Mojica num restaurante uns dias depois lá mesmo, o que atenuou um pouco a perda :)

E que emocionante ver um filme dele tão bem produzido. Sério, o cara sempre foi foda num esquema below-low budget, mas agora, com cinematografia do José Roberto Eliezer (que simplesmente fez a de alguns dos meus filmes nacionais favoritos nos anos 80), montagem do Paulo Sacramento, figurinos Herchcovitch, Milhem Cortaz no elenco...sensacional.

Josefel Zanatas continua atrás de uma mulher que lhe dê um filho, mata, tortura, encontra bruxas, aparições, aranhas, bla bla bla. Pra quem não viu ainda, não esperem muito da história (que no fundo é sempre a mesma dos anteriores da trilogia) - o que vale são as imagens e o universo Zé do Caixão em geral. E durma-se com tanto sangue!

March 01, 2009

Eu até gosto de sair à noite, mas gosto mais da minha cama.