June 01, 2011




E eu sempre digo que nunca morri de amores por Londres, mas foi bem divertido. Encontrei vários amigos, vi o Bill Nighy no Le Pain Quotidien de Notting Hill, fiz compras na linda What Katie Did, comi em pubs e tomei cidra todo dia, passeei pelo East End, que agora é a minha parte favorita da cidade, fui ao Museum of London, que é extremamente interessante, não consegui ver a exposição da Laurie Anderson/Trisha Brown e Gordon Matta-Clark no Barbican, mas peguei a instalação do Cory Arcangel, vi o Circle of Animals / Zodiac Heads do Ai Weiwei na Somerset House, fui na Serpentine Gallery ver a expo do Mark Leckey, que achei mediana (não peguei nenhuma performance), mas tinha alguns vídeos interessantes, comi salt beef na Beigel Bake em Brick Lane (com mostarda!) e várias coisas étnicas no Sunday Upmarket, ganhei um livro sobre o Corão, fui na Rough Trade de Portobello, comprei bobagens na Primark e não gastei quase nada, achei um mercadinho japonês no Soho, fiz kimchi, fui na Ladurée de Covent Garden...hm, acho que foi isso. Além do show, claro. Pra uma semana sem quase nada de planejamento, achei ótimo.

May 30, 2011




Uma semana fora e minha rotina fica all out of whack. Mas valeu tanto a pena :~

Eu já tinha marcado de ir pra Londres em maio pra acompanhar uma amiga que vinha me visitar. Mas aí, por um daqueles acasos que não podem ser meramente acasos, veio a notícia de que os Monkees iam fazer uma turnê no Reino Unido. Em maio. E o show em Londres ia ser exatamente na semana em que eu ia estar lá.

Fiquei histérica, mas bem menos do que eu esperava. Ok, no dia em que os ingressos começavam a ser vendidos, acordei e fui direto pro site do Royal Albert Hall, mas sem ansiedade, meio não acreditando que fosse lotar, meio lembrando das prováveis velhas fãs loucas que provavelmente iam esgotar os ingressos. E, claro, o site já estava sobrecarregado meia hora após o início da venda, mas dei sorte e consegui um ótimo lugar.

Minha amiga veio, passeamos, preparamos as coisas pra viagem. E quase esqueci o ingresso no quadro de avisos, tal era o meu detachment. Não li nada sobre a turnê, não preparei nada. Estava completamente blasé. No dia do show, finalmente caiu a ficha. O que me restava pra entrar no clima era percorrer o caminho até a sala de concertos a pé, ouvindo a banda no mp3 player, ao final de uma tarde ensolarada nas ruas de South Kensington.

E assim, levada por uma série de circunstâncias que eu nunca imaginaria até uns meses atrás, dia 19 de maio estava eu lá no mítico RAH, no meu assento da fila 14. Ao redor, fãs de todos os tipos e idades (mas boa parte entre os 50/60 anos). O balcão de merchandising da entrada parecia uma guerra, todo mundo queria comprar uma camiseta da tour (er, até eu. Vinte libras, mas eu ia me matar depois se não comprasse).

Começou pontualmente às 20:00h. As palavras "How everything started" (ou algo assim) surgiram no telão, seguidas por uma compilação de imagens da série, acompanhadas pelo tema tocado pela banda de apoio. E pronto, desabei.

Quando criança, eu era absolutamente obcecada por eles, conhecia todas as músicas de cor, assisti a todos os episódios da série, eles eram lindos e jovens. Portanto, foram a primeira banda de que fui fã nesta vida. Todas as vezes que eu ia aos Estados Unidos, voltava com discos, vídeos e o que mais eu encontrasse por lá. Beatles? Bah.

