May 31, 2002

Hum, mas easy come, easy go. To olhando o site da Americanas. Tem o DVD do "Empire Records".

May 30, 2002

E hoje eu devo ter batido o recorde no estúdio.

13:55 - saio de casa

14:05 - estaciono o carro em frente ao prédio do estúdio

14:07 - "E aí, o que eu tenho que gravar?"

14:18 - volto pro carro

14:30 - em casa com os gatinhos.

Ka-ching. Easy money today.

"Drew Carey" e "Whose Line is it Anyway?" DEVEM ser os melhores programas da Sony. Mas eu fiquei um tempão sem assistir e levei um susto com o cabelinho do Drew. Quiquéisso, nova moda em Cleveland?

Estou até me sentindo normal de novo. Amanhã, feriado, não vou trabalhar. Bizarro, muito bizarro. Acho que vou comemorar ficando em casa.

Hoje fui ouvindo Teenage Fanclub, "Bandwagonesque". Continua sendo o de que menos gosto - na verdade, os meus favoritos são o "Songs From Northern Britain" e um single com Bonus B-sides. Que tem "Between Us". E nem lembro onde comprei. Aliás, eu sou uma negação pra isso : não lembro de onde vieram a maioria dos CDs que tenho.

Ui, que problema.

Pronto, fim da TPM. Voltamos à nossa programação normal.

May 29, 2002

Eu odeio ter dois trabalhos. É bom por ser uma fonte de renda a mais, mas eu detesto ter que dividir o meu tempo com mais uma coisa. Tá certo que é um freela, que não deve ocupar três horas num mês inteiro. Mas outro trabalho significa menos tempo com minha família, com meus gatinhos, com as coisas que eu gosto de fazer, as coisas que eu preciso fazer.
Eu geralmente sou hiperativa, do tipo que amontoa quinhentas coisas pra fazer num só dia. Mas tem de ser planejado. Não tenho mais idade de ficar quicando de lá pra cá topando tudo que vem pela frente. Eu digo, qualidade de vida!

May 28, 2002

Ha! Eu disse que estamos voltando no tempo, eu disse! Leningrad Cowboys no Brasil na época da Mostra!

E fim do post emo.

Fui levar meu pai na quimio e fiquei na sala de espera da clínica, lendo. Foi difícil achar uma poltrona de tanta gente que tinha.
A clínica é num casarão no Jardim Europa. A sala de espera deve ter sido uma sala de estar linda algum dia. Tem uma porta de vidro que dá para um jardim enorme e agradável. Tem posters de obras do Jasper Johns. Tem um bar com balcão redondo e banquetas em volta. Tem poltronas grandes e confortáveis. E nesse cenário as pessoas riam, conversavam, tomavam cafezinho. Fiquei observando aquilo com uma certa curiosidade - à primeira vista ninguém parecia doente, ninguém parecia triste. Tudo por causa do ambiente positivo, imagino. O que me lembrou das primeiras dúvidas que me vieram à cabeça quando o câncer invadiu nossa vida : como alguém pode conviver com isso? Minha vontade na primeira semana depois do diagnóstico era de me enterrar em casa pra sempre, chorar até secar, não desgrudar do meu pai um segundo, me sentindo culpada por todo o tempo que não passei com ele. Não ia mais trabalhar, sair nem nada. Minha mãe e minha irmã, idem. Mas não seria uma boa. Imagine meu pai trancado em casa com três urubus choramingando em volta. Ica. Hoje, todo mundo toca a vida, a gente faz piada com meu pai. Meu pai faz piada com a gente. Assistimos a TV, comemos juntos. A nossa qualidade de vida de certa forma melhorou, porque estamos todos felizes de estarmos juntos. Isso faz a gente pular da cama a cada dia, é impressionante. E chorar, bem, cada um deixa pra fazê-lo no seu próprio travesseiro depois.
Eu lembro que ficava surpresa quando via alguém que tinha um parente próximo doente rindo, sorrindo, vivendo normalmente. Agora acho que entendo.

Fui na ECA hoje atrás de uns papéis.

1. Pintaram as paredes de verde e rosa. Ou liás, sei lá. Não quis olhar muito tempo praquilo.
2. Mudaram tudo de lugar. A seção de alunos foi pro lado oposto daonde era, salas desapareceram e outras foram criadas. Ooh.
3. O povinho continua o mesmo.
4. A ECA tá uma eca mesmo.

May 27, 2002

Ah, e meu francês é tosco mas eu engano direitinho. Tanto é que eu trabalho numa companhia francesa, os loucos.