(e isso explica muito dos meus gostos até hoje)

E aí, trinta anos depois, eles estavam bem ali na minha frente, muito perto. Senti uma imensa gratidão e uma sensação de ciclo completado, descobri que ainda sou fanzaça, mas as minhas músicas favoritas hoje são as que eu desprezava quando criança, e os meus integrantes preferidos se inverteram (cresci, né?). Tirei fotos e fiz alguns vídeos, mas o que eu queria mesmo era gravar essa noite na memória. Foi um showzaço, tanto tecnicamente quando emocionalmente. Todos eles ainda mandam muitíssimo bem, independente da idade (quase 70 anos nas costas, os meus velhinhos), doenças e dramas pessoais. E sim, eles tocam de verdade.

Eu acho que estava com medo de me decepcionar. Mas nem precisava ter me preocupado. It was a night to remember. Happy 45th anniversary, daydream believers.

February 21, 2011

Ufa. Como assim, não faz nem uma semana que cheguei? Pra mim, faz um mês.

* Esse "Black Swan" é muito médio, hein? Natalie Portman fazendo cara de TENSA o filme todo, exploração psicológica bem meia-boca (também, com aqueles personagens monobloco, quer o quê?), argumento de "paralelo" de nível primário...tsc. Poderia ter sido tão melhor, mas enfim. O único filme de que gostei do Aronofsky foi "Pi", né. Daí vocês tiram o meu apreço pelo diretor.

* Sério que gostei mais de "Season of the Witch". Sim, eu não aprendo e continuo vendo filmes com o Nicolas Cage. Mas esse era tão descaradamente trash que ele não destoou, he. E tem o Ron Perlman <3

* E arranjei mais uma sarna pra me coçar : agora trabalho com a equipe de programação do CinemAsia, o festival de cinema asiático daqui. Assistir a filmes asiáticos não vai mais ser só procrastinação, he. Vamos ver no que vai dar. Só não estou apavorada ainda porque não deu tempo, mas vai cair a ficha, ah vai. Se alguém tiver boas sugestões, vão ser bem-vindas :) A próxima edição vai ser em 2012, mas este ano vai ser todo dedicado a montar a grade.

* E por falar em filmes asiáticos, vi no voo um filme japonês bem bonitinho, "Hanamizuki". Tentei não chorar, mas não deu, haha. Eu tenho um fraco por histórias de amor eterno e infatigável <3





* Outro filme de que gostei foi "Hot Summer Days", que conseguiu juntar algumas das maiores estrelas do cinema de HK em participações rápidas alinhavando historinhas de amor em meio a um verão extremamente quente na China. Um pouco de humor, um pouco de romance, um pouco de drama e umas surpresinhas (e os chineses mais bonitos que já vi na vida). Tá ótimo pra mim.



* Vi "Morning Glory" também. Eu gosto da Rachel McAdams, me deixa.

February 16, 2011

Hi, kids. Tô de volta ao limbo, mas 2011 shall kick ass.

Curiosamente, todo retorno pra cá é um tormento pra mim. Eu choro, fico deprimida, etc. Desta vez, justamente depois de uma temporada SENSACIONAL em São Paulo, vim sem grandes dramas - porque fiz a louca achando que volto na semana que vem pra lá, hahaha. Sério.

Logo nos primeiros dias, um motoqueiro levou minha bolsa em pleno bairro de Pinheiros. Não tinha nada de muito valor, mas meu celular vagabundinho foi-se, e com ele a minha agenda. Daí, tive que mandar email e mensagem pra todo mundo, pedindo os números. No final das contas, não liguei pra NINGUÉM, só saí com os amigos que me contactaram. E a maioria via Facebook, olha só. Foi tanto amor, vcs não imaginam.