Ah, achei também uma pasta com letras de música. Daquelas que a gente recebe na aula de inglês pra ouvir e completar as lacunas, ou então só cantar junto mesmo. Joguei a maioria fora, mas não tive coragem de me desfazer de "Time Out for Fun" do Devo. E "Boys Don't Cry" do Cure.
Estavam junto algumas letras de música arrancadas da Capricho e da Bizz, daquelas que eram feitas pra gente guardar, com fotona da banda e tudo. Guardei "The Boy With the Thorn On His Side" dos Smiths e"Jean Genie" do Bowie.
Entre as letras da aula de inglês, surpresa. Vááários erros...não meus. Da professora que tirou a letra.

Arrumação de gavetas e armários. Shedding layers, eu diria. Na verdade, eu só estava procurando o meu certificado de conclusão da faculdade, que eu não sei onde está há uns anos. E abri um armário com muitos e muitos papéis. Dava pra fazer uma árvore. Tá, pequenininha,.mas dava. E os papéis basicamente eram:
- partituras (de todo tipo, de coral, de violão, de piano)
- desenhos (acho que passei os anos de 88 e 89 inteiros fazendo desenhos de roupas e pessoas nos meus cadernos. Tudo muito tosco. Muito me espanta que eu tenha passado no vestibular ou terminado uma faculdade)
- receitas (muitas receitas - será que eu realmente achava que um dia faria aqueles pratos? Dá-lhe Ofélia)
- exercícios e textos em francês (guardados como se algum dia eu fosse consultá-los de novo)
- páginas e páginas de um "livro" que eu estava escrevendo quanto tinha meus 15 anos (lixo, mas pelo menos eu escrevia corretamente)

Bem, disso tudo só se salvaram as partituras e as receitas. Os desenhos, textos e exercícios foram todos devidamente dilacerados e juntados num grande saco de lixo. No regrets. Pena, pelo jeito vou contrariar meus projetos adolescentes de me tornar uma cozinheira cantante que fala francês e desenha. Oooh.

May 26, 2002

Vi um casal andando de mãos dadas. Os dois muito simples, ele carregando uma sacola na mão livre e ela uma armação de metal com capas de celular expostas - provavelmente camelôs encerrando o expediente. Mas o que me chamou a atenção foram as mãos dadas. E percebi que não é uma visão muito comum hoje em dia.

Eu amo Jelly Belly. Perfeita comida de cinema. Quando o filme é chato você pode brincar de identificar os sabores sem ver a cor. O perigo é pegar um preto. Licorice, argh.

Gatos são bons no frio.

Com a quantidade absurda de sashimi que acabei de comer, acho que vou valer por TRÊS meninas.

May 25, 2002

Meda. Acabei de pensar. Daqui a 3 anos eu vou valer por DUAS meninas de dezessete anos.

Ih. Voltamos no tempo e não me avisaram. Vai ter show do Luni no SESC Pompéia.
Meeeedo. Luni era muito, muito legal, mas era o final dos 80. Tô com medo de ir a esse show e ver que eles envelheceram, que eu envelheci, que todos nós somos um bando de velhos ridículos que se achavam a pós-vanguarda paulista mas na verdade eram um bando de jovens ridículos. Medo de ver exatamente as mesmas pessoas que iam aos shows do SESC há dez, doze, quatorze, dezesseis anos e constatar que ninguém mudou - o que é patético (isso já aconteceu, o que me deu uma angústia que vocês não imaginam).

Mas seria legal ir pra matar a saudade de uma época despreocupada - sem trabalho, doença, contas. Mas aí tinha que ser um revival completo, com Premê, Skowa, Rumo, Arrigo, Itamar, Sossega Leão, Patricio Bisso, sei lá. Pelo menos estão todos vivos ainda, hee hee. Mais que isso, a maioria grisalhos e distintos pais de família.

Pra piorar, vi em alguma programação de cinema esta semana o "Fogo e Paixão", do Isay Weinfeld e Márcio Kogan. O filme é de 1988. Eu vi no cinema. Em 1988. Quem tem cerca de 30 anos vai lembrar da única fala da Virginia Punko : "Merde!". Quem tem menos de 30 não vai nem saber quem é a Virginia Punko.

Uh. Me sinto com dezessete anos de novo.

Eu adoro ver gente que sabe se expressar por escrito. Não, não precisa ser nenhum Hemingway, mas que consiga contar uma história interessante com algum nexo e as vírgulas no lugar - o que é raro. Tô cansada de ver posts enormes cheios de frases feitas e que não dizem nada. Ou posts curtinhos cheios de interjeições e que não dizem nada. Pô, todo mundo tem alguma experiência legal/não legal pra contar, alguma opinião sobre qualquer coisa. É simplesmente falta de hábito de colocar isso em forma de texto.
Hm, os blogs têm esse mérito : fazer gente que não escrevia nem lista de supermercado associar mais de três palavras na mesma frase. É, escrever dá trabalho e exige treino. Blog é um bom exercício.

Putz. Um blog de uma menina de 18 anos que escreve com todas as letras e ainda por cima é divertidíssima. Tô chorando de rir até agora com as histórias (tive que ler todos os posts passados!).