Vi o work in progress da Mme. Butterfly da minha querida Simone Martins, assisti ao Mawaca da minha outra querida Magda, descobri uns 4 ou 5 restaurantes roots e ótimos, conheci uma banda de ska da República Tcheca, banquei a fangirl da Tara McPherson e comprei coisinhas adoráveis na pop-up store dela, dividi o palco com vários músicos excelentes em 2 shows, voltei no tempo vendo Uakti e Rumo no SESC junto com meu velho companheiro de cultura paulistana de 20 anos atrás, vi "Cidade Oculta", meu filme nacional do coração, no Olido, fui comer camarãozinho e tomar água de coco na praia, passei tempo com minha mãe e minha irmã, passei a noite de verão mais agradável na loja/galeria/espaço interessante da Concreto, tomei picolé Rochinha de jabuticaba, levei susto com os preços nos restaurantes e supermercados, ganhei livros e presentinhos, fui ao Berlin não ver um show, mas encontrei Anita e Cris A, revirei armários e gavetas...e deve ter mais coisa aí, mas não ter mais câmera e não ter tirado fotos me atrapalha a memória.  É muito pra lembrar.

No meio disso tudo, ainda trabalhei e recebi várias pequenas propostas de freelas. Tive que fazer orçamentos pra gente que nem me conhecia e gente que nunca viu meu trabalho, mas me conhece. Confirmo que o Brasil está em plena efervescência financeira.

Foi um mês e meio de volta à minha vida. Que só me mostrou que quero mais.

February 02, 2011

Eu sei que tô devendo posts dessa temporada paulistana que ainda não acabou, mas é rapidinho, só pra lembrar que amanhã, no Tapas Club (Rua Augusta, 1246) rola o projeto temporário >INTERZONA<

Começa às 23h (mesmo!), ingresso 10 reais. No setlist, clássicos de Akira S e as Garotas que Erraram, Voluntários da Pátria, Violeta de Outono, ZERØ e umas surpresinhas :)

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>Interzona< - foto : Caio Soares

January 03, 2011

Ops. Virou o ano, né? E tô em São Paulo, e pra variar com tudo atrasado - inclusive o sono.

Mas não posso reclamar, não  :)

December 19, 2010

Lisa Cholodenko & Julianne Moore <3
Ok, mais filmes, antes que eu esqueça deles (er, já esqueci de alguns)

- Another Year -Conheço alguns casais como Tom e Gerri (!) e algumas mulheres como Mary. Mike Leigh conseguiu fazer outro filme onde todos os personagens são detestáveis, o mundo é cruel e os ingleses amargos. Ou seja, novidade não é, mas vale assistir, especialmente se você anda com vontade de sair um pouquinho deprimido do cinema.

- The Social Network - Bom filme, com boas atuações. Mas é só. É um exemplo onde o tema é mais importante que a realização - que no caso, explora as tensões pessoais entre o criador do Facebook e o resto do mundo, se permitindo algumas licenças roteirísticas pra enfatizar o drama. O Jesse Eisenberg fez um Zuckerberg quase autista muito bem e, na verdade, todos os outros personagens acabam se tornando irrelevantes e monodimensionais na história. Mas Andrew Garfield é sempre WIN.



- Potiche - O Ozon tem uma faceta muito Almodóvar e uma faceta muito Fassbinder (e Bergmaniana talvez?). Este é um almodovariano legítimo - temática gay-feminina, um absurdismo com um quê de campy, sexo, sarcasmo e crítica social, tem alguns dos meus atores favoritos no elenco (Fabrice Luchini, Karin Viard, Sergi López...) e é uma delícia. Donas-de-casa reprimidas, uni-vos!
Ah, a cinematografia e os figurinos são impecáveis. De verdade, impressionantes.

- The Kids Are All Right - já devo ter dito isso umas 500 vezes : mas eu AMO a Lisa Cholodenko. E fiquei felizaça desse último filme dela ter tido tanta exposição e tantos elogios, finalmente. E não tem nem mais graça comentar os filmes dela, porque são sempre tão bons e relevantes. Ainda gosto mais de High Art e Laurel Canyon, mas este tem a Julianne Moore :D

- Scott Pilgrim vs. The World - o filme mais besta do ano. Fim.

- Allt Flyter vi no voo de volta de Tóquio, e gostei tanto que vi de novo. É totalmente um The Full Monty sueco, com o strip-tease trocado pelo nado sincronizado. A diferença é que a trilha não vai ser hit de festinha da firma.