May 24, 2002

Se bem que ser incoerente e trash é a última moda. Todo mundo desistiu de competir pra ver quem é mais "cool" porque conhece mais bandas obscuras e usa mais roupas de estilistas de vanguarda, porque afinal isso não iria muito longe mesmo. Agora o prêmio vai pra quem conseguir provar que é o mais nerd de todos, que assistiu ao maior número de novelas, que sabe o nome de todos os personagens do Chaves, que comprou a roupa mais fuleira no buraco mais barato da 25 de março, que tem a discografia completa do Sidney Magal. De certa forma isso é até mais saudável do que posar de intelectual, porque todo mundo assume aquilo de que gostava mesmo mas dava vergonha. Mas fazer disso uma competição, haja saco. Quero ver daqui a dois anos, quando isso voltar a ser "uncool" e todo mundo vai ter vergonha de novo.

Hoje me peguei tentando classificar o Tom Waits pra alguém que perguntou como é. Me dei conta do ridículo em seguida e desisti. Se eu nunca fiz isso na minha vida não tenho porque começar agora. Música se ouve, não se explica. Quero dizer, até se explica, mas é tããão chato.

É engraçado pensar que eu sempre gostei de tantas coisas sem nunca ter tomado consciência do rótulo, título, subtítulo, ideologia, tribo e classificação que vêm junto. É, sem noção forever. Por exemplo, eu fui uma criança que cresceu ouvindo e adorando Suzi Quatro (é, meu pai tinha um vinil da Suzi Quatro! Dad rocks!) entre outras coisas, mas nunca, NUNCA pensei do alto dos meus quatro anos, "Eu ouço rock! Eu sou uma menininha de quatro anos punk. Yeah.". Foi uns vinte anos depois, quando comecei a ser classificada como uma pessoa "cool" pelas pessoas-bizarras-que-decidem-se-você-é-uma-pessoa-"cool"-através-do-seu-gosto-musical-modal-cinemal que eu parei pra pensar em O QUE era tudo de que eu gostava. File under what? Minha reação nessa hora deve ter sido mais ou menos "Ah, bon?"

Eu não sou muito de prestar atenção nessas coisas. Resenhas que classificam imediatamente uma banda como "isto34" e "aquilo77" me aborrecem terrivelmente. Simplista demais achar que uma palavra, um rótulo pré-existente expressa exatamente o que uma música é. Adorava Peter, Paul and Mary mas não sabia que é "folk". Amava a Doris Day e a Judy Garland mas não sabia que eram "cantoras de jazz". Ouvir Pistols e Ramones o dia todo não me faz "punk". E achava engraçado me chamarem de "moderna" porque ouço isso e aquilo. Rótulos são uma bênção pra quem não tem gosto próprio, porque dão o perfil completo. Você escolhe um estilo e vem o figurino e o ambiente junto. São pacotes, tipo o Raul Seixas : saia indiana+sandália de couro+faculdade de comunicação/ciências humanas. Ou então o Radiohead : camisetinha de beisebol+cabelinho curto+dotcom job. Sei lá, prefiro ser incoerente.

Ouvi The Donnas hoje pra ver se eu saio dessa fase melancólica. Funcionou pra tirar o Tom Waits da cabeça, mas num rolô.

May 23, 2002

Pensando bem, elas eram assim basicamente por causa das mães. Projetinhos de peruas.

Já em casa, pensem bem - meus pais imigrantes, vindos de uma cultura completamente diferente, estreando no parenthood. Eu não fui uma criança sem noção por nada. O Cato se surpreende por eu não conhecer quase nenhuma brincadeira de criança brasileira. Fui criada em apartamento, imersa num caldo de costumes completamente inusitado. Pipa, bolinha de gude? Era coisa de história em quadrinhos da Turma da Mônica. Arroz com feijão era a coisa mais exótica, que eu só comia quando calhava de almoçar na casa de alguma amiguinha do colégio. Estranhava a estrutura da casa, o jeito de guardarem a louça, o tratamento entre as pessoas da família, essas coisas. No primeiro dia de aula eu levei os livros numa sacola de papel, daquelas de loja, enquanto os coleguinhas surpresos carregavam suas mochilinhas, ou pastinhas. Muitas vezes eu não sabia onde me enfiar. Por que nada na minha casa era IGUAL às dos outros?

É, eu sempre fui meio esquisita, graças à minha mãe. E graças à minha mãe, eu tenho personalidade.

Mas e aí? Eu fico curiosa. Será que os casais ganham TODOS os presentes da lista que fazem? Por que eles pedem coisas tipo "uma fruteira de cristal e uma fruteira inox"? Será que tem frutas que não podem ficar em fruteiras de inox? Um jogo de café de 13 peças, um jogo de chá de 13 peças E um jogo de chá e café de 42214 peças? O que eles querem fazer com tantas xícaras de chá e café? Oh, meu Deus, quantas dúvidas.