E fui a uma mini-maratona de documentários especial durante o IDFA. Achei ótimo ter sete filmes selecionados do festival à disposição num só dia, mas só assisti a três.

- Marathon Boy - Surpreendente. Eu esperava só uma história edificante sobre o menino que começou a correr aos 3 anos de idade, e tudo descambou pra luta do treinador dele com o governo, com direito a corrupção, intrigas, golpes baixos e violência. A Índia é dramática.

- You Don't Like the Truth -  Bem interessante e muito relevante. É composto por cenas captadas pelas câmeras de segurança durante o interrogatório de 4 dias de Omar Khadr, um jovem canadense preso em Guantánamo, acusado de ter atirado uma granada em soldados norte-americanos no Afeganistão. A questão principal não é ele ser ou não culpado (eu acho que não), mas sim o tratamento dispensado a ele, que viola todo e qualquer direito humano. Espancado, torturado e detido sem ter tido um julgamento adequado, ele desaba emocionalmente nesses quatro dias sob a pressão dos interrogadores, desesperados pra ouvir algo que ele não tinha a dizer.

- The Two Escobars - Curioso e envolvente, apesar da produção meio tosquinha. Cruza as histórias de Pablo Escobar e de Andrés Escobar, jogador de futebol da seleção colombiana. Fascinante e revelador, mostrando o alcance do poder dos carteis de drogas na Colômbia e sua influência em áreas da sociedade que a gente nem imaginaria. Quero dizer, pra quem é brasileiro não é revelação nenhuma, infelizmente. Mas vocês entenderam, vai.

December 01, 2010

Definitivamente, desapaixonei de Paris. Meu coração não dança mais quando desço na Gare du Nord. Mas pode ter sido também pelo atraso de 85 minutos do Thalys na chegada, vai saber. E o frio. Mas a verdade é que acho que a cidade não me desperta mais curiosidade, após esses anos todos e incontáveis visitas. Tudo já é familiar demais, tanto os defeitos como as virtudes, e perdi o interesse.

Percebi isso este fim de semana, ao ir encontrar uma amiga que está lá pela primeira vez. Gosto de ciceronear pessoas, talvez pra poder reencontrar um pouquinho da sensação de novidade por tabela. É sempre gostoso rever os velhos pontos da cidade sob uma luz diferente quando alguém querido se emociona com eles. Mesmo que a gente mesmo esteja meio entediado.






E Paris, como que percebendo o distanciamento, tratou de jogar surpresinhas no meio do caminho, só de birra. Como assim, cansada de mim? Então, a visita à St. Eustache acabou tendo um final de missa incrível com órgão de tubos como bônus; a Notre-Dame, um ensaio de orquestra, coro e solistas bem no meio da Catedral. Se eu sempre senti falta de uma trilha sonora em alguns lugares do mundo, ali ganhei o mais adequado : um oratório de Natal de Bach, com o som ecoando pelos arcos enquanto eu admirava os vitrais.

Atravessar a Pont Neuf à noite, ir ao Marché des Enfants Rouges e encontrar uma feirinha de antiguidades e cacarecos no caminho, comer no L'As du Falafel, ver a cara de surpresa das visitas ao ver a Torre Eiffel piscando no começo da noite, dar de cara com uma aglomeração na Champs-Elysées e descobrir que era o lançamento de um filme com a presença do Brad Pitt (pena que a gente não o viu, queria ter dito "BuongioRRRno" pra ele), perceber que já tinha passado em frente da Chapelle Notre-Dame de la Médaille Miraculeuse (!) várias vezes e nunca ter se dado conta...

Ok, Paris, você provou seu ponto. Uma visita nunca é igual a outra. E posso não estar mais apaixonada, mas continuaremos bons amigos ;)

November 23, 2010

I'm back! E tô até o pescoço de coisas pra fazer até o final da semana, então escrever direitinho sobre a viagem vai ficar pra depois - bem depois. Porque tem MUITA coisa pra contar, hahaha. Fiquem com um resuminho em fotos desses 15 dias em Tokyo e Kyoto and be good, volto já.

October 30, 2010

Af. Eu já falei aqui que meu ano começou mesmo em outubro? Esse post do filme do Banksy estava nos rascunhos há semanas, e só me dispus a terminá-lo porque precisava fazer alguma coisa inútil :)

Nem falei que fui de novo ver a Tokyo Ska Paradise Orchestra, e desta vez fiquei na pista mesmo, skankeando com o público. Dancei, pulei, poguei, moshei e suei bicas. Foi incrível, e não vejo a hora de ver mais um show.


Também pude ir ao show de 30 anos da Einstürzende Neubauten no Melkweg. O setlist tá aqui, pra quem se interessar, e achei melhor que o último, mas ainda menor que o primeiro que vi (post arqueológico aqui). Blixa e sua banda me emocionam horrivelmente.

October 29, 2010

Saiu "Exit Through the Gift Shop" pra baixar há umas semanas, mas quis esperar pra ver no cinema. E saí boquiaberta com tanta genialidade. Se é documentário ou ficção, se Banksy é uma pessoa ou um coletivo, se Thierry Guetta existe ou não - nada disso importa. O que vale é o grande questionamento sobre a arte - seu valor, natureza, mercado, função - o papel da mídia e a necessidade desenfreada de novidades, tudo de maneira sutil e absolutamente brilhante.

Com a desculpa de ser um documentário baseado nas imagens de street art coletadas compulsivamente por um francês excêntrico em várias partes do mundo, o filme acompanha figuras-chave como Shepard Fairey, Space Invader e o próprio Banksy. Até que a mesa vira, e de repente o francês excêntrico se torna o foco das atenções, passando a produzir arte ao invés de só registrá-la - e daí entram os questionamentos, conduzidos pelo filme de maneira tão natural que a gente não consegue evitar o sorriso de satisfação.

Se Banksy for de fato uma só pessoa, é com ele que eu queria casar. Além do seu trabalho ser incrível, relevante e engajado, ainda conseguiu tirar um grande sarro do mundo da arte - com tanta eficiência e alcance quanto Andy Warhol e com mais sofisticação do que Damien Hirst. Bravo.

October 09, 2010

Não achei "The Runaways" tããão ruim quanto disseram. É confuso e fraco, mas eu não resisto a garotas no rock...

"Going the Distance" é engraçadinho e bem assistível. Achei no começo que fosse ser irritantemente pretensioso, mas se era essa a intenção, falhou. Drew e Justin são fofos o suficiente pra reverter quaisquer aspirações a mala.

"Shanghai", confesso, assisti só por causa do John Cusack (novidaaade). E teve o Ken Watanabe de bônus. Mas é um filme bem esquecível. Assim como "Hot Tub Time Machine". Ah, as coisas que a gente faz por amor.

Depois de "The Happening", jurei nunca mais assistir a nada que tivesse o dedo do Shyamalão. Mas não resisti a "Devil", e curti. Tudo bem, já descobri quem era o Diabo nos primeiros 5 minutos do filme, mas o suspense foi bem desenvolvido. Ainda há esperança.

"The American" foi chatíssimo. Me lembrou "The Limits Of Control" do Jarmusch, mas sem a proposta fabulesca e sem charme. Fotógrafo como diretor nem sempre funciona.

"After Life" é muito ruim, esqueçam. E "Splice", pior ainda. Pena, eu tinha fé nesses dois.

"Crime d'Amour" , último filme do Alain Corneau, é um bom jogo de gato-e-rato entre as lindas Ludivine Sagnier e Kristin Scott-Thomas. Não é filmããão, mas certamente melhor que "Splice".