Eu só fui a dois casamentos na minha vida. Um porque eu ia cantar na cerimônia e outro do meu amigo Rico, que afinal é meu amigo Rico. E só. Não tenho a MENOR desenvoltura em acontecimentos sociais cheios de regras e tradições e protocolos e roupas e famílias. Tudo bem, eu sei que pro casal é um momento importante, mas eu tento me esquivar dessas situações o máximo que posso. Eu lembro que na época do colégio algumas amigas eram AS socialites, adoravam ir a casamentos, falavam sobre a roupa que iam usar, ficavam o dia todo no cabeleireiro. Geez, mandar fazer roupa e ficar o dia todo no cabeleireiro, e não era nem o casamento DELAS! Nunca entendi isso.

Tafetá, chiffon, e outros tecidos farfalhantes, isso tudo é tecido de cortina pra mim. E juro, fica melhor nas cortinas do que na maioria das rotundinhas debutantes que vejo por aí.

Hormônios em fúria. Be afraid, be very afraid.

Haha! Pela primeira vez na minha vida fui comprar um presente de casamento consultando uma lista. Não sabia nem o que fazer, mas a lógica mandou pedir pra olhar a lista em si. Então tá, aí tinha um monte de coisas, faqueiro, chaleira, jogo pra bolo (alguém USA jogo pra bolo?????E o que é "jogo pra bolo"? Paciência, xadrez, Pac-man?), etc, algumas coisas com preço e outras com "0,00". Nem olhei as coisas "0,00" porque zero pra mim é nada, e decidi que ia levar o jogo pra café de porcelana. Não tinha. A atendente resolveu então ligar pra TODAS as outras filiais pra saber se elas tinham. Nenhuma tinha. Aí é que eu reparei que as coisas "0,00" também eram parte da lista, não tinham preço porque eram "a critério", e não especificadas pelos noivos. Aaaaah. Aí eu comprei uma cafeteira elétrica mesmo e saí correndo da loja. Vivendo e aprendendo.

May 22, 2002

O Cinemax, aliás, é uma grande fonte de boas surpresas. Passa coisas como "Time Code", do Mike Figgis, que se não é nem de longe um grande filme pelo menos tem um conceito interessante.

Yay! Consegui assistir a "Friends". Deve ter sido o único episódio desta temporada que consegui ver, e mesmo assim era um daqueles "melhores momentos". Não deixa de ser engraçado.

Antes, estava assistindo a um making of de "Os Assumidos" no Cinemax e reparei na ótima tradução. Boa mesmo, com termos adequados, sintética. Daí volto pra "Friends" e vejo coisas como "I thought I would pass out from the pain" traduzido como "eu achei que a dor fosse passar". Ugh.

Fui ouvindo "Mule Variations" do Tom Waits hoje - é, sessão "desenterrando CDs". Depois da terceira música na estrada quase perdi minha saída de propósito só para continuar com aquele cenário perfeito. A estrada vazia, eu no meu carro, o céu encoberto, "Hold On" no som. Se dependesse desse disco eu agora estaria postando de alguma cidade no México, tal a vontade de seguir em frente dirigindo. Parei bem antes de Tijuana, mas o CD continua tocando.
Quando eu fizer a Rota 66 já tenho parte da trilha sonora garantida.

May 21, 2002

Por que eu não consigo ver meu blog?

Pra quem quer pesquisar cortes de cabelo vale dar uma olhada aqui. E agora eu vou dormir porque começou a cair uma chuva monstruosa, com trovão e tudo.

Não vou ao show do Echo porque três vezes já é demais. Mas levei o "What Are You Going to Do With Your Life?" pra ouvir no carro no repeat. Acho que é cíclico - alguns discos só fazem sentido pra mim quando estou triste. Quando estou contente não ouço música.

E o engraçado foi a Dani quando viu os sapatos que ela trouxe pra trabalhar. Dois pés direitos. Um de salto alto e outro de salto baixo. Pelo menos eram da mesma cor.

Mas Muslix de chocolate é uma das melhores invenções deste mundo.

Jantar de anteontem : sorvete, 3 esfihas de frango, um brigadeiro e um olho de sogra (o dia da festa)

Jantar de ontem : Muslix de chocolate e pipoca (não tinha mais nada pra comer em casa)

Jantar de hoje : Muslix de chocolate e lasanha congelada (depois de descongelada, óbvio - hm. Talvez congelada fosse mais gostosa)

Tsc, tsc.

May 20, 2002

"White Teeth" da Zadie Smith é bem legal. Criativo, sarcástico e com conteúdo. Será que foi lançado no Brasil? Acho que não. O que me deixa ainda mais perplexa quanto aos critérios que estão sendo usados no mercado editorial brasileiro. Qualquer lixo é livro agora, e qualquer palerma que repita idéias ad nauseam é escritor. Go figure.