September 18, 2010

Vi Machete, e o texto tá lá no Trabalho Sujo! Valeu, Matias :)

September 07, 2010

Opera Java
Oi, setembro. Desde que você começou, cruzei a cidade a pé umas vinte vezes, uma ladyboy tailandesa veio falar comigo porque me achou linda (!), comi Lap Kai, fui a um museu de arte contemporânea que passou os últimos 5 anos fechado, comi hommus com vitela, vi a casa do Rembrandt, recebi trocentos parabéns mesmo tendo escondido de todo mundo a data do meu aniversário, assisti a uma ópera javanesa, conheci duas pessoas incríveis, tomei vinho libanês e morri de chorar no cinema com "La Rafle".
Barbara Kruger at the Stedelijk Museum
Bazar Amsterdam
Cartazes de exposições anteriores no Stedelijk
Restaurante Song Kwae
Gad Elmaleh e Jean Reno em "La Rafle"
 Agora pode dormir?

September 01, 2010



Fazia tempo que eu não saía tão abalada de um filme. Em "Io Sono L'Amore", a história é banal, mas é no tratamento cinematográfico que se deve prestar atenção. Uma trilha intensa e emocional que praticamente arranca arrepios, enquadramentos magníficos, contrastes de cores e texturas de acordo com o espírito da cena - ora explosivo, solar, com luzes estouradas, ora elegante, rígido, opulento...é cinema e absolutamente sensorial, e, pensando em retrospecto, explica completamente minha reação (inesperada) na cena final (a que vem antes dos créditos - depois vem um breve epílogo). Poderoso.
(E claro, tem Tilda chiquérrima em Jil Sander, atuando em italiano e russo com desenvoltura)

August 30, 2010

 A morte prematura do Satoshi Kon me deu o empurrão pra finalmente assistir a "Paprika", o único dele que eu ainda não tinha visto e estava aqui na fila há meses. Só aumentou a sensação de perda, porque a cada filme dele me surpreendo com a riqueza visual, os personagens sólidos e quase reais, a capacidade de contar histórias improváveis e futuristas com um quê de poético. Tudo bem, eu passaria sem as sequências "filme de ação" do meio pro final, mas até entendo a escolha. E, sim, "Paprika" é o que "Inception" gostaria de ter sido. A inspiração é evidente, apesar da diferença de desenvolvimento, mas não dá pra deixar de pensar em como o Nolan poderia ter feito um filme tão melhor se tivesse deixado de lado a rigidez e embarcado mais na natureza dos sonhos. Enfim. Meu favorito ainda é "Perfect Blue", mas este merece estar entre os melhores, fácil.

August 29, 2010

E se estamos falando sobre robôs dotados de sentimentos, acho que "Air Doll" pode entrar na conversa - apesar de não se tratar de um robô, mas sim uma boneca inflável. Já assisti propensa a gostar, porque é de um dos meus diretores mais amados, o Hirokazu Kore-eda, e tem a Doona Bae, a fofa de "Linda Linda Linda", um dos meus filmes da minha vida. E não me decepcionou :) Se em "Lars and the Real Girl" o centro é o mundo ilusório do protagonista, aqui é a boneca que ganha vida e descobre o mundo, experimenta sentimentos e faz reflexões existenciais numa inocência de partir o coração. Lindo, lindo, lindo.

August 25, 2010

 E eu acho que acabei não falando aqui também do lindo "I'm Here", o curta do Spike Jonze bancado pela Absolut. Estrelado pelo fofo Andrew Garfield (do "Dr. Parnassus"), é de arrancar lágrimas e torcer o lencinho. Tão simples e tanto amor, né?
Pra quem quiser rever, continua em exibição lá no site ou em partes no YouTube.



August 24, 2010

Putaqueopariu. Tô arrasada agora, acabei de saber que o Satoshi Kon faleceu ontem. Pra quem acompanha isso aqui, deve saber que era um dos meus diretores favoritos - TUDO dele era bom. Fuck.


Li que "Coco Chanel e Igor Stravinsky" vai estrear no Brasil. Acho que só comentei no Facebook quando assisti em abril, mas gostei do filme. A Anna Mouglalis é uma Chanel muito mais impactante que a coitadinha da Audrey Tautou, os figurinos são deslumbrantes e só a montagem da Sagração da Primavera já vale a ida ao cinema. E claro, é dirigido por um dos meus cineastas do coração, o Jan Kounen.