Mas os que foram meus amigos de verdade continuam o sendo. O que acontece é que os falsos vêm à tona, só isso. O tempo depura essas coisas. Hehe, decantação de relações humanas.

Rever pessoas com quem a gente andava há dez anos é curioso. Todo mundo casou, a esposa do cara que a traía com a colega de coral ficou loira, o cara em si está mais grisalho, a tal colega não apareceu, todo mundo continua fingindo que não sabe da história, uma fez plástica no nariz, o outro engordou, outra ficou mais bonita, a alternativa continua alternativa e invejosa, etc. Mesmo assim, foi uma noite legal, principalmente por causa do casal anfitrião.

Mas sabem de uma coisa? Algumas coisas passam, definitiva e inexoravelmente. Esse grupo é uma delas. Passou. Se fui eu quem mudou (mais provável) ou se foram eles eu não sei, mas não temos mais nada a ver.


Tá, então parece que "O Ataque dos Clones" é legal.

May 18, 2002

E "Spiderman" não chegou em Paris ainda. Em compensação, ele vai ver "O Ataque dos Clones" agora. Sn...ah, snif nada. O George Lucas parece aquele morto que não sabe que desencarnou e continua tentando fazer contato. "A Ameaça Fantasma" foi uma droga, só se salvaram o Liam Neeson e o Ewan McGregor. E a corrida de pods, vamos ser justos. Hm, teve algo mais no filme?

Eu não sei nem o que falar do filme do Homem Aranha. Que eu adorei? Que é perfeito? Que eu chorei quando o Aranha começa a sacar como voar pela cidade lançando teias? Que eu surtei quando ele ficou pendurado de cabeça pra baixo, igual a nos quadrinhos? Que eu concordo, o Tobey Maguire é Peter Parker? Mas que eu não chorei quando o Tio Ben morre, porque aí já é demais? Que apesar da sala lotada de garotos em fase difícil não se ouvia um pio nas horas mais emocionantes? Que acharam um cara igual ao J. Jonah Jameson? Que eu queria ser a Mary Jane? Hm. Melhor não. Vão achar que eu não regulo. Sssh, você não leu nada aqui.

May 17, 2002


Em todo caso, é bom ele encomendar uns quilos de sal grosso na Dean&Deluca mais próxima.

O Eurochannel mostrou a cerimônia de abertura do Festival de Cannes deste ano. O velho Woody recebeu a Palme des Palmes pelo conjunto da sua obra, com direito a um discurso ótimo do Gilles Jacob. Mas o mais engraçado mesmo era ver as expressões da platéia. Raoul Ruiz com cara de "por que ele e não eu?", Laetitia Casta com cara de nada, Sharon Stone realmente emocionada e o Walter Salles aplaudindo com gosto.

May 16, 2002

Meu ex-professor está indo pra Seoul e pediu algumas informações. Foi ótimo tentar lembrar de tudo que aquela cidade caótica, exótica e confusa oferece. Na época fiz vários emails como um diário, mas acho que perdi os arquivos. Então pesquisando aqui e ali fui juntando as memórias e fiz um resumo. Resolvi postar aqui, vai que mais alguém se aventura a ir? ;)

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Seoul é grande, e deve ficar ainda mais agitada nessa época da Copa. Infelizmente, não há muitos monumentos tão antigos quanto a história do país, por causa das sucessivas ocupações japonesas que trataram de destruir boa parte de tudo que era importante para a cultura coreana. Mas há pontos interessantes e lindos, como o palácio Kyongbokkung e o Jardim Secreto (Pi Won), que são imperdíveis. O metrô é bom e com ele vc pode acessar a maioria dos pontos turísticos. Vá a um mercado permanente como Namdaemun ou Dongdaemun pra ver a agitação, a oferta de tranqueiras, roupas e sapatos de qualidade e preços baixos e aproveite pra comer algo nas barraquinhas em volta do mercado.

Por falar em comida, a oferta de snacks vendidos na rua é fantástica. Vai de lula seca tostada a larvas, passando por pãezinhos com variados recheios - ovo, doce de feijão, etc. Vai com fé. Não falo das larvas, que não tive coragem.

Não se assuste com o tráfego de carros E de pedestres. Uma das coisas que me deixou mais impressionada foi a quantidade de pessoas que circula nas ruas. Atravessar uma avenida é uma experiência - você vai ver o tamanho das faixas de pedestres em alguns lugares, como Daehang-no, o bairro universitario. Nunca vi faixas tão largas, e mesmo assim a massa de gente consegue ocupá-la toda. E prepare-se para ser empurrado, principalmente pelas velhas senhoras. Elas não hesitam em dar uma "ajudinha" com as mãos nas costas do transeunte à frente, se acharem que ele estiver andando devagar demais.

Em Insadong há várias lojas de antiguidades orientais e um templo budista. Myongdong é o bairro hip, lotado de jovens, lojas fashion, cafés. Yongsan tem um grande mercado de eletrônicos e informática.

O bairro preferido dos estrangeiros em Seoul é Itaewon. Há muitas discotecas (algumas beeeem suspeitas e com frequência igualmente suspeita), lojas, bares. Mas não é o lugar mais seguro da cidade, então atenção na carteira. .

Quanto ao idioma, não se preocupe muito. Muitas das indicações são bilíngues, então não vai ser problema. A única dificuldade é que algumas ruas não tem nome, simplesmente, e a numeração é algo aleatório. Mas vc se acostuma. Os coreanos eram meio tímidos pra falar inglês. Espero que isso tenha mudado (os jovens com certeza entendem pelo menos, então tasca inglês neles!)

A comida é bem condimentada, o que pode cansar seu estômago depois de algum tempo. Experimente tchadjangmion, um macarrão com molho escuro que é muito gostoso. Se vc come frango, tem o dak-gal-bi, um prato bem divertido (e pra várias pessoas) de frango apimentado preparado numa chapa à mesa, acompanhado de vegetais variados, e depois eles colocam arroz na panela do frango para preparar um risoto com o molho que sobrou. Quem é vegetariano também se vira bem. E obviamente coma Kimchi, uma conserva apimentada que é uma delícia.

Alguns links interessantes : Korea Insights, Korean Folk Tales, Boots n All.

"Você está comendo beterraba?"
"Sim"
"Beterrabas fazem bem à saúde. Eu estou comendo cenoura ralada"
"Ahn?"
"É, acho que vou pegar beterraba"


Talento é isso aí. Esse diálogo inócuo acima interpretado pelo Daniel Auteil e pelo Gérard Depardieu conseguiu fazer uma sala de cinema inteira rir às gargalhadas. C'est pas facile, ça.

Ah, sim, o filme é "Le Placard", de 2001. Divertido, além do baixinho de cara torta e do grandão narigudo ainda tem o Thierry Lhermitte, o Jean Rochefort e a Michèle Laroque.

May 15, 2002

Garoto bonzinho e esforçado encontra garota perdida e legal. Garoto bonzinho se apaixona por garota legal, mas ela está apaixonada/obcecada pelo seu professor bonitão, até que percebe que garoto bonzinho e esforçado é legal também.

"Loser", filme da Amy Heckerling. Juro, é legal.

May 14, 2002


Em compensação, tenho horror a pássaros. Posso até olhá-los de longe, mas chegar perto - ugh! É, super Hitchcock, mas fazer o quê?

Eu falo demais sobre gatos, né? Mas é que eu amo gatos, desde criança :)

Quase esqueço de comentar! Vi um gatinho sendo adotado ali na Cobasi. Fui comprar ração e quis aproveitar pra mostrar pra minha irmã os bichinhos que ficam ali à mostra pra adoção. Tinha uma mamãe gata com uma filhota e um cachorrinho só. Uma família de japoneses ficou ali namorando a gatinha filhota e resolveram levá-la. Fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo meio triste por separarem a mãe da filha, e também por constatar que ninguém pega os gatos adultos. Um dia vou ter dinheiro suficiente...

Ganhei um beijão do meu gato Clive! Ou então ele achou que eu estava precisando de um banho no rosto... :)

Cena que eu adoro em "Charlie's Angels" (versão Drew) - A Lucy Liu caminhando PODEROSA de roupa-de-couro-preta-power-bitch pelo corredor das baias de uma empresa, todos os nerds quebrando o pescoço e a trilha : "Barracuda!".

May 13, 2002

Estava vendo ontem um "E! True Hollywood Story" sobre a Winona Ryder. Ela é impossivelmente linda e esquisita. Aliás, se eu tivesse o poder de determinar os pares de humanos na Terra, faria com que ela e o Johnny Depp (impossivelmente lindo e esquisito) voltassem - isso sim seria o casal perfeito. Que Matt Damon o quê. Que Brittany Murphy o quê.

Ah, sim, reinstalei meu Lava Player que o Klez malvado comeu. Klez feio! Klez feio!

Tô ouvindo "Here Comes Your Man" dos Pixies, mas tocado pelo Teenage Fanclub. Que sotaque BONITINHO, meu Deus!

May 12, 2002

E eu não parava de pular na cadeira do cinema assistindo ao trailer de "Spider-Man". Aaaaaaaah! Eu quero ver logo!!

Fui assistir a "The Anniversary Party". Óóótimo, despretensioso, com diálogos e personagens possíveis. Lindinho ver a família Kline - Kevin Kline é tudo e a Phoebe Cates também (agora com cara de mãe). A Parker Posey, bem, fazendo o papel de Parker Posey, o único que ela sabe. Gwyneth Paltrow fofa. Só uma coisa não me convenceu : Jennifer Jason Leigh com o Alan Cumming? O ALAN CUMMING com uma MULHER? Então tá...

May 11, 2002

Que bizarro. Encontrei o caderno que eu usava no curso de coreano que eu fiz em Seoul há uns anos. Algumas coisas de matéria anotadas, um monte de rabiscos que pretendiam ser coreano e uma página preenchida de cima a baixo só com as palavras "cogumelo" e "tartaruga" (em português).

Não, eu não faço a menor idéia do que me levou a escrever 42380 vezes "cogumelo" e "tartaruga". Continuando a exploração, na página seguinte tem vários tipos de cogumelos desenhados. E uma tartaruga.

Aah, estamos chegando em algum lugar. Página seguinte : inteira escrita "Socorro. Tirem-me daqui".

Hum, acho que tinha alguma coisa na água da Coréia.

E eu queria estar lá aproveitando o feriado, o fim-de-semana. Passearia, iria ao Musée D'Orsay, veria as figurinhas em volta da Távola Redonda nas lojinhas bonitinhas na Île St-Louis, compraria panini com Orangina no chinês e levaria pra comer no Jardin de Luxembourg, iria ao Square du Temple, inventaria de ir a pé da Notre-Dame até em casa, na Gare du Nord. Jantaria no indiano, menu a prix fixe que a gente não tá podendo, me entupiria de naan e curry e dormiria feliz...

Cara, que raiva. Paris tem TANTAS opções pra quem quer ir ao cinema que a lista de filmes em cartaz é gigantesca! E tá passando "L'Argent de Poche" do Truffaut, um filme que eu adooooro. Amor, vai assistir, vai? É uma gracinha.

May 10, 2002

Hum, quando minha TV estava morta pelo menos eu dormia mais cedo. Mas não daria de cara com um chick flick trash como "Freeway II : Confessions of a Trickbaby" assim do nada, pra animar a minha noite! :)
Crystal (Natasha Lyonne) é uma garota bulímica white trash and a complete bitch, que tomou na cabeça uma sentença de 25 anos por vender crack e praticar pequenos assaltos. Ela se une a Cyclona (Maria Celidonio), uma chicana psicótica lésbica que esquartejou a família. As duas iniciam uma fuga rumo a Tijuana, México, matando várias pessoas e se esbaldando com toda sorte de entorpecentes pelo caminho. Elas buscam refúgio com a Irmã Gomez (Vincent Gallo), uma "freira" que promete exorcizar os demônios que habitam os corpos das mocinhas.
Além de tudo isso, a trilha tem Veruca Salt e Juliana Hatfield. O que mais eu poderia querer?

As coisas mudam mesmo. Meus pais estão dizendo "Sai, vai fazer alguma coisa, pode sair!" ao invés do costumeiro-quase-diário "Você vai sair DE NOVO?".

Eu precisaria de um roteirista de Hollywood ou um autor de novelas pra escrever minhas falas. Pensadas por mim mesma parece que sempre sai a coisa errada a se dizer. Talvez seja por isso que eu só não me desentenda com os gatinhos - "Miaaaaaaaau" não tem jeito de entender mal.

Mais gatinhos precisando de lares. Alguém ajude, vá. Os pretinhos de um ano, que passaram metade da vida deles na gaiolinha, são de chorar de tão lindos. Gatinhos pretos são legais. Vai por mim. Eu tenho dois.

May 09, 2002


Mas às vezes é difícil.

Eu me preocupo todo dia com meu pai. Fico torcendo pra que a quimioterapia funcione, cada tosse me deixa com o coração pulando pela boca. Eu tento pensar positivo todo dia, às vezes eu consigo, às vezes eu me desespero. Ao mesmo tempo que eu quero que a vida corra normalmente, eu tenho medo de sair de perto dele. Não sei se me deixo ser mais sensível ou se devo ficar mais dura. Eu tenho medo de desabar totalmente. E se eu desmoronar, não vou ter ninguém que recolha os pedaços.


Ah! E não compre animais. Adote.

Pronto. Tô chorando até agora com esse site : SOS Gatinhos.

Eu não consigo entender a irresponsabilidade de algumas pessoas - como alguém pode abandonar ou maltratar um bichinho que tenha pego, comprado, ganho, whatever. É uma vida, afinal de contas. Ainda tem gente que acha que animal é brinquedo, que é descartável. Ainda bem que existem humanos de bom coração - como esse pessoal da Santa Casa - que cuidam não só dos gatinhos, mas de cachorrinhos e outras criaturas inocentes abandonadas.

Eu gostaria de poder ajudar a todos, humanos, felinos ou quem necessitar. Talvez um dia. Por enquanto, vou fazendo uma pequena parte, dando aos meus cinco gatinhos lindos amor, um lar, cama quentinha, colo, comida e água limpa. Foram todos adotados, e todos são extremamente amorosos, lindos e inteligentes. E vou começar a fazer propaganda dos gatinhos da Santa Casa, quem sabe eles tenham a mesma sorte da Bonnie, do Clive, do Petrus, da Peeky e do Lô. E também vou amanhã mesmo tentar agendar uma visita à Santa Casa pra ver se posso fazer mais alguma coisa por eles.

Ah, você não gosta de gatos? Tudo bem, é seu direito. Contanto que você os deixe viver e não os maltrate. Se não gostar de algo fosse justificativa pra destruição o mundo não existiria mais.

May 08, 2002

E eu acho muuuuito engraçado o povo "descobrindo" Byrds, Turtles, Monkees e outras bandas "The+qualquer coisa". :) Mas antes (muito!) tarde do que nunca, não é?

Eu quero muito ler "Bombons Chineses", da Mian-Mian. Mas só encontro em português. Será que não foi lançado nos Estados Unidos? "Shanghai Baby" tem na Amazon.

Help! Mad landlady from hell!

Revi "Gentlemen Prefer Blondes" do Howard Hawks no Telecine. Pena que peguei na metade. Será que eu encontro em DVD? Esse eu teria com certeza. O filme quase consegue ter o mesmo humor ácido e irônico do livro da Anita Loos, a Marilyn está na sua fase mais linda e de bônus os números musicais são inesquecíveis. Quem acha que a Marilyn não canta bem deve ter assistido somente a "Bus Stop", onde ela faz uma cantora cujos dotes vocais são bem inferiores aos atributos físicos, digamos. Mas gente, isso era a personagem, tá?
Outro filme com ela que eu adooro é "How to Marry a Millionaire", do Jean Negulesco. Além dela como a ceguetinha que não quer usar óculos porque os homens não gostam de garotas de óculos (mentira!), tem a Lauren Bacall chiquérrima e a fofa da Betty Grable, a pin-up original. Pérola.

May 07, 2002

Do que eu realmente preciso me livrar são roupas. E revistas. Deus, o que eu faço com tantas revistas? Será que eu sou a única pessoa no mundo que considera revistas velhas material de leitura?

Preciso fazer uma limpeza nos meus armários e estantes. Tanta coisa guardada, e eu nem sei mais porque.
Quando eu era criança era extremamente apegada às minhas coisas, minhas posses. Não gostava de que os outros mexessem no que era meu, meu, meu e acreditava que aquilo tudo me acompanharia pra sempre. Tomava o maior cuidado pra não amassar, não dobrar, não sujar. Hoje essas coisas estão jogadas em algum canto, juntando poeira, sei lá. Não lembro quando se deu a reviravolta e eu virei essa coisa zen anti-materialista, mas provavelmente foi algum trauma. Eu perder alguma das minhas preciosas posses (my precioussss...by Gollum) e constatar que não morri nem o mundo se acabou.

Hoje começou a quimioterapia do meu pai. So far, so good.

May 05, 2002

Minha amiga Rosa vai se casar! Que felicidade! :)

May 04, 2002

Os gatinhos sentem que o dono foi pra longe de novo. Cheguei em casa e o Clive se pendurou no meu colo com as duas patinhas e ficou assim por umas duas horas. Carreguei-o pra lá e pra cá, sentei e ele se ajeitou no meu colo. Dormiu como os gatinhos cansados dormem.
Os outros ficaram observando, esperando sua vez.

May 03, 2002

E ontem tivemos um dos almoços mais gostosos do mundo - no Jacob, ali na Florêncio de Abreu. Que coisa genial, meu Deus. Um hummus inesquecível e um carneiro que nunca vi igual. Pra completar, ainda achamos o que tínhamos que comprar e bebemos água de dois cocos gigantes.

May 01, 2002

E depois da longa saga "O Cônsul que Dizia Não", final feliz da parte um.

Depois de uma noite insone, muita preocupação, corrida até o cartório, argumentações, respostas lógicas para perguntas ilógicas, deu tudo certo. Depois fomos tomar milk-shake do Bob's.

E assistimos a "A Era do Gelo". Que bonitinho! Claro que parece que alguém pegou "Shrek", "Monsters Inc." e "O Rei Leão", picou em pedacinhos e bateu tudo no liquidificador, mas valeu o esforço - os diálogos entre o mamute Manfred e o tigre Diego e as falas absurdas da preguiça Sid são ótimos. Aliás, ótimos são esses nomes. MANFRED???? Eu só queria poder ter assistido à versão original. Queria ter ouvido o John Leguizamo e o Ray Romano. Se bem que a dublagem em português foi muito boa - eu não sabia que o Marcio Garcia tinha aquele vozeirão. Quero um tigre Diego pra mim.